Leva-me com você. - A história de George e Valentina.

Capítulo 06 - Novos conceitos

Sem Correção

* Escrevi um conto para um projeto... Está neste endereço... Está concluído. Se quiser passar por lá e ler eu agradeço... Beijos:  Está neste perfil: NineGirls9   E chama-se: Recomeçar. 

Valentina

O tratamento é doloroso. Meus braços doíam... Minhas pernas doíam. E tudo o que era feito para amenizar a dor é como água com açúcar. O pior de tudo é o desgaste emocional. Depois de alguns meses eu estava me sentindo muito fraca.

Uma cirurgia foi sido feita, mas não a caráter de tratamento, mas foi usada logo no começo para obter uma amostra de biópsia com o objetivo de classificar o linfoma. Os médicos procuravam me explicar o mais detalhado possível o que estavam fazendo para que eu não me sentisse com medo, mas todos os dias a dor era tanta que eu fechava os olhos com a certeza de não mais acordar.

--- Val? Aqui eu te ajudo. – Estava mais uma vez com ânsia de vômitos e por incrível que pareça quem me ajudava neste momento era o George.

Nos primeiros dias eu achei que ele estava só fazendo graça, mas ele permaneceu. Revezou com minha mãe, meu pai e meus irmãos.

--- Ainda aqui? – Perguntei com voz fraca.

--- Ainda. – Ele segurou meus cabelos como viu minha mãe fazer e depois me segurou com a cabeça para baixo enquanto eu vomitava em uma lixeira do hospital. Quando terminei juntei minhas forças e tentei ser engraçada para não ser dramática.

--- Isso não deveria acontecer quando eu já estivesse grávida depois de estarmos alguns anos casados? – Reclinei-me novamente sobre os travesseiros.

--- É mais nem sempre a vida tem seguido seu curso natural. O homem mexeu demais com a natureza e deu no que deu. – Ele foi até o banheiro e deixou a lixeira por lá e voltou, limpou meu rosto e sentando-se aos pés da cama cruzando as pernas.

--- Estou novamente perdida no tempo. – Fechei os olhos para descansar um pouco.

--- Quatro meses e meio...

--- Não se cansa de me colocar a par do tempo? – Parecia ontem... Mas já tinha tudo isso... Sentia minha boca cheia de aftas. E uma enorme dificuldade para engolir.

--- Não. Não tenho nada melhor para fazer.

--- E os estudos? – Não me sinto com forças para falar às vezes, então preciso aproveitar esses raros momentos para não deixa-lo tão entediado.

--- Está indo bem.

Meus pais pegam no pé dele para que não se descuide dos estudos... Ele está bem mais próximo com meu pai. Eu sinto que meu pai é agradecido por sua presença aqui. Eu não queria que ele estivesse me vendo passar por isso. Mas também fico feliz por vê-lo.

O médico entrou no quarto acompanhado dos meus pais e começou a falar vários termos médicos e falou sobre procedimentos que teriam que ser feitos, e as sessões de quimioterapias, radioterapias e até mesmo, uma tal de imunoterapia... Eram tantas terapias que seriam feitas que eu não tive, por um momento certeza que conseguiria.

Fechei os olhos para pensar em outras coisas... Eu não estava ignorando, só não queria ficar pensando em tudo aquilo de uma vez. Eu sentia dores por todo meu corpo.

Mas eu não queria ficar pensando nisso... Então viajei até o dia do meu aniversário de dez anos... Até o dia em que meus pais nos levaram até a Disney, o dia em que fomos esquiar. Quase sorri quando me lembrei de minha mãe de olho em meu pai... Ela afirmava não ser ciumenta, mas as mulheres não podiam sequer olhar para ele. Eu acho que... Que nunca saberia o que seria aquilo... Sentir ciúmes do meu marido.