Mateus
Rodei um pouco até conseguir uma vaga, já que meu carro é grande.
- Oi Mateusinho! - A Giovanna surge assim que eu fecho a porta do carro!
- Oi
- Veio sozinho? Foi um erro da tua namorada, te deixar só!
- Ela nã...- Antes de eu terminar de falar, ela coloca um dos braços ao redor do meu pescoço, me prensando no carro, e me "beija".
Quando ela encosta na minha boca eu a empurro.
- O que você pensa que tá fazendo? Eu tenho namorada!
- Vi você sozinho e pensei que... - A interrompo.
- Pensou o quê? Que só porque ela não tá perto, eu iria corresponder ao teu beijo? Que eu ia te dá mole? Haha! Eu tentei ficar com você naquele dia, só pra esquecer ela! E não deu certo! Só mostrou que eu realmente não consigo ficar longe dela! Faz um favor pra mim? Fica longe! Eu nunca vou ficar com você! Mesmo se a Mari não me quiser! Porque você parece uma prostituta! É linda, você é linda, muito linda! Mas não se dá ao respeito! Xau, Giovanna!
Saio, a deixando lá, de boca aberta pela minha tamanha sinceridade.
Quando entro no local, avisto a Mari, a Ju e o Gu, perto do bar.
A Mariana me olha e vejo que os olhos dela estão marejados.
Ela passa por mim.
- Amor... - Eu tento falar mas a Juliana me joga na parede.
- EU TE AVISEI PRA NÃO FAZER A MARIANA SOFRER! - Ela grita.
- Eu não fiz nada! - Digo e o Gustavo a puxa.
Ela vira e vai a encontro da Mari, que parou um táxi.
Ela me olha durante alguns segundos e vai embora.
E eu continuo parado, sem entender nada!
- Que burrada, em cara? - O Gustavo fala ao meu lado. - Como tu beija uma mina aqui?
- A Giovanna me beijou de surpresa! A Mari viu?
- Viu! Ela foi te procurar e voltou chorando!
- Cara! Ela entendeu tudo errado! Puta que pariu! Eu vou lá! Eu preciso me explicar!
- Agora não! Amanhã!
Entramos no carro e deixei o Gustavo na casa dele.
Voltei pra casa, e não tinha ninguém.
(...)
Quando eu consegui dormir já estava amanhecendo.
Assim que eu acordei, já fui logo me arrumando pra ir à casa da Mari.
Eu não ia aguentar ficar sem ao menos me explicar. Ela tá chateada comigo sem eu ter feito nada!
Din dom
- Bom dia, seu Henrique! - Digo quando ele abre a porta.
- Nós temos que conversar! Vamos pro jardim, pra Mari não escutar!
Eu o sigo até o jardim.
- Você não tem o direito de fazer a Mari sofrer, muito menos a Giovanna! Beija a Gi na frente da Mari e ainda a chama de prostituta? Minha filha não é prostituta!
- Ela nem é sua filha! E ela pode até não ser prostituta, mas se comporta como uma ! Ela tentou me beijar! Vive se atirando pra mim, e meu amigo! Fica nas festas se esfregando nos homens, com roupas minúsculas!
- Bom, eu... - Ele começa a falar mas o interrompo.
- Agora, eu vou falar com a Mariana! Sua filhinha não vai estragar meu namoro!
Viro as costas e vou em direção ao quarto da Mari.
Entro sem bater, e ela não tá na cama. Deve está no banheiro!
Sento na cama e espero.
Assim que ela sai do banheiro, ela para. Ela sentiu meu perfume!
- Eu não quero falar com você! Não, agora! - Diz e vai em direção a porta.
- Me escuta! - Digo e a empurro na parede. - Não foi...
- Eu não quero ouvir nada! - Ela diz me interrompendo.
- Mas eu preciso explicar o que você viu!
- EU NÃO SOU LOUCA, MATEUS! EU SEI O QUE EU VI! ELA TAVA COM OS BRAÇOS AO REDOR DO SEU PESCOÇO! - Ela grita e escorrega pela parede com a mão no rosto. - Nós tínhamos acabado de transar! Passamos a semana na boa! O final de semana, na casa de praia! Eu me entreguei pra você! - Ela diz baixinho e soluçando pelo choro.
Eu seguro o queixo dela e faço ela me olhar. Ela tá com os olhos cheios de lágrimas.
- Eu não fiz nada, Mari!
Ela tira minha mão do rosto dela e levanta. Caminha até a porta e abre.
- Sai! - Ela diz e eu me aproximo dela. - NÃO CHEGA PERTO DE MIM! SAAAI! AGORA, MATEUS!
Ela grita e o pai dela aparece no quarto.
- Vamos, rapaz! - Ele diz e eu fico a encarando.
Ela olha pro chão, ainda em pé na porta. O rosto dela está banhado em lágrimas.
- Você está sendo injusta comigo, Mariana! - Digo e ela me olha. Passo por ela e pelo seu Henrique.
- Mas que droga! - Grito batendo as mãos no volante, assim que entro no carro.
- A Mariana vai te ouvir! Mas, dê um tempo! - A mãe dela fala surgindo do lado de fora do carro.
- Ela precisa me ouvir! Eu tô sendo culpado por algo que não fiz!
- Pior é a situação dela! Ela ama você! E acha que foi traída! Não tem situação pior do que se decepcionar!
- Ela só vai entender, quando eu falar! E eu não posso esperar! Eu não consigo ficar longe dela!
- Agora, ela tá triste e magoada! Quando ela estiver com a cabeça fria, vocês conversam! - Ela diz e passa a mão pelos meus cabelos. - Eu sei que você a ama, o bastante, pra nunca ter coragem de traí-lá! Ela também sabe disso! Mas o que ela viu, está a deixando confusa!
- Eu entendo... Dona Heloísa, eu não beijei aquela garota! Aquilo nem foi um beijo! Quando ela encostou a boca na minha, eu a empurrei! Ela me pegou de surpresa e me prensou no carro!
- Acredito em você, meu amor! Sei que não a magoaria! Agora vá, e descanse! Amanhã você tenta falar com ela! - Ela diz e se afasta do carro, assinto com a cabeça.
Sigo em direção pra casa.
(...)
- Que cara é essa, meu filho? - Minha mãe pergunta quando entro em casa.
Sento no sofá e conto tudo a minha mãe.
- Uma hora ela vai ouvir! - Ela fala e passa as mãos pelos meus cabelos.
- Eu vou pro meu quarto! Cadê o pai? - Pergunto, mudando de assunto.
- Foi trabalhar! - Ela fala e assinto com a cabeça.
Deito na cama e olho meu celular, que tem algumas mensagens do Gustavo que depois eu vejo, e assim passo o dia todo.
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Dois Corações
Romance"O fogo do amor se apaga, quando ele na verdade não existe, mas o verdadeiro amor é aquele que começa como uma faísca, e sem querer, domina o teu coração para sempre!" HISTÓRIA FINALIZADA.