Capítulo 67

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Mateus

Que porra é essa? Que porra é essa? Que porra é essa?

Estou imóvel ao ver minha namorada... Ela... Caralho!

Ela está na cama com o Fabinho! Aquele filho da puta! Ele está passando as mãos nela! Ele está passando a língua pelo pescoço dela!

E ela está simplesmente dando risada! Olha pro teto como se nada estivesse acontecendo.


Ele começa a subir o vestido dela, e eu o tiro de cima dela, desferindo um soco. Dou-lhe mais dois, e ele se recompõe. Tem um pouco de sangue no canto da boca, e ele me encara sorrindo. Pelos olhos azuis, dá pra ver claramente as pupilas dilatadas. O filho da puta está drogado.

- Mateusinho, meu amigo! A Marianinha é uma puta gostosa! Era pra você ter chegado depois que eu pudesse fodê-la gostoso!

O acerto com mais um soco, que o faz cuspir sangue.

- Como você veio parar aqui? Você a drogou, seu miserável!

Ele sorri.

- Ela quem me convidou no restaurante! A Mariana estava louca pra fazer amor, e queria ficar animadinha! Não pude recusar os pedidos da sua morena, né amigo? Acredita que ela queria que eu a fodesse no táxi?

As palavras dele fazem minha cabeça latejar, e meus olhos arderem. Eu não posso acreditar!

Sou puxado quando ele já está bastante machucado, e quase irreconhecível!

- O que está acontecendo Mateus? Mariana? - Seu Henrique pergunta. E quando chama pela Mari, ela levanta a cabeça. Começa a nos olhar como se fosse uma miragem, e volta a se deitar dando risada.

- Seu Henrique, o que aconteceu no restaurante? - Ele volta a me olhar.

- No restaurante, não aconteceu nada! Mas, o que foi isso?

- Ele...- Aponto pro Fabinho, que está no chão, passando as mãos pelos machucados. - Ele estava na cama com a Mariana! Ele a drogou, e queria se aproveitar!

Seu Henrique olha com raiva pro Fabinho.

- Você está louco? - Se aproxima do Fabinho, e lhe chuta. - Leve-o daqui! O deixe em qualquer esquina!

Concordo com a cabeça.

Sou obrigado a carregar este filho da puta, pois ele está quase inconsciente.
O coloco no banco de trás do carro, e o deixo bem longe da casa da Mariana. Num lixão escuro, cercado por mato. Antes, libero minha raiva na cara dele.

ESTOU PUTO!

O caminho todo, as palavras dele ecoam na minha cabeça. A Mari me ama! Ela não faria isso! Caralho!

Chego ao quarto da Mari, e o seu Henrique está ao lado dela. Ela dorme, e ele passa o dedo pelo rosto dela.

- Ela está sedada! Amanhã, acordará normal!

- Eu preciso entender! - Passo as mãos pelo cabelo.

- Depois de jantarmos, a Mari foi até o bar, e ficou lá! De onde eu estava, dava pra vê-la. Mas, depois ela sumiu! Liguei pra ela, e ela me mandou uma mensagem, dizendo que estava vindo pra casa! Isso é tudo!

- Eu recebi uma mensagem! Ela pediu pra vim pra cá!

- Bom... Vou dormir! Amanhã nós conversamos. - Ele se levanta e sai.

Olho pra ela, e só imagino o que aconteceria se eu não tivesse chegado!

- Filho da puta! - Murmuro. Me deito ao lado dela. Tento dormir, mas não consigo.

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