Capitulo 62

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— Aê caralhooo. - disse Diego comemorando.

— Nossas crianças cresceram tão rápido. - disse Sisi à Diego, se referindo a nós dois.

— E vocês? - perguntei e eles se olharam.

— Somos um casal feliz. - disse Sisi.

— Ela até voltou a usar a aliança de namoro. - disse Diego sorrindo.

— Vamos jogar sinuca pra comemorar? - perguntei.

— Vamooooooos. - gritou Sisi e eles concordaram.
Terminamos de comer, escolhemos uma mesa de sinuca e os meninos foram pagar a hora.

As 1h eu já estava exausta, e Nick concordou em ir pra casa. Acabei dormindo com a cabeça encostada na janela.
Nem ví o caminho de volta pra casa, despertei quando senti Nick me tirando do carro.

— Eu te levo. - sussurrou e eu apoiei meu rosto em seu peitoral, me concentrando nas batidas do seu coração.

Nick entrou em casa todo cuidadoso e foi em direção ao seu quarto, me deitou na cama e tirou minha roupa, me deixando apenas de lingerie. Depois tirou suas roupas, ligou a TV e se deitou, puxando o lençol para nos cobrir.

— Amo você. - sussurei e ele me puxou para seus braços.

— Também te amo, xarope. - acariciou meu rosto e beijou meus lábios.
Nick colocou em um canal onde estava passando um filme de comédia e indagou:

— Amanhã vamos fazer o exame. - olhei pra ele e mordi meu lábio inferior.

— E se der positivo?

— Seremos uma familia completa. - falou me arrancando um sorriso.

— Se der negativo, vou urgente na ginecologista.

— Com certeza. - disse me olhando e me beijou novamente.

— Você vai assistir? - perguntei e fiz biquinho.

— Só um pouco, pode dormir.

— Ta. - me aconcheguei e fechei os olhos.

— Boa noite, Nick.

— Boa noite, Cat. - beijou o topo da minha cabeça e eu dormi.

Acordei no dia seguinte super disposta, fiz minhas higienes, tomei um banho e me vesti.

— Vamos? - perguntou Nick entrando no quarto, me fazendo levar um susto.

— Aonde?

— Fazer o exame, anda.

— Ta, tô indo.
Escovei meus cabelos e coloquei sapatilhas. Fui a cozinha e tomei meu café, Nick já estava pronto na sala, a minha espera.

— Vamos? - perguntou empolgado.

— Vamos. - respondi e partimos.

Nick foi o caminho todo com a mão na minha coxa, ele parecia tenso, mas com certeza não mais que eu.
Quase vinte minutos depois, e estávamos em frente ao laboratório onde eu faria o exame. Conversei com a recepcionista e ela me levou a uma sala para coletar meu sangue.
Alguns minutinhos depois e eu estava de volta a recepção. Nick estava sentado em uma poltrona, ao me ver se levantou e foi ao meu encontro.

— E ai? - perguntou curioso.

— O resultado fica pronto daqui 30 minutos.

— Ah, achei que fosse igual o teste do xixi. - falou me fazendo rir.

— Vamos dar uma volta. - segurei sua mão e o puxei pra fora.
Nick pegou o carro, e dirigiu até a praia, o que não demorou muito. Estacionou em uma vaga e eu saltei pra fora.

— Tô nervosa, quero água de coco. - disse segurando sua mão e o guiando até o quiosque mais próximo.

— Relaxa. - disse me abraçando de lado.
Compramos um coco pra mim e sentamos em uma mesa, de frente um pro outro.

— Nick...

— Oi?

— Eu quero voltar a trabalhar, na relojoaria.

— É perigoso. - falou me encarando.

— Não é. Aquilo que aconteceu, poderia ser com qualquer pessoa, em qualquer loja daquele shopping.

— Eu sei..

— Por favor. - fiz biquinho. — Ta na hora da gente sair da aba dos nossos pais, sabe. Se aquele exame der positivo, muita coisa vai mudar, vai ser um tipo de responsabilidade totalmente diferente ao que estamos acostumados.

— Tudo bem. Te amo, garota. - disse segurando minha mão

— Também te amo, másculo. - pronunciei a palavra "másculo" entre risos.

— Ainda lembra disso?

— Fala serio, como esquecer? - ele riu e beliscou minha mão.

— Vou arrumar um emprego também. - falou ficando serio.

— Vai mesmo?

— Vou. Vou me dedicar mais aos estudos, me dedicar a você e ser um bom namorado. - disse me arrancando um sorriso.

— Você ta se saindo bem. Sempre se saiu bem, na verdade.

— É por que eu tenho você. - sussurrou ele e eu assenti.

— É tão bom estarmos bem. - falei fechando os olhos e sentindo a brisa bagunçar meus cabelos.

— Até os ventos conspiram a nosso favor. - falou com o sorriso mais lindo do mundo.

— Vamos? Já deu meia hora. - perguntei e ele assentiu.
Joguei o coco em uma lixeira e voltamos ao carro.
Nick deu partida e eu encostei a cabeça na janela. Meu coração disparou, minhas mãos suaram e no meu estomago, borboletas dançavam.
Nick parou o carro e eu desci.

— Já volto. - falei e ele assentiu.
Atravessei a rua entrei no laboratório. O resultado já estava com a recepcionista, a paguei e peguei o envelope.
Sai do prédio e entrei no carro, Nick me olhou e eu olhei pro envelope.

— Abre. - disse impaciente.
Respirei fundo e comecei a rasgar o envelope com cuidado. Aquele resultado poderia mudar por completo minha vida.

Peguei a folha do resultado e comecei a ler, era meio confuso, mas quando finalmente encontrei aquela palavra, fechei os olhos e respirei fundo.

— O que? - Nick perguntou e pegou o papel da minha mão, leu e suspirou.

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