Descrição #07 - Como se livrar da purple prose

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Se tem uma coisa que me irrita muito em alguns livros/histórias que encontro por aí, é a purple prose. Ela é tão chata que, mesmo odiando-a completamente, de vez em quando me pego colocando-a no meio da minha história e aí tenho que excluir um longo trecho por pura falta de atenção.

Mas enfim, o que diabos é purple prose?

Sabe quando você pega um livro pra ler e a história até parece ser boa, mas uma vez ou outra tem aquelas passagens exageradas, dramáticas e wannabe fodinha que te tiram do sério? Então, a purple prose são essas passagens do livro.

Resumindo:

A purple prose se caracteriza por ter palavras mais rebuscadas (desnecessárias ao contexto), metáforas longas e descrições cheias de floreios. Ou seja, purple prose é um meio de tentar impressionar e, ao mesmo tempo, encher linguiça.


E vai por mim, você não a quer na sua história de jeito nenhum.

Mas como evitá-la?

Antes de tudo, tenha consciência de que um tiquinho de purple prose nem sempre é ruim.

Há cenas que realmente pedem um pouco mais de extravagância para fazer seus leitores ficarem mais animados/mais no "clima". O problema é usar a purple prose em momentos nada a ver, ou usar demais em uma cena que até poderia suportar alguma. Novamente, o equilíbrio é a chave.

Deixe seu texto descansar.

Em outras palavras, se afaste. Escreveu algo hoje? Ótimo, deixe esse texto quieto por alguns dias. Após uma semana (mais ou menos) volte a ele e o leia de novo. Garanto que você ficará chocado com algumas frases que antes pareciam ser incríveis e que agora caem no buraco chamado purple prose. É só reparar nos trechos que destoam do resto, que parecem vir de um estilo completamente diferente do da sua história.

Vigie as palavras novas

Sabe quando você aprende uma palavra nova e quer sair mostrando pra Deus e o mundo que você sabe o que ela significa? Se você conhece essa sensação, há uma boa chance de você ter escrito pelo menos uma mini-purple prose em algum ponto da sua vida. Como dito no quesito anterior, é só ver as palavras que destoam do resto e então substituí-las.

É claro que você pode sempre pedir a opinião de outra pessoa, de preferência uma que você saiba ser bem crítica em relação ao modo como sua história está escrita.

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