Hoje eu ví a lua toda alaranjada, parecia até coisa de ser humano. O céu estava mesmo deslumbrante, tinha rasgos causados pela a lua, também alaranjados.
E ela? Ah... Ela! Também estava tão iluminada. Sempre esbanjou cores, mas cada vez fica mais intenso para mim, cada vez a sensação fica mais abstrata.
Eu expiro forte toda vez que abraço ela, aperto forte a mão dela toda vez que estão entrelaçadas, tento a acariciar toda vez que se deita em meu peito. Tudo é tão forte, tudo isso para lhe demonstrar que podemos fazer isso nunca ter um gosto de fim.
Às vezes, escrevo com todo anceio possível, por medo desse gosto do fim, mas logo passa.
Sempre escrevo com todo o amor sincero do mundo... Sempre escrevo algo puro e diferente, para sempre ser diferente, para nunca ser indiferente. Ela parece gostar toda vez, e eu sempre penso que um dia ela irá desgostar de tudo isso.
Se um dia ela se for, todo esse amor que criou em mim irá se esvair por completo apenas para me manter estável, e quando acabar, só irá me restar uma bela música para tirar todo o sufoco e berrar por mim, ninguém irá ouvir, apenas eu.
Ela me encara quieta, mas sei que por dentro está dizendo tudo aquilo que é indescritível. Como pudemos chegar tão alto como chegamos aqui, e ainda há tantas milhas. Não me preocupo com o caminho, e sim, apenas com ela em sí, é tão difícil ser seguro de algo quando esse algo vale tudo o que já conquistás-te na vida.
A lua pintada de laranja ainda me encara como ela. Deslumbrante também como ela.
E eu apenas caminho para casa com a sensação que nunca vou saber descrever ao certo, mas espero que eu sinta essa sensação sempre, para poder lembrar de todos os momentos, como se eu ainda estivesse vivendo-os.
Apenas mais uma escrita pura, feita com todo o amor sincero possível.
Eu ainda podia escrever até desmaiar de sono, são tantas coisas que chega a dar angústia em meu peito, e uma ansiedade em viver muito mais logo.
Hoje eu ví ela brilhar como a lua.
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O Mais Clichê
RomanceTudo que vivi, foi porque a previa. Textos do encantamento de tê-la visto até a desesperança de a ter perdido. Os textos vão gradualmente ficando maduros, pois não foram feitos de uma vez, mas, sim, eventualmente, num período de dois anos do primei...