Mariana
Ouço um barulho de carro estacionar, e saio do quarto correndo. Desço as escadas e quase caio. Abro a porta e vejo meu pai.
- O que está fazendo aqui? - Pergunto.
- O que você está fazendo aqui? Esperando alguém?
Ele passa por mim e entra. Fecho a porta e o sigo.
- Em? - Pergunta novamente.
- Sim. - Respondo baixinho e meu pai para e fica me olhando. - O Mateus vem aqui.
- Sabia que não ficariam muito tempo longe!
Ele vai até a mesa e pega a carteira.
- Pela hora, tenho certeza que o mesmo vai dormir aqui... - Resmunga baixinho.
- Eu não sei! Acho que sim.
Ele balança a cabeça e caminha até a porta. Ele abre e para.
- Boa noite! - A voz e o perfume que tanto amo invade a sala.
- Boa noite, Mateus. - Meu pai fala e olha pra mim. - Comportem-se!
Passa pelo Mateus e sai.
Nossos olhos se encontram, e ficamos nos olhando, até o Mateus entrar e fechar a porta.
- Mesmo sem ser convidado, entrei! - Ele fala e para na minha frente. Folgado.
Eu me aproximo mais dele, e passo os braços pelo pescoço dele. Ele demora um pouco para retribuir o abraço.
Me abraça mais forte, e até me tira do chão. Ele me solta e ataca meus lábios. Me beija da mesma forma no dia da festa. Igual ao nosso primeiro beijo. Ele me beija, talvez com medo que eu me afaste.
Nos falta o ar, e encerramos o beijo com selinhos.
Ele abre os olhos e ficamos nos olhando, ainda com as testas coladas.
- Já recebi um beijo parecido... - Ele percebeu. Sorrio. - Só não passa mal, tá?
Ele brinca.
- Estava morrendo de saudades de você! - Confesso.
- Eu também estava! Se você não fosse tão teimosa, nós não tínhamos ficado distantes esses dias.
Fico um pouco sem graça.
- Eu não queria te afastar, mas eu achava que estava certa, e queria que na nossa relação, não tivesse isso de pensar sozinho... Te sufoquei e não te dei espaço. - Falo tudo de uma vez e ele me olha atentamente.
- Eu não estou chateado! Eu te entendo, meu amor. - Ele sorri. - Esses dias foram o suficiente para eu ter certeza, que ficar sem você é angustiante... Fica um completo vazio, sabe? Mexe com o psicológico.
Sorrio.
- Também não aguento ficar longe de ti! Não sei como consegui. - O beijo.
- Te amo, minha branquinha... - Diz entre o beijo. E depois me olha. - Já que ficamos longe, nada melhor, que uma viagem pra matar essa saudade, não acha?!
- Essa é a proposta?
- Sim! Passar uns dias de suas férias com o seu namorado.
- Eu vou amar!
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Dois Corações
Romance"O fogo do amor se apaga, quando ele na verdade não existe, mas o verdadeiro amor é aquele que começa como uma faísca, e sem querer, domina o teu coração para sempre!" HISTÓRIA FINALIZADA.