Prometi postar antes, acabei esquecendo!
Aproveitem!
Mariana
- Eu não sou tua mãe, Mari!
- Ãn? Eu não entendi!
- Tua mãe morreu no teu parto! - Ela fala e sinto como se tivesse levado um soco na barriga.
Sento no sofá, e passa uma retrospectiva na minha cabeça com todos os momentos que eu vivi ao lado da minha mãe, que não é minha mãe.
Como isso pode está acontecendo comigo?
- Pai! Diz que isso não é verdade! Minha mãe morreu?- Meu pai se aproxima de mim, chorando. - Vocês não podiam ter me escondido isso!
- Nós não escondemos, Mari! Mas, você sabe o quanto foi difícil pra mim? Eu sofro com isso até hoje, Mariana! Eu amava a Ana! - Ele diz chorando. E eu tô simplesmente em choque.
Eu não consigo me mover! Eu quero chorar, mas nada sai!
- Ana?
- Sua mãe! - Ele se abaixa na minha frente.- Conheci a Heloísa uns dias depois que você nasceu! Você ainda estava no hospital! Ela cuidou de você! Ela me ajudou! Não foi fácil pra mim! Não queria que você sofresse!
- Não está sendo fácil agora! Estou sofrendo da mesma forma!
Eu não aguento! Eu não quero entender! Ele mentiu pra mim! Me fez acreditar, que a Heloísa era minha mãe! Eu a amo demais, e isso nunca vai mudar!
Me levanto, e caminho até a porta.
- Mari! Pra onde você vai? Eu vou com você! - Mateus diz me segurando pelo braço.
- Vou sumir! Me solta!
- Mari... - Me debato pra sair do aperto dele, mas ele me segura mais forte.
- ME DEIXA, PORRA!
- Mateus! - Meu pai fala, e ele me solta, me olhando nos olhos.
Ele também está triste, eu sei!
Abro a porta, e saio.
Eu não vou fugir, nem me matar. Quero apenas ficar um pouco sozinha, e longe daquela casa!
Preciso pensar, preciso chorar, preciso de um remédio pra dormir! E quando eu acordar, me falarem que tudo isso é mentira, que a minha mãe biológica está viva, é a Heloísa, e que meu pai, não é um canalha, que traiu a minha mãe durante anos!
Pra onde eu tô indo? Não sei!
Só sei que eu vou andar, até cansar!
As pessoas passam por mim, e me olham com pena!
Sim! Eu tô chorando, pois tá tudo sendo revelado na minha vida! E eu simplesmente, não aguento! São muitas coisas pra minha cabeca!
Meu pai um safado, minha mãe biológica morta... Eu não aguento isso!
Já podem aparecer as câmeras, porque só deve ser pegadinha!
Chego até uma praça, e me sento.
Relaxo meu corpo, e descanso meus pés.
É uma praça pouco movimentada, com apenas alguns movimentos de carros.
Fecho os olhos, e sinto as lágrimas escorrerem.
Uma forte dor de cabeça, me incomoda, junto à uma cólica chata.
E isso lá é hora de sentir cólica?
Fico tentando não pensar em nada, enquanto sinto o vento balançar meus cabelos.
- Tá tudo bem aí, morena? - Abro os olhos e vejo dois rapazes.
- Minha vida tá uma loucura! Mas, podem ficar despreocupados! Obrigada! - Dou um sorriso torto.
- Precisa de um? - O mesmo pergunta, me mostrando um cigarro de maconha.
- Não fumo!
- Pra tudo tem uma primeira vez! Mas, não vou insistir!
- Tá esperando alguém? - O outro se pronuncia.
- Não! Só tô aqui pensando! E, qual é essa rua?
- Rua 14!
Bom, eu estava um pouco distante da minha casa, já que morava na rua 3.
Balanço a cabeça em confirmação.
- Tu quer ficar sozinha, né? Vamo te deixar em paz!- Um dos rapazes fala, e eles se afastam.
Atravessam a rua, e sentam-se na calçada, enquanto fumam.
Eles não estão maus intencionados, se não eles já tinham feito algo!
Fecho os olhos novamente, e fico pensando em como meu pai teve coragem de me esconder isso!
Sobre minha mãe, eu tenho o direito de saber! É a minha vida! Ele não poderia ter me enganado desse jeito.
Minha mãe morreu quando nasci, e eu penso, que em todos os meus aniversários, eu poderia está chorando, talvez por saber que minha mãe biológica está morta!
Fico tentando imaginar, todos os momentos que tive, sem uma mãe, como seria difícil e doloroso pro meu pai!
Sei que ele só quis evitar que eu sofresse, e que ficasse triste nos meus aniversários, mas uma hora eu ia descobrir, e eu ia sofrer de todo jeito!
Passo a tarde naquele banco. Os rapazes foram de um lado pra outro, foram embora e depois voltaram, ficaram na deles, conversando e mexendo no celular.
Algumas pessoas passaram pela praça, e alguns carros.
Já está anoitecendo, e imagino que aqui fique uma escuridão, por ter pouca iluminação!
Fiquei sentada nesse banco durante toda a tarde, e minhas pernas estão um pouco doloridas, minha cabeça lateja mais, tô com fome, e a cólica está mais forte.
Fecho os olhos e encosto a cabeça, tentando controlar todas as dores, principalmente à que está no meu coração.
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Dois Corações
Romance"O fogo do amor se apaga, quando ele na verdade não existe, mas o verdadeiro amor é aquele que começa como uma faísca, e sem querer, domina o teu coração para sempre!" HISTÓRIA FINALIZADA.
