He hit me and it feels like a last kiss

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ATT!!!!!! Ia ser att dupla, mas eu perdi o outro capítulo :(

De qualquer maneira, já comecei a escrever ele, e posto até terça, porque esse e o próximo são como complementares, e fecham mais um arco de Unsparing! :))))

Serão mais reflexivos e emocionais, farão uma ponte pelos sentimentos dos personagens até o início do próximo arco, ok? espero que se emocionem!!

Um grande agradecimento para as meninas do grupo e todxs que falam comigo no twitter, nunca consigo dar tanta atenção quanto desejaria para vocês, porque vocês são absolutamente incríveis! Obrigada por todo o carinho e os comentários, nada disso seria possível sem os leitores, a quem sou imensamente grata

Bom, aproveitem, nos veremos muito em breve ;)

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Afirmar que Harry havia pensado muito no assunto ao longo da semana seria um eufemismo. Sua mente não descansara um só segundo, tomando conta de todos seus pensamentos, onde tudo acabava sempre no mesmo ponto – Louis.

Harry era covarde – já aceitara isso consigo mesmo. Não tinha a coragem suficiente para abrir o jogo com Louis, tampouco era bravo o bastante para confrontar Nicholas. No final, já sabia qual seria sua escolha, embora recusasse enxergar isso. Ele optaria pela opção que favorecesse Louis, e nada mais. Mesmo que isso sacrificasse sua própria felicidade. Mesmo que isso o ferisse.

Não era uma atitude nobre ou heroica. Era desesperada, refletindo seu próprio interior. Não era algo que o orgulharia no futuro, embora não enxergasse um sem Louis ao seu lado.

Ao longo de toda sua vida, Harry sentiu como se as coisas acontecessem rápido demais. Cada episódio acontecia sem que se desse conta. Sua infância conturbada com um pai usualmente ausente, uma mãe com problemas emocionais e uma irmã que assumira cedo demais as responsabilidades de uma pessoa adulta. Muito jovem, muito tolo para se dar conta. Seu amadurecimento foi regado aos luxos cegos de ser namorado de um veterano, e, antes que percebesse, já havia sido preso, vendo seu namorado morrer cruel e friamente – bem, pensava que era seu namorado. Pensava que havia, de fato, morrido. Harry, então, chegou a amarga conclusão de que a ignorância que o envolvia era uma camada mais espessa que realmente gostaria.

Conhecer Louis marcava o início de uma nova era – como o Antigo e o Novo Testamento. Atormentado por um Deus de carnificina, Harry encontrou sua salvação, ironicamente, em um devoto ministeriado. Não sentia-se de fato arrependido por ter desvirtuado o garoto. Era com ele que encontrava paz, quando poderia deitar-se no fim do dia e fazer uma oração verdadeiramente agradecida por cada pequena graça, porque o seu menino estava dormindo ao seu lado. Louis era tudo que Harry tinha. E agora Harry estava deixando que seu tudo ruísse entre seus dedos, e não via como podia impedir.

Quando Nicholas fora embora, Louis correu para seus braços, suplicando palavras doces em seu ouvido e acariciando seu cabelo. Harry poderia morrer naquele momento, o coração tão apertado e entristecido. Apesar de tudo, não disse uma palavra a Louis. Quando os olhos minuciosos de Zayn captaram os seus, ele já sabia. O garoto era, de uma maneira muito peculiar, astuto. Sagaz. Da mesma maneira que sabia o conteúdo da conversa, sabia também da decisão de Harry, pôr o conhecer tão bem. Ele o conhecia muito bem. E Harry sabia disso – como sabia que ele não diria nada, embora reprovasse suas ações.

Uma nova manhã chegou, e Harry permaneceu o mais afastado de Louis quanto conseguiu. Doía olhar em seus olhos, azuladamente tristes, e não lhe contar a verdade. A cada minuto longe, sangrava um pouco mais. Debatia mentalmente cada um dos prós e contras, mas não conseguia negar onde a real discussão concentrava-se: sua razão e sua emoção. Sua mente dizia para que fosse embora, que seria melhor para todos, mas seu coração implorava em um sonete desesperado de LouisLouisLouis.

Unsparing (Larry Stylinson AU | Book II)Onde histórias criam vida. Descubra agora