Capítulo 18 - Promessa é divida

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Sem correção...  - Participação especial - Pietro

* Como choram...


Valentina

Primeiro foi o cheiro... Era familiar. Passei bons meses acordando e sentindo esse cheiro. Estava no hospital com certeza. Minha cabeça doía. Meu corpo doía. Meu estômago não estava bem e então me lembrei... George.

Comecei a chorar... Mesmo sem abrir os olhos. Porque ele não me levou com ele? Eu não quero ficar aqui. Não quero mais viver. Não faz sentido algum ficar sem o meu amor.

--- Filha... – Senti as mãos suaves de minha mãe acalentar meus cabelos. --- Oh meu amor. Acalma teu coração. – Beijou minha testa.

Eu só sabia chorar. Puxei minha mão e toquei meu coração que ardia. Assim como meu braço. Descobri assim que abri os olhos que era o soro que estava fazendo doer meu braço. Devia ter mais algum medicamento correndo em minhas veias.

--- Mãe... O George.

--- Valentina... Ainda não sabemos ao certo sobre quem era. Seu pai foi para lá. E vai me ligar. Fica calma por favor.

Ela me pedia o impossível... Como assim ficar calma com tudo o que acabava de ouvi?

Ao longe avistei minha sogra vindo em nossa direção. Fechei os olhos por um momento. Não queria ver a confirmação das minhas suspeitas em seus olhos de mãe.

--- Como ela está?

--- Está acordando. Mas ainda muito agitada.

--- Val?

--- Oi... – Respondi sem vontade alguma.

--- O corpo encontrado.

--- Não... – Chorei.

--- Era do Eliot... Pai do Joshua. – Abri os olhos e vi que ela tinha um sorriso no rosto. --- Eles voltaram às buscas. Vamos rezar...

--- Você ouviu mãe? – Explodi de alegria.

--- Ouvi filha. Ouvi.

--- Eu posso sair? – Olhei em volta procurando por algum médico.

--- Claro que não. – Minha mãe secou minhas lágrimas e depois as dela. --- Você não estava se alimentando direito e estava fraca. Seus medicamentos não fazem efeito assim. E não se esqueça que precisará passar por uma bateria de exames semana que vem e medicações mais fortes.

Isso eu não esquecia nunca.

Veio o horário do almoço e eu fui obrigada mesmo entre as ânsias de vômito a me alimentar... Conhecia minha mãe o suficiente, se eu quisesse sair dali teria que estar muito bem.

Às duas horas as May esteve por lá e ouvi-a cochichando com a Angélica sobre a revolta do Joshua ao saber da morte do pai. Elas pensavam que eu estivesse dormindo. E minha mãe tinha descido até a lanchonete para buscar um café.

Depois tudo ficou em silencio novamente... Às cinco horas o médico passou e disse que eu poderia voltar para casa.

Eu queria ir para meu apartamento, mas tenho certeza de que eles ligariam para a Angélica primeiro. Ouvi meu celular tocando. Procurei por ele estava com minha mãe.

--- Oi filho... Sim está. Vou passar para ela. – Ela me estendeu o telefone.

--- Alô. – A ligação devia ter caído. Olhei e não havia ficado registrado o número. Talvez devido à mudança de país. --- Mãe era o Benjamin ou o Pietro? Deve ter desligado.

Leva-me com você. - A história de George e Valentina.Onde histórias criam vida. Descubra agora