Capítulo 18

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Juliana

A Mari e o Mateus estão tão apaixonados! E eu não sou do tipo que fica apaixonadinha, apenas fico! Acho que um relacionamento comigo não dá certo.

Fico um pouco apreensiva pela Mari! Ela nunca namorou, e mesmo eu confiando no Mateus, eu sei que ela vai fazer de tudo pra agradá-lo... Mas o problema é que ele já é um homem, e ela ainda uma menina.

A nossa diferença de idade é pouca... Eu fiz 17 anos a pouco tempo, e ela vai fazer 16 daqui a poucos dias. A Mari pode ser determinada e marrenta, mas eu sei que ela é frágil! E isso é o que tenho medo nesse relacionamento, dela se machucar!

E sobre eu e o Gustavo, tá rolando. Ele diz que não quer algo sério, mas sinto que ele é do tipo romântico!

Eu era romântica, apaixonada e sonhadora! Mas meu suposto "ex-namorado" me mudou! O Pedro me fez de otária!

Conheci ele numa festinha que eu fui. A gente ficou, e ficou de novo, depois ele disse que a gente tava namorando. Quando ele falou isso, eu sentir meu coração pular, eu gostava muito dele, depois disso eu passei a "amá-lo", mas até então, ele nunca tinha ido falar com meus pais, nunca tinha ido na minha casa, nem eu na casa dele, a gente se encontrava num parque perto daqui.

Depois de muito insistir ele me levou na casa dele, disse que os pais dele trabalhavam em casa e não gostava que ele levasse pessoas pra lá, eu achei muito estranho, pais que não queria conhecer a namorada do filho. E esse foi o dia que aquele otário tirou minha virgindade.

Eu fiquei muito feliz, porque minha mãe me dizia que quando a mulher estivesse pronta, era por que gostava do cara. Minha mãe me iludiu muito mal. Eu podia até gostar dele, mas ele não gostava de mim! Queria apenas me comer!

Contei a minha mãe, e minha mãe contou ao meu pai, ele ficou meio puto, eu me entreguei à um cara que ele não conhecia e que era mais velho que eu.

O Pedro tinha 17, e eu tinha acabado de fazer 14. Eu era novinha!

Não me arrependo de ter perdido a minha virgindade nova, acho isso maior besteira, mas me arrependo de ter dado o prazer aquele otário de comer uma boceta virgem!

Depois que o meu pai ficou sabendo, queria conhecer o Pedro, e eu tentava falar com ele, mas ele não atendia nem retornava. Então, 2 dias depois fui a casa dele, e tava rolando uma festa. Era de tarde e tinha algumas pessoas civilizadas, entrei com facilidade.

Tinha umas placas escrita " Bem-vinda Débora! ", mas quem era Débora? Ele dizia ser filho único!

O avisto numa mesa com um casal de coroas que eram a cara dele, eram os pais dele, e uma loira! Era a tal da Débora, e era a noiva dele! Eles iam casar, e ela tava terminando os estudos fora do Brasil.

Descobri isso tudo porque fui até ele, quando me viu ficou branco, verde, preto, lilás, um arco-íris.

Ele se aproximou e perguntou o que eu tava fazendo ali. Me puxou pra um canto longe e me falou coisas horríveis como, " Eu nunca iria querer algo com você, além de sua boceta!", "Você é muito criança pra mim!". As lágrimas desciam, e eu não conseguia segurá-las, saí de lá arrasada.

Sofri horrores durante um tempo, e a Mari foi a única que me entendeu e me apoiou. Até meus pais, disseram que eu fui idiota e burra, e tudo que eu precisava no momento era apoio!

E a partir daí, eu não queria mais relacionamento. Continuei ficando com os meninos, mas não conseguia sentir mais nada.
Eu apenas gosto de alguns.

Vejo o quanto a Mari ta apaixonada, e eu não suportaria vendo minha amiga passar por tudo o que eu passei.
A decepção mexe demais com a gente. Se o Mateus ousar em fazer algo com a Mari, eu corto o pau dele!

Depois do dia da praia, não vi mais o Gustavo, apenas nos falamos por mensagem. Ele parou um pouco de sair por causa do curso. E eu fiquei sem minha companhia de balada, já que a Mari tá namorando.

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