Medo

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- Ah, pensei que tivesse o observando. - Falou ela, sua resposta não passou tanta confiança.

  Cléo sorriu para ela tentando disfarçar, ela ainda não conhecia Carly direito para poder contar seus problemas e sentimentos igual contava para suas amigas Tina e Alex, mas sentia sinceridade nela. Tina apareceu e se juntou a elas enquanto os meninos continuava jogando conversa fora.

- Olá meninas! - disse ela às cumprimentando com um sorriso no rosto. - Cléo, tem notícias da Alex? Ela não aparece nas aulas faz dias e nem responde minhas mensagens!

- Não tenho notícias dela desde aquele dia que ela saiu correndo da sala. Estou preocupada com ela, depois de seus pais serem encontrados mortos fica difícil de saber seu paradeiro. - responde Cléo triste. - Ela pode estar na casa de algum parente lamentando a morte dos seus pais.

- Quando soube da notícia que ela havia perdido os pais de forma brutal fiquei horrorizada! - contou ela assustada. - os pais dela nunca fizeram mal a ninguém, é muito triste o que aconteceu com eles.

- Desculpa, mas estão falando daquela garota estranha que saiu correndo pelo corredor? - perguntou Carly com um pouco de receio delas não quererem contar.

- Sim, ela não é "estranha", só estava diferente naquele dia, era nossa amiga. Os pais dela foram mortos, a polícia ta investigando o caso, parece que foi algum animal selvagem. Depois de chamar a polícia Alex não deu mais notícias. - Respondeu Cléo.

  " Será que foi as mesmas criaturas que atacou a mim e meus amigos?!". Pensou Carly, seu rosto estava com expressão triste, só de pensar o que passará com seus amigos dava angústia e medo.

  Enquanto Tina respondia perguntas feitas pela curiosa Carly sobre a amiga desaparecida, Cléo volta a espia pelo cantinho do olho Stanley vendo que ele ainda permanecia sentado e com a cabeça baixada, pensou em ir até ele para perguntar se estava tudo bem, mas não tinha coragem para se aproximar, então deixou esse pensamento de lado e voltou sua atenção as meninas. Depois de um tempo Stanley se levantou, passou a mão em seu rosto, colocou a mochila apoiado em uns dos braços e saiu, ao passar ao lado delas em direção a saída do pátio, Cléo o notará outra vez e algo desenhado em seu braço chama sua atenção, era a mesma cicatriz que ela e os outros tinham, " Ele pode saber de onde elas vieram e o que aconteceu com a gente". Pensou ela, imediatamente foi contar para os rapazes. Ela se aproximou dos garotos e os puxou pelos braços para longe das garotas, eles ficaram sem entender.

- Eu vi outro que carrega a mesma cicatriz no braço igual a nossa. - contou ela os deixando surpresos.

- Quem é? - perguntou Kenny.

- Ele estuda comigo, estava aqui a pouco tempo, mas acho que foi embora. - ela respondeu.

- Precisamos ir atrás dele, possa ser que ele saiba de onde veio esses poderes e o porquê dessas cicatrizes. - falou Peter. - Mas temos que ter cuidado, pode ser apenas uma tatuagem e você ter se confundido.

- Eu vi bem e era a mesma cicatriz! - afirmou ela.

- Termos que procurar ele, ai descobriremos se ele tem mesmo a cicatriz. - disse Kenny.

   Os três se despediram de Carly e Tina avisando que precisavam resolver umas coisas e saíram a procura de Stanley pelo corredor. O corredor estava cheio de alunos indo em direção a saída da universidade, em meio a esse tumulto estava Stanley indo para fora, Cléo conseguiu o encontrar e avisou quem era aos meninos, eles apressaram os passos, afastavam alguns para poder chegar até ele mais rápido, algumas ficavam irritados, outros falavam " qual foi mermão", mas eles ignorava, chegando na saída eles viram Stanley de costas indo em direção a parada. Cléo estava com vergonha e preferiu manter distancia deles.

- Ei brother, podemos falar com você! - gritou Peter chamando a atenção dele e de outras pessoas que passavam perto.

  Stanley virou-se para eles confuso.

- O que querem comigo? - perguntou ele.

- pode parecer estranho mas vimos que você tem uma igual.- Disse Kenny mostrando a cicatriz em seu braço.

  Ele observou bem a cicatriz e viu que era a mesma que a sua.

- O que vocês sabem sobre essas cicatrizes? - perguntou ele mostrando a dele.

- A gente pensou que encontrando outra pessoa com a mesma cicatriz, talvez, poderia explicar como elas apareceram. - respondeu Kenny.

- Também pensava o mesmo. - disse ele.

- Como apareceu no seu braço? - perguntou Peter.

- Eu não me lembro, acordei no chão do quarto sem lembrar de nada da noite anterior, eu sou tão desligado que quem notou ela em meu braço foi minha mãe. - respondeu ele.

- Nossa! O mesmo aconteceu com a gente! Também acordamos sem lembrar de nada. - contou Kenny.- Não sei se pra você pode parecer loucura mas adquirimos poderes.

  Naquele dia os três surpresos e felizes em saber que não são os únicos "esquisitos", resolveram se juntar para conversar mais sobre essas mudanças em suas vidas.

A revolução :uma nova era(EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora