Capítulo 63

290 30 6
                                    

Mariana

Do nada, o Mateus se afasta, com a boca bem vermelhinha, e um sorriso.

- Aqui não! - Ele abre a porta e eu entro, fazendo biquinho.

Logo ele entra, e começa a dirigir.

Eu não estou ficando louca, em querer transar com meu namorado no meio da rua. Eu estou bêbada! É diferente!

Olho pro Mateus, e ele me olha rápido. 

Encosto a cabeça no banco do carro, e seguro na ponta do meu vestido, fazendo ele subir. E o tiro pela cabeça.

O Mateus me olha abobado, tentando prestar atenção na rua.

- Está calor, não é, amor? - Digo, e ele fica sorrindo.

- Porra, Mariana! - Ele resmunga.

E em questão de segundos, o Mateus encosta o carro na rua deserta, e vem pra cima de mim, empurrando o banco mais pra trás.

O seguro pela nuca e dou beijos molhados no pescoço dele, enquanto  sinto suas mãos, passearem pelo meu corpo.

Cruzo as pernas na cintura dele, e ele me beija na boca, segurando forte meus cabelos.

E novamente, ele se afasta. Tira minhas pernas da cintura dele,e se senta no banco do motorista.

- Você não quer transar comigo?

- No carro, não! - Ele me encara. - Nossa intimidade, em casa!

Balanço a cabeça,  e ele me dá um selinho. Logo liga o carro, voltando à dirigir, enquanto eu coloco novamente meu vestido. 

Ele me olha algumas vezes, talvez, querendo saber se eu estou chateada.

Sim! Estou puta!

O que há em transar no carro? É apenas um desejo em diferenciar, um pouco.


...

Depois de ir o caminho todo calada, estou saindo da garagem, da casa do Mateus, sendo seguida pelo mesmo.

- Quer comer alguma coisa? - Ele pergunta, enquanto passamos pela cozinha.

- Não quero! - Continuo andando.

- Me espera, que eu vou tomar um pouco de água! - Ele diz, mas eu continuo andando.

Subo as escadas, e percebo que ele ficou na cozinha. Vou até o quarto dele, tiro o vestido, faço xixi e deito na cama.

Escuto os passos do Mateus, e fecho os olhos. Finjo uma respiração profunda, como se estivesse dormindo, já que o mesmo sabe quando estou acordada.

Sinto ele se aproximar, talvez, pra conferir se estou dormindo mesmo. Logo se afasta, e uns segundos depois escuto o barulho do chuveiro.

Já com os olhos fechados, e o corpo relaxado, sinto duas mãos tocarem os meus pés. Dormi sem perceber!

- Você está cheirando à álcool!

Continuo com os olhos fechados, sentindo o aperto das mãos do Mateus nos meus pés. Isso está me deixando mais relaxada!

- Meu novo perfume! - Debocho. E recebo um aperto forte, que me causa um incômodo.- Aí, caralho!

- Olha a boca! - Ele aperta mais uma vez. E então, eu tiro meus pés das mãos dele.

Abro os meus olhos.

Ele deita ao meu lado, sorrindo.

- Vamos tomar um banho! Você está soada e fedorenta!

- Droga! Que saco. - Levanto e vou pro banheiro.

Fecho a porta, mas a mesma é aberta.

- Por que você está assim? Você vai ficar chateada comigo?

- Não!

Tento fechar a porta do banheiro, mas Mateus me impede.

- Posso tomar banho com você? - Dá um sorriso safado, e sinto minha calcinha enxarcar.

Até tento negar, mas é impossível recusar!

Ele toca minha mão, e me puxa. Encosta meu rosto no peito nu e com alguns respingos de água. Passa os dedos pelo meu cabelo, bem devagar.

- Estou com saudades dos seus toques.

Ele sorri.

Mateus me encaminha até o chuveiro. Com beijos no pescoço, ele o liga, colocando-o na água quente.

Tira a bermuda junto a cueca, e entra comigo no box. Impossível não observar a ereção do meu namorado.

Dois Corações Onde histórias criam vida. Descubra agora