Acordei bem cedo no dia seguinte e resolvi que iria mesmo pra casa da minha mãe. Fiz minhas higienes e comecei a arrumar minha mala, mas a fome me venceu e eu fui a padaria comprar pão.
Vinte minutos depois e eu estava de volta, fui direto a cozinha e fiz um misto. Comi com café e voltei ao quarto.
Me assustei ao ver Nick sentado na cama em meio a minha bagunça. Ele estava chorando e parecia arrasado.— Nick... - me aproximei e ele se levantou levando uma pilha de blusas que eu havia colocado na mala, de volta ao meu armário. — Não faz isso, eu já decidi.
— Não faz isso você, Cat. Eu me recuso a ficar sem você. Me recuso a ficar sozinho nessa casa, e deixar você partir. - disse aos prantos me fazendo chorar também. — Você sabe que eu não sobreviveria sem você. - disse se aproximando. Toquei seu rosto e enxuguei suas lagrimas, e ele as minhas. — Eu te imploro, não me deixa.
Ele colou a testa na minha e eu assenti, parecia até que estávamos competindo pra ver quem chorava mais.
— Eu te amo, Cat. - sussurrou e eu sorri.— Eu também te amo, Nick. Mais do que deveria. - respondi e ele selou nossos lábios lentamente.
Nick me beijou com ternura e cuidado, quase como se eu fosse de porcelana. Quando faltou ar, ele me abraçou, que saudade daquele abraço sincero.— Então vamos ter um bebê? - perguntou me olhando.
— Eu não sei, pode ser só irregularidade no meu ciclo, eu tenho que fazer o teste.
— E ta esperando o que?
— Coragem, tô com medo do resultado.
— Não importa se der positivo, ou negativo, eu vou estar do seu lado. - falou e eu assenti.
— Acho que vou guardar minhas roupas. - falei olhando pra minha cama. — Vai tomar seu café. - ele assentiu e saiu do quarto.
Dobrei minhas roupas e as devolvi ao armário, fui a cozinha e Nick estava limpando a mesma. Quando ele acabou, me pegou no colo e me levou até seu quarto, me deitou na cama e também se deitou me abraçando.— Nick.
— Oi?
— Me desculpa, de verdade, eu sempre...
— Eu já te desculpei, Cat.
— Deixa eu terminar, antes que minha coragem passe. Eu sempre fui apaixonada por você, e sempre te ví com outras e me imaginava no lugar delas, mas as vezes eu negava isso até pra mim mesma, e eu tive medo, medo das coisas mudarem, medo de perder você, e nos magoar. E quando o Caio apareceu.. eu achei que conseguiria por de lado meu sentimento, e continuar sendo a "Catarina amiga" de sempre.
— Cat, eu sempre gostei te você, mas nunca me pareceu certo me envolver.
— Porque?
— Por que você é uma garota incrível, meio confusa, mas incrível, e eu sou um perdedor.
— Já tivemos essa conversa.
— Eu sei, e agora ta tudo resolvido.
— Por que você me ama?
— Ta brincando? A pergunta é: por que eu não te amaria? Você é a garota mais inteligente que eu conheço, é doce, simpática, amorosa, generosa, dedicada, responsável, doida, linda, gostosa, sexy, me ama, me defende, me apóia, cuida de mim. - respondeu sorrindo.
Retribui o sorriso e limpei minhas lagrimas, que escaparam sem que eu notasse.
Nick me olhou bem, e então encontrou meus lábios.— Hey. - disse ele se afastando, ao me ver de olhos fechados.
— Não quero acordar, a vida é tão cruel, prefiro estar sonhando. - falei rindo e ele beijou meu nariz.
— Não é um sonho, é a nossa realidade. - o olhei e ele tocou meu pescoço.
— Vamos dar um jeito nisso. - falou se referindo ao meu colar. - Senta.
Sentei e ele também, ficando de frente pra mim. Nick abriu o fecho e pegou o anel solitário, que eu estava usando como pingente. Colocou o colar novamente no meu pescoço e pegou minha mão direita.— Eu prometo, amar-te, respeitar-te e ser fiel, todos os dias da minha vida. - falou e colocou o anel no meu dedo anelar.
— Eu vou morrer de chorar, Nick. - falei e ele me puxou pro seus braços.
— Lembra quando eu disse que quando o Caio desse mancada, eu não voltaria correndo pra você? - perguntou e eu assenti. - Eu menti. Você fez macumba, não foi?
— O que? - perguntei rindo.
— Você me amarrou, eu era desejado, e tinha todas as mulheres que eu quisesse. - falou e eu revirei os olhos.
— Quase não se acha. - falei e ele me empurrou de leve.
— E então eu percebi que você não saia da minha cabeça, sabe, quando eu não tava com você, só pensava em estar com você. E quando eu descobri que era amor, tive que te levar naquela praia. Eu dei mancada, muitas, mas eu me arrependo de tudo.
— Eu também. - acariciei seu rosto e ele assentiu.
— Vem. — me puxou deitando e me aconchegou em seus braços.
— Eu te amo. - sussurrei e ele sorriu
— E eu te amo mais. - respondeu com um sorriso relaxado.
— Jamais. - retribui.
— Sonha, xarope.
— Posso dormir um pouco? Acordei bem cedo.
— Claro. - respondeu e acariciou meus cabelos, até eu pegar no sono.
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Mais que amigos
Genç KurguNick e Catarina se conhecem desde crianças e quem vê os dois juntos acreditam que são um casal, mas longe disso, são apenas amigos, será que essa amizade de longa data pode se transformar em amor?