P r ó l o g o

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Mais outra mudança que minha mãe e eu vamos fazer, só que dessa vez de volta para nosso verdadeiro lar,estou revoltada com ela pois não me permitiu continuar com minha turnê, encerrei minha última dança em Paris, dançando o Cisne Negro. Foi minha melhor performance, o balé é minha vida nasci para usar sapatilhas, mas minha mãe não entende isso.

Tenho apenas 15 anos e já danço, desde os meu 7 anos posso dizer,que já estive entre as melhores bailarinas e já viajei quase pelo mundo todo,mostrando quanto amo o balé, no decorrer da minha infância nunca tivemos uma casa ou morada fixa, desde que o meu pai desapareceu misteriosamente, eu e minha mãe, não voltamos para casa e agora preste a fazer meus 16 anos ela resolveu voltar para casa.

Isso não é fácil para mim.
O meu sonho é de continuar sendo uma bailarina e não me socar, em uma casa que fica no meio da floresta.

Lágrimas solitárias caem do meu rosto,em saber que acabou turnês, acabou balé, acabou os sonhos.

- Isso vai ser bom querida,pensa por outro lado sua avó vai está lá, você vai estudar pela primeira vez em uma escola de verdade. - ela diz tentando me convencer.

- Não mãe, não tem "por outro lado",a gente vai voltar para aquele maldito lugar, onde o papai nos deixou,onde tudo mudou mãe ! - digo revoltada.

Minha mãe acha que estou muito nova para levar o balé à sério,que ainda tenho que aproveitar outras coisas,e nada melhor que voltar para o lar,só quando tiver 17 anos que ela vai me deixar voltar a dançar. Eu não sei como ela consegue, quando meu pai nos deixou,ela estava grávida e iria dá a notícia a ele,mas ao invés dela encontrar o meu pai, ela encontrou uma carta dele, não sei o que tinha na carta,mas quando minha mãe leu,não foram só lágrimas mas ela também desmaiou bem na escadaria da nossa casa,o que fez ela perder o meu pequeno irmão que tinha apenas 3 semanas.

Depois do ocorrido minha mãe e eu fugimos daquela dor,resolvemos tentar apagar o nosso passado, mas agora percebo que não adianta fugir do passado,ele vai sempre está presente nas nossas escolhas.

****

Chegamos na cidade e observo que algumas coisas mudou,como a escola, as padarias e lojas, as casas continuam às mesmas, com o mesmo aspecto de cabana,as ruas também continuam às mesmas, feitas de pedras .

O nosso caminho ainda é mais afastado da cidade, vamos em direção a nossa casa que fica alguns quilômetros longe da cidade. Não sei por que meu pai escolheu morar em uma casa que fica no meio da floresta.

Lembro de que ele falava, que era por que gostava de ter contato com a natureza. Apesar de que nunca frequentei uma escola não estou nem um pouco ansiosa, esse lugar só me provoca raiva e outro sentimento que não sei descrever, talvez seja ansiedade ou sei lá.

Olho para minha mãe e sei o que ela tá sentindo, só não sei o por quê de ter voltarmos logo para o mesmo lugar que não queríamos voltar.
Ela esconde algo,sei que ela não vai me contar,mas eu vou descobrir mesmo assim.

Logo avisto nossa casa,ela é pequena mas tem dois andares, vovó está na varanda e assim que nós vê,se levanta animada logo vejo o Hill, nosso cachorro ele cresceu bastante, pelo menos ele foi o único que me deixou alegre. Desço do carro assim que piso no chão, uma brisa gelada ocorre, e aquela sensação que não sei explicar, volta outra vez só que mais forte.

O Lobo E A Bailarina|Sem Revisão|Onde histórias criam vida. Descubra agora