A Dupla Chegada a Hogwarts

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  Capítulo Sete – A Dupla Chegada a Hogwarts

Harry ainda estava atordoado demais para pensar em alguma coisa. Todos andavam de um lado para o outro, falando alto e ao mesmo tempo. Arabella conversava com Arthur, Molly e Allana; falava ainda mais rápido do que de costume, parecia estar dando alguma espécie de instrução para eles. Ele ficou fora da conversa mas podia observar, pelo semblante desanimado da madrinha, que as notícias não eram lá muito animadoras. Harry e os outros Weasley aguardavam calados que os adultos terminassem. Mesmo Gui, Carlinhos e Percy estavam preocupados e ouviam em silêncio o que os outros falavam. Quando Arabella acabou de falar com os outros adultos eles se voltaram para os garotos.

- Vou explicar o que aconteceu mas vou ser breve. Dumbledore me instruiu a buscar Harry e Allana. Eu devia trazê-los imediatamente para cá. Arthur já estava sabendo de parte da história - ela tomou fôlego e continuou a falar depressa. - Azkaban está vazia. Isso foi denunciado por uma coruja anônima que foi enviada ao Ministério. Mas já foi confirmado. Deve ter acontecido durante a madrugada. Não há mais ninguém naquela prisão. O pior é que os dementadores sumiram, não se sabe ainda como mas é certo que tem dedo de Você-Sabe-Quem aí. Ou mesmo de seus Comensais da Morte.

- Não se sabe como eles fugiram? - perguntou Harry. Gina e Rony se entreolharam, assustados.

- Não. Mas isso não vem ao caso, Harry. O importante não é como nem por quê, mas para onde eles foram - os meninos fizeram uma expressão apavorada. - É, é isso mesmo que vocês entenderam. Eu tive que tirar vocês de casa porque seria um alvo muito fácil para os dementadores. Dumbledore acha que eles vão vasculhar cada canto do país para tentar pegar você, Harry - o menino sentiu o sangue gelar nas veias. Sabia o que significava estar frente a frente com um dementador. - Você é ainda muito importante para Você-Sabe-Quem.

- Então eu não devia ter vindo para cá - disse, tomando coragem. - Eu não quero pôr os Weasley em risco - Gina procurou instintivamente a mão dele, entrelaçando-a à sua.

- Você não está pondo ninguém em risco, Harry - disse Arthur.

- É, querido. Estamos bem protegidos aqui - emendou Molly, tentando acalmar o garoto. - A Toca é cercada por feitiços protetores.

- Sim. Mas por pouco tempo - completou Arabella. - Logo os feitiços que cercam a Toca, protegendo-a, não serão mais capazes de impedir que invadam a propriedade. É por isso que Dumbledore ordenou que todos fosse levados a Hogwarts ainda esta noite. Serão feitos dois feitiços Fidelius para proteger tanto a minha casa quanto a de vocês. Teremos que aprontar tudo antes do início do ano letivo, enquanto o castelo está vazio. Se tudo correr bem vocês poderão retornar para casa domingo á noite - os Weasley se entreolharam e concordaram. - Vocês devem arrumar as suas coisas agora. O mais rápido que conseguirem. Os dementadores podem sentir a presença daqueles que procuram e não sabemos quão longe podem estar daqui. Temos que sair bem depressa.

Os minutos seguintes foram uma grande correria. Os Weasley se trombando pelas escadas, juntando sacolas, malas, malões, gaiolas, aos tropeções. Tudo o que poderiam precisar nos dois dias em que ficariam em Hogwarts. Além disso, Gina, Rony e Harry permaneceriam na escola para o ano letivo e levariam todo o material escolar.

Quando já estava tudo devidamente arrumado Arabella entregou para Harry uma bota enlameada. Ele sentiu o mundo sumir dos seus pés e num instante estava no Salão Principal de Hogwarts, agora extremamente vazio e na penumbra. Esperando por ele estavam Dumbledore, a professora McGonagall, Hagrid e os três gigantes: Vasta, Colossus e Miúdo.

Antes que Harry pudesse falar alguma coisa os Weasley "pipocaram", um a um, chegando também na escola. Gina, depois Rony, Fred, Jorge, Percy, Carlinhos, Gui, Allana, Molly, Arthur e, por fim, a própria Arabella. Foi nesse instante que Dumbledore veio até eles, recebê-los.

Hary Potter e o Ressurgimento da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora