Desintegrando, lá estava ele na cama...
A cama te abraçava, o cobertor te escondia e seus pensamentos te matavam aos poucos...
Lá estava mais uma noite em claro, não lhe bastava o sono, adormecer não o bastava... Alí estava a emoção se excedendo novamente... As lágrimas queimam enquanto arranham seu rosto... As lágrimas te deixam um sabor de dor enquanto passam sobre sua boca...
Desmaiou de sono, apenas assim para descansar... No descanso sonha... Nos sonhos as lembranças... E as lembranças nos sonhos se revertem...
Realizado, acorda em meio a gritos de familiares, parece um desafio as pessoas viverem em paz...
Na cama, uma sensação de estar desfeito... Poderia voltar a dormir e se perder nos sonhos novamente, a vida lá é bem mais fácil, mas seus pais o obrigam a seguir sua rotina...
Lá fora o dia em preto e branco se enxerga... O vento parece pesar sobre seu rosto, tem a sensação de estar sendo desintegrado...
Em sua rotina, pessoas diferentes enxerga... Mas tão previsíveis... Tão sem graças... Não se tem mais pessoas como antigamente...
Assim vive sua vida, estar morrendo não parece te assustar...
Mais um outono se passou, mais um inverno prestes á terminar... E ele por aí deixando restos de sí, como uma árvore elogiada por sua grandeza e questionada por seus galhos secos sem nenhuma folha...
Desintegrando, lá está a solitária árvore...
Sua raíz não aguenta mais tanto peso... Sem mais folhas para se esconder, fica amostra... E o tempo te mata aos poucos...
A vida aqui fora deixa tudo tão frágil.
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O Mais Clichê
RomanceTudo que vivi, foi porque a previa. Textos do encantamento de tê-la visto até a desesperança de a ter perdido. Os textos vão gradualmente ficando maduros, pois não foram feitos de uma vez, mas, sim, eventualmente, num período de dois anos do primei...