Salvo Pelo Seu Amor

Capítulo 1

Olá! Resolvi adiantar os capítulos, espero que gostem.
Obrigada por ler. Votem e comentem rsrsrs.

Douglas Brown passava a maior parte de seu tempo cuidando de suas plantações e do gado. Qualquer coisa que o distraísse de sua vida agora monótona.
Acontecimentos do passado fizeram ele ser o homem frio e arrogante que é hoje.
Nem sempre ele foi assim, teve uma época em que sua vida era colorida e cheia de alegrias, mas então tudo isso lhe foi tirado de uma forma drástica e trágica.
Depois disso Douglas se fechou em seu próprio universo, não permitiu que ninguém mais entrasse em seu coração, para ele nenhuma mulher poderia ocupar o lugar que antes fora de sua amada esposa.
Ela era a razão de seu viver, mas ele a perdeu em um trágico acidente, um caminhão desgovernado bateu na dianteira do carro que Kate dirigia, ela estava grávida de quase oito meses, nenhum dos dois sobreviveu.
Douglas se culpa por não estar no carro, talvez assim tivesse morrido junto com ela e não viveria nessa solidão.
Três anos haviam se passado, mas para ele parecia uma eternidade, todas as noites antes de ir dormir ele passava no quarto que seria do pequeno Josh, ficava por horas admirando as fotos do ultrassom, tudo estava intacto, ele não permitiu que fosse desfeito o quarto.
Nada foi mudado na casa desde a morte de Kate, todos os cômodos tinham o jeito dela, a decoração foi toda feita por ela, e ele não podia nem cogitar a hipótese de se desfazer de tudo o que era dela. Não queria deixar sua memória se perder.
Douglas não dava espaço para que qualquer outra mulher se aproximasse, as vezes saía com alguma que estivesse disposta a ter uma noite quente com ele, isso era o máximo que elas conseguiam dele.
Ele nunca levava uma mulher para sua cama, muito menos pra sua casa. Sempre que o dia clareava ele se arrependia e pedia perdão a memória da esposa pôr a ter traído, acreditava que isso era traição.

Douglas se tornou um dos maiores fazendeiros de Austin - Texas, pra ele isso pouco importava.
O motivo por ele não ter se afundado na solidão era sua imensa fazenda, cuidar dela era uma das poucas coisas que o davam prazer.
Ali era cultivado algodão, mas o forte eram os rebanhos de gado e cavalos, esses que eram sua paixão.
Todo fim de tarde ele cavalgava pelas encostas de cercas em algum de seus cavalos, não tinha um preferido e tão pouco colocava nome neles.
Era uma atividade que costumava fazer com sua esposa até ela se descobrir grávida. Esse foi o momento mais mágico da vida dele, sempre desejou um filho, ficou radiante quando soube da notícia, enchia a mulher de mimos e a proibiu de fazer qualquer atividade na fazenda, Kate apesar de achar um exagero gostava de se sentir protegida pelo marido.
Douglas pensava nela todo dia, as vezes virava a noite bebendo e lembrando dela.
Tinha dois irmãos que moravam na cidade, era o mais velho com seus 30 anos, saiu de casa muito cedo para trabalhar na fazenda de um amigo da família. Quando este morreu Douglas herdou a fazenda, pois Carlos não tinha parentes.
Por isso tinha tanto cuidado com suas terras, não podia ser mal agradecido com quem o ajudou no passado.
Seus pais faleceram quando ele ainda era um adolescente, os irmão ficaram com uma tia até completarem idade, pois Douglas não podia ficar responsável pelos dois, não tinha emprego e a casa que moravam estava hipotecada.

Douglas vinha da cidade e quando chegou ao local onde Kate faleceu parou o carro e desceu.
Se ajoelhou diante da cruz fincada em sua homenagem e deixou que as lágrimas de saudade corressem livre por seu rosto. Era sempre assim quando passava por ali.
Se tornou um hábito parar diante da cruz para lhe contar da saudade que sentia dos dois. Jurou a si mesmo que nenhuma outra mulher tomaria o lugar que um dia foi de Kate. Seu coração estava fechado a sete chaves.
Recuperado do momento saudoso seguiu viagem, para ele era um tormento ter que passar por aquela estrada, mas se recusava a pegar um atalho, tinha algo muito forte que o atraia para lá.
Sabia que jamais seria capaz de se recuperar amorosamente, odiava quando alguém lhe dizia para seguir a vida, que sua esposa iria gostar de vê-lo feliz. Como se ele acreditasse que ela se sentiria bem vendo-o com outra mulher, só o pensamento deixava Douglas apavorado.