O rapaz a levou para outro território onde aqueles lobisomens não podiam invadir. Havia um lago com águas claras onde eles estavam, o brilho da lua refletia sobre as águas, parecia um lugar tranquilo, não se ouvia ruído algum a não ser os barulhos dos galhos das árvores e arbustos sendo balançados pelo vento. Ele soltou a mão dela e se afastou. Carly permaneceu em silêncio, se encostou em uma árvore e sentou-se no chão.
- Não precisa mais ter medo, eles não viram pra este lugar - Disse ele quebrando o silêncio.
- Como você tem certeza disso? - perguntou ela.
- Confie em mim, quando amanhecer te levarei embora. - respondeu ele de costas pra ela, com os braços cruzados observando o lago. - Agora descanse.
- Depois do que vi e do que aconteceu com meus amigos não acho que conseguiria descansar. - Disse Carly com os olhos lagrimejando.
- lamento pelas suas perdas. - disse ele.
- O que são aquelas coisas que nos atacaram? - perguntou ela.
- Ursos ferozes - respondeu ele.
A resposta não passou muita confiança a ela, pois ela viu e não se pareciam com ursos.
Ele sentou-se no chão, era um rapaz misterioso que pelo seu jeito não gostava de lamentações. Carly encostada na árvore começou a pegar no sono, talvez pela pressão que passou. Amanheceu, o rapaz permanecia sentado no chão com as mãos cruzadas por cima dos joelhos, não aparentava que passou a noite em claro, não havia olheiras em baixo dos olhos, parecia estar disposto para mais um dia. A luz do sol reflete sobre o rosto de Carly á fazendo acordar, ela levanta-se tentando acreditar que tudo não passou de um pesadelo. Ela seguiu junto com ele para que a levasse embora da floresta como havia dito. Ele parecia conhecer bem todos os lugares naquela floresta, pegou um atalho que os levariam até a estrada para a cidade.
- Obrigado por ter me ajudado. - disse ela, assim que chegaram na estrada.
- Não precisa agradecer. Para sua segurança evite andar pela floresta sem o devido preparo. pode ser perigoso.
Carly entendia o porquê dele não querer vê-la novamente na floresta, mas achou ele misterioso, aquele seu olhar parecia tirar a atenção dela da realidade.
- Acho que deixou cair algo atrás de você. - disse ele, suas mãos estavam dentro dos bolsos da jaqueta que usava.
Ela se virou dando as costa para ele e olhou para o chão mas não havia nada, quando ela se virou novamente ele não estava mais atrás dela, ele simplesmente desapareceu em questões de segundos, ela olhou para os lados procurando por ele mas não o encontrou, então percebeu que ele havia dito isso para que fosse embora sem que ela o visse, "como alguém poderia desaparecer assim tão rápido?" , Pensou ela. Depois foi embora seguindo o caminho para a cidade que não ficava tão longe dali.
Kenny, Peter, Stanley e Cléo abrem os olhos ao mesmo tempo.
Kenny levantou do sofá desorientado sem lembrar do que aconteceu com ele ontem a noite, e falou a si mesmo:
- O que aconteceu? Acho que peguei no sono. Que dor no pescoço! - disse ele passando a mão no pescoço e depois sobe para o quarto.
Cléo abriu os olhos lentamente, olhou em volta estranhando o lugar, viu os aparelhos médicos e uma bolsa de soro que estava tomando, logo percebeu que estava dentro de um hospital, ela não se lembrava de nada que aconteceu. Sua mãe estava sentada em uma poltrona ao lado da cama hospitalar e ficou feliz por vê-la acordada.
- Filhota, como você está? - pergunta Roxette alisando os cabelos loiros da filha.
- O que estou fazendo aqui? - ela perguntou confusa.
- Você não se lembra filha? Você estava desacordada desde ontem a noite depois de um dardo atingir você. Os médicos não souberam explicar o que aconteceu com você.
- Um dardo? Mas não lembro de nada. Só estou sentindo uma dor no pescoço.
- Deve ter sido por causa do dardo, mas já fizeram exames e não acusou nada. - disse Roxette.
- Kenny sabe que estou aqui?
- Estou tentando ligar para ele desde ontem quando vim passar a noite aqui com você no hospital, mas ele não atendeu, acho que ele não dormiu em casa. - respondeu ela.
Peter sai de dentro do carro, fecha a porta e se encosta no carro colocando sua mão sobre a testa e fala:
- Nossa, devo ter exagerado na bebida.
Ele desencosta do carro e entra em casa, em alguns segundos que ele entra no quarto seus pais chegam de carro. Diana ao entrar em casa vai até o quarto do seu filho para avisá-lo que havia chegado.
- Peter, Já chegamos! - ela deu duas batidas na porta e depois foi para a cozinha.
Peter saiu do quarto e foi para a cozinha, sua mãe estava sentada na mesa tomando café, ele puxa a cadeira e se senta de frente pra ela, havia torradas e uma jarra de suco de manga sobre a mesa, Peter pegou uma torrada e colocou um pouco do suco no copo para beber.
- Como foi ontem? Deve ter se divertido muito sem a gente em casa. - brincou Diana, e tomou um gole do seu café.
- Foi tão bom que nem me lembro. - Zombou ele por não se lembrar de nada mesmo. - Vocês vivem viajando, não tem como eu não gostar. - disse ele rindo.
- Engraçadinho, não quer contar tudo bem. - disse ela achando que ele não queria falar.
- Sério mãe, eu não me lembro.
- Tudo bem, você quem sabe. - disse ela ainda sem acreditar.
- Tenho que me apressar, daqui a pouco é hora de ir para a Universidade. - disse ele se levantando da cadeira, pegou mais uma torrada, tomou um gole de suco e saiu.
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A revolução :uma nova era(EM REVISÃO)
Fiction généraleExistiam duas tribos de lobisomens a qual uma agia por instinto caçando humanos no seu território e a outra não, um jovem lobisomem chamado Taylor pertencia a tribo que não caçava humanos, ao quebrar as regras salvando a vida de uma jovem garota no...