Capítulo 66

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Ignorem e desculpem os erros!

Dias depois...

Mariana

Hoje, quinta-feira, meu pai completa
42 anos.

A vontade de levantar correndo dessa cama, e ir até o quarto dele é muita. Fazer igual á todos os anos, acordá-lo com pulos na cama, e vários beijinhos, mas hoje não dá, e nem tem clima pra isso.

Estamos novamente como dois estranhos. Até tentei agir naturalmente, mas meu pai não me deu espaço.

Ele me levou pra escola esses dias, me dava um "bom dia" muito seco... Voltava da escola com o Mateus, e ficava com ele na rua por pouco tempo, pra quando chegar em casa, poder dá atenção , porém ele almoçava e voltava para o hospital.

Passei as tardes sozinha, e quando chegava à noite, meu pai jantava e dormia.

Sei que meu pai está triste! Tentei, e passei esses dias em casa, pronta pra dá todo o carinho e atenção que estava faltando. Mas, ele não teve tempo, o trabalho o ocupou por completo. Lhe tomou até mesmo as palavras, já que o mesmo mal falava.

Toc toc

- Amor? - Mateus abre a porta, colocando a cabeça pra dentro do quarto.

- Entra!

Fecha a porta, e vem até mim.

- Meu pai já acordou?

- Já! Está na garagem, lavando o carro. O presenteei com um relógio, pra coleção dele. - Diz sorrindo, e se deita ao meu lado.

O abraço, e ele me aperta em seus braços, de uma forma protetora e confortável.

- Amo demais seu perfume. - Confesso, sentindo o cheiro, que já se instalou no meu quarto.

- Eu sei! Não te dou um, pois quero que saiba quando eu estiver por perto.- Fala me fazendo soltar uma risada.

Ele faz carinho no meu cabelo, até parar e me olhar.

- Você não foi falar com ele? - Nego com a cabeça. - Então, vai! Talvez, ele fique mais animadinho.

Pode ser que o Mateus tenha razão.

Assinto, e me levanto.

Ando pelo corredor de pijama, e vou até a garagem, passando pela cozinha.

Meu pai está sentado no banco, entretido, limpando o porta-luvas, mas quando eu me aproximo, ele me olha.

- Não comprei presente, mas um abraço serve ?

Ele fecha os olhos, e alarga os lábios, dando um sorriso.

- O melhor presente, recebi a 16 anos!

O abraço forte, e ele retribui. Levanta a cabeça pra me dá um beijo demorado, na bochecha.

- Parabéns, seu Henrique! Muita saúde, muitos anos de vida, felicidades e realização dos seus sonhos, pai! Eu te amo demais.

Ele já chora.

- A realização dos meus sonhos, e a minha felicidade só depende de você, minha bonequinha. Minha vida gira em torno de você! É a coisa mais importante que eu tenho, a pessoa que eu mais amo! E que tem um certo poder sobre mim. - Sorri sem graça.

- Bom saber. - Brinco e ele solta uma gargalhada. Mas logo fica sério.

- Promete nunca me abandonar?

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