Capítulo final - Última Parte

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Sem correção...
* Postei mais cedo, mas pelo que falaram o site está em manutenção por isso não apareceu atualização.

*Desde já aviso que a estória ficará por dois meses no site depois retirarei! Então a partir de 24 de março. Ela só ficará alguns capítulos.

Agradeço o carinho de sempre! Bjs.
Laura





Valentina...

Eu me senti orgulhosa por ele ter me chamado de princesa. Meu príncipe. – Sorri.

- É Você a mocinha sortuda? – O senhor que estava ao meu lado puxou assunto. Se fosse em outros tempos eu pediria que ele me deixasse no mínimo em paz para fazer minha viagem sossegada. Mas sorri e respondi...

- Sim sou eu. Ainda não temos um ano de casados. Faremos em breve.

- Eu e minha esposa. Olhou a mulher. Estamos indo para nossos quinze anos. Alguns dias parece uma eternidade e em outros parece que nem conheço a pessoa com a qual me casei. E tenho certeza que ela também imagina a mesma coisa. – A mulher estava com os olhos fechados.

- Meus parabéns. – Quinze anos... Puxa vida, quanto tempo. Pensei em meus pais.

- Ela perdeu a audição de um lado. E agora eu a trouxe para fazer uma cirurgia. Não que no Brasil não tenha. Mas aqui um amigo nosso conseguiu fazer na clinica dele sem nos cobrar nada.

- E deu certo?

- Estamos em processo de recuperação. Mas não tinha nada a perder também. Bom... Vou deixa-la descansar. Sejam felizes.

- Obrigada.

Fechei os olhos e imaginei a primeira vez que eu estava vindo para a Alemanha. Eu tinha uma ideia totalmente diferente do que seria um relacionamento.

Foi com o George que aprendi cada detalhe do que sei sobre a intimidade de um casal... Lembro-me do primeiro dia em que ele tentou algo mais íntimo... Perguntou se podia me tocar e eu boba disse que sim... Então levantou minha blusa e tocou meu seio com os lábios. Meu Deus... Aquilo foi incrível, mas minha cunhada acabou estragando tudo. Mesmo agora me sinto envergonhada só de pensar no que vivemos... Houve momentos terríveis pelos quais passamos também. Quando ele me disse que não era mais virgem, depois de termos nos comprometido em esperarmos um pelo outro até meu aniversário de dezesseis anos.

Não são quinze anos, e não são vinte e cinco, nem sessenta anos juntos, me lembro com tristeza do casal que faleceu a pouco. E eu acabei me tornando amiga da família alemã. Mas é o nosso tempo... Sejam dias, meses ou poucos anos... É nosso. É a construção da nosso história. A história de George e Valentina, que um dia nossos netos irão contar, nossos... Nossos filhos caso o tempo nos deixasse tê-los. Ou simplesmente nossos pais, amigos e familiares. Ou até mesmo quando eu não estiver mais aqui... E o George estive casado com outra. Talvez um dia ele sentado debaixo de uma árvore irá pensar em mim... Do nosso tempo e da nossa história.

Eu precisava dizer a ele, que se em breve eu não conseguisse acompanha-lo mais. Caso minhas forças faltassem, meu corpo não resistisse às ciladas da vida. Que eu estaria feliz, pelo tempo em que passamos juntos e que ele não se limitasse a esse único tempo. Se desse ao direito de recomeçar.

Eu queria ter dito ontem à noite. Eu queria ter dito hoje de manhã e eu queria ter dito antes de entrar neste avião. Mas agora quando sinto novamente essa dor pelo meu corpo, e esse cansaço e penso... Há coisas na vida da gente que não temos que querer... Precisamos fazer. Talvez o tempo não esteja a nosso favor. E se acabe antes que tenhamos a oportunidade de nos reencontrarmos novamente.

Leva-me com você. - A história de George e Valentina.Onde histórias criam vida. Descubra agora