Capitulo 25

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Fizemos caminhada e voltamos pra casa. Limpei e deitei no sofá exausta. Nick sentou no chão ao meu lado e apoiou a cabeça em minhas pernas, ligou a tv e colocou no Cartoon. Fechei os olhos e fiquei apenas escutando o desenho. Senti Nick se levantando e deitando. Continuei de olhos fechados sentindo o peso e o calor de seu corpo sobre o meu. Ele passou uma das mãos na maçã do meu rosto e em meus lábios, depois beijou meu queixo. Passou os dedos sobre meu pescoço e senti minha pele se arrepiar, suspirei e mordi meu labio inferior. Senti Nick colocando a mão dentro da minha blusa e acariciando minha barriga, eu o queria tanto. Mas o toque do meu celular fez com que eu abrisse os olhos saindo do transe, e me esgueirasse por baixo de Nick. Atendi e era o Caio.

— Oi. - Falei tentando normalizar minha voz.

— An-jo. - sua voz saiu cortada.

— Caio?

— Eu estou indo pra Floripa. Meu pai tá passando por uma cirurgia agora.

— Aconteceu algo grave?

— Eu ainda não sei, ele me ligou falando que faria uma cirurgia de emergência, e minha mãe me aconselhou a ir cuidar dele. Me desculpa não ter ido aí me despedir, eu mando mensagem.

— Tudo bem, boa viagem e melhoras pro seu pai.

— Obrigado, beijos.

— Beijos.

Desliguei e olhei pra Nick que estava me encarando.

— O que?

— Eu que pergunto. - disse se arrumando no sofá.

— Caio tá indo pra casa do pai dele.

— Hmm, vem deitar aqui. - deu batidinhas no sofá.

— Melhor não.

Fui pro quarto, tomei um banho e fiquei deitada. Nick fez o almoço e depois passei a tarde toda trancada no quarto lendo. A noite me arrumei pra ir pra faculdade, e Nick dirigiu até o colégio.
No final das aulas nos encontramos no estacionamento.

— Hoje eu vou...

— Tá. - o interrompi.

— Nem vai deixar eu terminar?

— Não, você é muito previsível, ia dizer que vai sair né?

— Errou, eu ia dizer que vou te levar pra jantar.

— Sério?

— É, lembra um mês atrás, quando saíamos juntos pra jantar, como amigos normais? - assenti.

— Me pegou de surpresa.

— Vamos Cat, só eu e você, um restaurante bacana e nada de álcool.

— É, vai ser legal. - entrei no carro, e ele também.

Nick dirigiu até um restaurante no centro, conseguimos uma mesa na varanda e ficamos conversando até nosso pedido chegar. Fazia tempo que não conversávamos daquele jeito, uma conversa saudável, sem malícia ou desentendimento, Nick também se desculpou pelas mancadas e foi sincero. Na volta pra casa ele passou direto, e foi rumo a praia. Parou o carro e eu o olhei confusa.

— Vamos. - falou saindo, sai também. Ele tirou seus tênis e jogou dentro no carro.

— Sua vez, tira logo essa sapatilha velha. - sorriu pra mim e eu a tirei, esticou a mão, a peguei, entrelaçou os dedos nos meus e começamos a caminhar rumo ao mar.

A brisa estava fresca e bagunçava meu cabelo, eu amava a maresia. Nick chegou bem perto e as ondas alcançaram nossos pés, a água estava bem gelada, mas não liguei, eu estava com Nick.

— Lembra na sua festa de 15 anos, você dançou com o Paulo, e com aquele pereba, André. - eu ri enquanto chutava areia rumo ao mar.

— É, eu lembro, ele era meu príncipe.

— Eu sou seu príncipe.

— Mas você não quis dançar a valsa comigo.

— Eu era um idiota, mais do que sou hoje. Mas eu ainda te devo uma dança. - ele segurou meu braço e me puxou pra perto, colocou minhas mãos em seus ombros e apoiou as suas em minha cintura.

— Sem música?

— Shhhh. - falou e colou nossos corpos. Encostei minha cabeça em seu peito e entrelacei meus braços em seu pescoço, e ele me segurou firme em seus braços. Começamos a nos mover com passinhos sem rumo, diferentes da valsa, nossos corpos se moviam em perfeita sincronia, e eu sentia seu coração e sua respiração, enquanto ele cantarolava Kiss Me, acima de minha cabeça.

— Tá perfeito. - sussurrei.

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