Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)

There's no right way, honey, there's no right way

Eu não tenho palavras suficientes para me desculpar com vocês. Nem todas os perdões seriam capazes de me fazer me sentir menos culpada. Não vou ficar inventando motivos, todos sabem como a vida é corrida. Entre estudar no médio, técnico, uns bicos de estágio e ainda ter tempo para descansar, se tornou inviável para mim consegui sequer escrever um parágrafo. Passei por muita coisa, e acabei entrando em um ciclo repetitivo e de bloqueio. Finalmente consegui sair dele hoje, e acho que está muito pouco para o que costumava fazer, mas não podia deixá-los esperando mais.

Mil, mil, mil desculpas mesmo. Obrigada a cada comentário feito em Unsparing ou Unholy, por todo o apoio, por todos que continuam aqui mesmo depois dessa falta imperdoável que eu cometi com vocês. Espero que continuem comigo, e eu juro que tentarei arrumar nem que seja uma hora para escrever. Eu fiz uma promessa para vocês quando comecei a escrever, e pretendo cumpri-lá até o fim.

Sem mais, obrigada novamente. Como não me canso de dizer e vocês cansam de ler, eu sou e sempre serei eternamente grata a vocês.

Dedicado de forma especial a todos que falam comigo no twitter (larrytopx) sobre a fic, REINOLARRY, por exemplo. Às meninas do melhor grupo de todos, à Barbara e à Gica, de forma carinhosa.

Obrigada novamente! Tenham uma ótima leitura, porque semana eu sei que todos estão tendo!!!!!!!!!!!! Muitos tiros para pouca eu, apenas.

-x-

 

Senhor, obrigada por mais um dia. Perdoe os pecados por mim cometidos, e por aqueles que hei de cometer. Proteja todos aqueles a quem amo, Senhor, com Tua infinita misericórdia com os homens. Me guie pelos caminhos certos, Senhor, e, assim como Teu filho muito amado, faça com que eu não tenha medo dos sacrifícios. Amém.

Louis levantou-se, coçando os olhos. Permanecera, por alguns instantes, deitado, depois que despertara completamente. Fora uma noite inquieta, após Harry ter desligado a TV e dormido. O outro demorara para imergir na inconsciência e, quando o fizera, fora acometido por uma série de pesadelos, que o fizeram acordar mais cedo que o habitual, suando frio. Harry ainda suspirava ao seu lado, embolado comicamente entre os lençóis, o cabelo espalhado pela fronha branca como uma cascata de cachos chocolate.

Fora daquela maneira que começou o dia. Seu coração estava apertado, por algum motivo que ainda desconhecia. Não era de ter intuições, mas por razões deveras estranha, algo o estava incomodando muito. Como um pressentimento ruim. Por fim, fez uma prece rápida, depositando toda sua fé ainda inabalada naquelas palavras. Não precisava de mais pertubações.

Pôs-se de pé com um cuidado exagerado – não queria acordar Harry. Já passara por tanta coisa, eram raras as boas noites de sono que vinha a ter. Louis não estragaria aquilo. Pé-ante-pé, se encaminhou até o banheiro, esvaziando a bexiga e escovando os dentes. O reflexo no espelho parecia cansado, com bolsões arroxeados em volta dos olhos agora apagados e sem vida. Suspirou. Sua aparência estava horrível.

Na inútil tentativa de parecer menos dantesco, tomou uma rápida ducha. A água fria – embora congelasse sua pele – serviu para lhe manter desperto na realidade. Ao sair, revigorado, as preocupações de minutos atrás lhe pareceram tolas. Tudo ficaria bem.

Convenceu-se, então, de estar assustado com a perspectiva de ter, finalmente, uma vida normal, embora, contudo, diferente de todos os planos que fizera quando resolveu voltar para sua cidade natal, acompanhado de lembranças e cicatrizes não curadas. Acordar todos os dias ao lado de Harry e saber que as únicas angústias que teria de lidar seria se tomaria café ou leite parecia mais como uma fantasia pintada: inalcançável e utópica. Mas ali estava ele, procurando uma das infinitas camisetas exóticas do namorado para vestir. Acostumar-se com esse tipo de coisa levava tempo, afinal.