Finalmente chegou o tão e esperado dia (apenas para mim).
-Por onde andou ontem? – Luke perguntou para mim.
-Estive humilhando o vento. – Falei como se minha frase tivesse feito algum sentido.
-Sua vez. – Luke deu um tapinha nas minhas costas.
Entrei na arena, todos estavam tão quietos que eu estava começando a achar que o problema estava comigo.
-O que foi? – Perguntei para a juíza que estava me encarando.
-Eh... – Ela ficou apavorada. – Onde está sua parceira?
Minha ficha tinha caído só naquela hora... Ruby era uma "morta-viva"! Ela havia sido derrotada por mim algumas semanas atrás e eu nem se quer pensei sobre minha participação no torneio.
-Vem aqui. – Chamei a juíza que estava morrendo de medo.
Peguei seu microfone e disse:
-Minha parceira não pode mais participar do torneio... Eu irei lutar contra os dois de uma vez.
Todos começaram a gritar: "é impossível para você" ou "tire-o dali".
-Podem vir todos os participantes que perderam para cima de mim agora então. – Eu me irritei. – Se eu derrotar vocês em menos de 10 segundos, eu continuo aqui.
Várias pessoas famintas começaram a pular da plateia até a arena.
O assistente do diretor se levantou para parar a confusão.
-Não. – Randolph estava sorrindo. – Isso está ficando interessante.
Cerrei meus punhos. Botei minhas chamas para fora.
Lancei um "mini" poder de fogo comparado àquele que destruiu metade da arena (que por sinal ainda está aberto e ninguém sabe porque), derrubando-os em menos de 10 segundos.
-Como prometeram, eu irei lutar sozinho daqui em diante. – Devolvi o microfone para a juíza que não sabia o que falar. – Obrigado.
-O diretor parece estar de acordo com sua proposta, então... – O narrador continuou. – Continue.
-Você acha mesmo que pode derrotar a gente, novato? – Um homem ruivo com barba malfeita se dirigiu a mim. – Não vá se achando com aquilo que você fez na arena algumas semanas atrás.
-Então você viu? – Perguntei.
-Nós estávamos observando o que estava acontecendo. – O outro se manifestou. Ele usava óculos e parecia ser o "cérebro" do time. Ele parecia não gostar muito de adolescentes como eu.
-Porque não nos ajudaram? – Perguntei. – Muita gente se feriu.
-Isso não é da nossa conta. – Ele empurrou seus óculos para cima. – Nós só queremos os artefatos.
-Seu... – Estava começando a ficar bravo.
-Preparados? – A juíza levantou sua mão. – Vão!
Era a primeira partida do torneio e, talvez a primeira de todas que um cara está lutando contra dois. Você deve estar pensando: continua moleza... você conseguiu mandar uns 30 negos para fora da arena em alguns segundos.
Não, foi bem complicado.
O cara do óculos usava um arco celeste, composto por flechas mágicas, ou seja, flechas infinitas. Enquanto eu tinha que me dar o trabalho de se desviar delas, ainda tinha que lutar cara a cara com o ruivo, que usava apenas seus punhos, assim como eu.-O que houve? – Ele estava sorrindo. – Já se cansou?
Ele parou por dois segundos. É agora.
Carreguei meu soco ao máximo, mas, um pouco antes de que ele pudesse acertá-lo, meu soco parou.
-Mas o que? – Não conseguia soltar meu braço do ar.
-Achou mesmo que eu era tão ruim assim de mira? – O cara dos óculos disse. – Eu estava preparando um campo minado para você.
-Só que sem mina. – Sorri para ele enquanto me mantinha preso.
-Desista ou vai se machucar. – O ruivinho deu às costas para mim.
Era tudo que eu precisava. Meus olhos mudaram de cor, botei minhas chamas para fora, queimando os fios que me seguravam e avancei até o ruivo.
-Achou mesmo que eu iria tirar meus olhos de você? – Ele virou com sua mão maior do que o normal, me socando até a parede da plateia.
Se eu ficasse lá por 10 segundos eu seria desclassificado.
Assim que me levantei para voltar à arena, percebi que mais fios estavam me segurando. Dessa vez era por volta de uns 200.
-Você vai ficar aí. – O carinha de óculos disse.
Não tinha chego até aqui para perder para esses caras. Pensei.
-Luke vai ficar bravo comigo. – Falei baixo.
-Oi? – Eles não entenderam.
Soltei minha aura para fora. Usei a essência que havia dentro de mim para controla-la e à lancei nos dois, que desviaram por pouco.
-Velocidade: 2! – Eu tinha saído dos fios com o fogo que contornava meu braço.
-O que está acontecendo? – O ruivo ficou sem entender nada.
Fui para cima do cara de óculos primeiro, que suportava o ruivo.
-Rajada de flechas! – Ele percebeu que seria atacado e atirou dezenas de flechas para cima.
Soquei o ar, emitindo vibrações maciças que destruiu todas as flechas. O ar ficou "quebrado", como se eu tivesse batido em um espelho.
-Mas o que... – O ruivo estava impressionado.
-Que coisa é essa que eu nunca tinha visto na vida? – O narrador estava agitado.
Soquei o cara de óculos que voou para fora.
-Menos um. – Comentei.
-Você está bem sério... – Ele me olhou enfurecido. – Né moleque?!
Sua mão cresceu uns 3 metros. Ele não tinha mais um rosto humano. Ele era um urso. Ruivo.
-Você é bem estranho. – Comentei.
Ele correu até mim com uma vontade imensa de fazer de mim seu jantar.
Seu soco passou uns dois centímetros da minha cara, acertando o chão, que rachou um pouco.
Para quem não sabe, o chão é feito de um dos materiais mais fortificados do mundo, se você conseguiu fazer um arranhão... você não é normal.
-Fique parado! – O urso ruivo não estava pensando em seus ataques, apenas tentando me botar para dormir.
Suspirei.
-Cansei de brincar com você. – Aumentei o brilho das minhas chamas.
-Velocidade: 3!Corri em volta dele, meus clones estavam em todos os lugares em sua volta. Ele não conseguia parar de rodar com medo de que um atacasse.
-Você devia olhar para outros lugares! – Apareci de cima.
Ele conseguiu erguer seus braços para defender meu soco mas, não foi o suficiente.
O enterrei naquele chão como se fosse areia.
-Incrível!!! – O narrador estava gritando. – Da onde esse cara tira tanta força?
A plateia estava louca. Uma hora estavam me xingando, agora, estavam me louvando.
Link levantou seus punhos.
-Vê se não perde em. – O respondi com os meus.
-Pode deixar. – Ele sorriu.
Eu fui para as semifinais, junto com o time de Luke e de um cara que parecia ser o "mais adorado" do torneio.
-Bom mesmo. – Luke estava me encarando.
-Achou mesmo que eu ia perder?
-O que foi aquilo na sua luta? – Manu me perguntou.
-Aquele urso? – Comentei. – Primeira vez que vi um ruivo.
Luke me deu um soco.
-Porque? – Estava com a minha mão na cara.
-O seu poder. – Ela continuou. – Aquele que você "quebrou" o ar.
-Ah aquilo? – Eu cocei a cabeça. – É aquilo lá que vocês chamam de essência da força.
-O-O que?! – Os dois estavam assustados.
-Que foi? – Perguntei.
-Isso é impossível! – Luke estava rindo. – Você descobriu sobre essa essência ontem, não tem como você ter desenvolvido esse poder.
-Eu treinei a tarde toda ontem! – Respondi.
-Pessoas passam 40 anos de suas vidas treinando e muitas não conseguem chegar nesse poder. – Luke estava sério. – Se ouvirem você falando que conseguiu em um dia, te arrancariam a cabeça.
-Não precisa acreditar! – Debrucei na grade. – Na nossa luta eu te mostro mais.
As lutas de agora em diante eram os dois contra dois de uma só vez, para mostrar que nós podemos se dar bem com nossos parceiros (que eu não tenho).
Link e sua parceira que no telão se chamava Diana estavam preparados para lutar. Seus adversários emitiam uma onda terrível de essência. Aqueles caras não eram nem um pouco comparados aos que eu havia lutado até agora.
-Link vai dar um jeito. – Jack apareceu no meu lado.
-Eai! – Falei.
-Boa luta. – Lisa chegou também.
-Estamos reunidos então? – Luke sorriu.
-É uma luta importante para Link. – Comentei.
-Comecem! – a juíza gritou.
Link atirou suas adagas uma em cada um. Sua parceira socou o chão, fazendo nascer pedras do chão. Isso era uma distração.
Uma das adagas atravessou a pedra. Link tele transportou para esta e tentou desferir um golpe em seu inimigo, que conseguiu desviar e dar uma joelhada na barriga de Link.
-Ousado. – O cara estava sério, como se não tivesse feito força.
-Link! – Sua parceira correu até ele para ajudar.
-Aonde você está olhando, mocinha?! – O outro adversário apareceu em sua frente, com uma katana.
-Droga... – Ela mexeu seus dedos.Raízes de plantas começaram a brotar da parede da plateia, indo na direção do cara.
-Está usando as raízes das árvores lá de fora? – Ele sorriu. – Como se fosse adiantar algo.
Ele cortou todas as raízes (que por sinal eram mais do que você pudesse imaginar) em uma espadada.
-Mas o que... – Ela estava assustada.
-Aqui não é seu lugar, alquimista.
Link chutou na lateral do cara, lançando-o longe.
-Fique longe dela! – Ele gritou.
-Isso doeu. – Ele se ergueu. – O que está fazendo Darius?
-Fiquei com vontade de ver você apanhando. – Seu parceiro respondeu.
-O que? – Ele foi para cima de Darius.
Link não estava entendendo. Ninguém estava na verdade.
Eles definitivamente não eram humanos, lutavam como se fossem bestas. Não se seguravam nem um pouco um contra o outro.
Link estava muito bravo. Provavelmente não aguentava ser ignorado pelas pessoas.
Ele soltou sua essência para fora.
-Esse moleque é interessante. – O espadachim parou de brigar.
-Depois resolvemos isso. – Darius correu até Link.
-Agora, Diana! – Link gritou.
Diana cruzou os dedos. Uma planta carnívora brotou do lugar em que eu havia enterrado o urso ruivo e o engoliu vivo.
-Darius! – O espadachim gritou.
-Só falta um. – Link limpou o sangue que percorria seu rosto.
-Achou mesmo que eu ficaria preocupado com algo assim? – Ele sorriu.
A planta explodiu.
-Você me deixou bem puto. – Darius continuou correndo até Link, que jogou sua adaga na direção do espadachim. Sem que Link percebesse, Darius bateu na adaga, jogando-a para fora da arena.
Link foi para sua adaga, desviando do ataque destruidor de Darius.
Sem perceber que estava fora da arena, lançou seu ataque mais forte, no chão. Quando ele percebeu que não havia ninguém ali já era tarde demais. Ele destruiu o chão, iluminando a arena inteira.
Ele caiu na cratera que ele mesmo criou. Depois de um tempinho, ele voltou para a arena, como se nada tivesse acontecido.
Darius e o espadachim estavam de olhos arregalados.
-Vencedores: Darius e Aomine! – Gritou a juíza.
Todos estavam se perguntando o porquê da vitória.
-O que houve? – Perguntei.
-Link ficou mais de 10 segundos fora da arena. – Jack me respondeu.
-Não acredito! – Luke estava muito bravo. – Essa regra é idiota!
Link abaixou sua cabeça.
-Darius. – Disse o espadachim.
-Sim. Ele teria te matado se aquilo te pegasse.
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As aventuras de Greed: O despertar
Teen FictionNessa história, Greed, um jovem de 17 anos, procura uma razão para sua existência, por ser "diferente" dos outros. No decorrer da história, Greed vai conhecer novas pessoas, novos desafios e quem sabe um sentimento que muitos esperam ter? Será que e...