Capitulo 43

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Acordei de manhã com Clarinha em cima de mim, fui ao banheiro e fiz minhas higienes, depois encontrei Beto, Beca, Michel, Clara e mais um garoto tomando café. Comi, agradeci a eles por tudo e fui embora antes que minha mãe reclamasse. Cheguei em casa e ela ainda não havia chegado, limpei a casa enquanto Clarinha assistia desenho e depois me juntei a ela. Um pouco mais tarde minha mãe chegou e eu fui levar a Clara em um parquinho que ficava a algumas quadras de casa. Empurrei ela no balanço e então ela me pediu para ir no escorregador. A ajudei a subir na escadinha e fui na outra ponta esperar ela descer, assim que ela chegou no chão abriu um lindo sorriso.

— Nick! - gritou e correu passando por mim. Me virei e ele estava lá, em pé, logo atrás.

Ele a pegou no colo e beijou sua bochecha várias e várias vezes. Me levantei e fiquei o olhando, meu coração estava a mil. Ele a colocou no chão e me olhou, mas eu não consegui dizer nada, fiquei imóvel tentando controlar a vontade louca que eu estava de me jogar em seus braços.

— Passei na sua casa e sua mãe me disse que vocês estavam aqui. - assenti. — Eu vou pra casa, preciso ver meus pais. — virou as costas e saiu andando.

Peguei a Clarinha pela mão e voltamos lá pra casa, eu estava abalada, sentei em minha cama e peguei meu celular, tinha mensagem do Nick dizendo que estava chegando, da Sisi perguntando onde eu tinha me enfiado, e do Caio dizendo que queria me ver de novo. Bloqueei a tela e fui pra sala, minha mãe estava saindo com a Clarinha. Sentei no sofá e liguei a TV, mas não estava passando nada de bom, então desliguei e deitei. Alguns minutos depois e a campainha tocou, saí lá fora e era o Nick. Entramos e sentamos um ao lado do outro, ficamos em silencio e ele ficou me fitando.

— Você tá bem? — perguntou finalmente quebrando o silêncio. Neguei com a cabeça e soltei um riso forçado.

— Não aguento mais isso... - falei me aproximando mas ele se levantou, e foi para o outro canto da sala. — Nick, por favor, eu preciso de você. — levantei e me aproximei novamente, segurei seu rosto com as mãos e fechei meus olhos. Minha respiração estava abafada, enquanto a dele permanecia calma. Respirei fundo tentando me acalmar, e juntei nossos lábios lentamente sentindo um turbilhão de emoções. Foi como se toda minha angústia tivesse ido embora, como se ele tivesse espantado todos os males em questões de segundos. Mas então a calmaria foi embora e ele me afastou, abri os olhos deixando as lágrimas escaparem.

— Eu não quero. - disse e virou as costas, e no mesmo instante, senti como se tivesse sido acertada por um balde de água fria.

— Nick. - chamei e ele me olhou. — Por favor, não me deixa aqui sozinha. - falei com a voz cortada, eu puxava o ar mas parecia não chegar aos pulmões. Senti minha cabeça rodar e minha visão começou a escurecer, perdi o equilíbrio e caí.

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