Capítulo 3

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Ele pegou a jarra de suco que estava em cima da bancada da pia e jogou em mim, molhando todo o meu cabelo.

- Eu não acredito que você fez isso - falei suspirando e falando pausadamente.

Bruno se afastou e começou a rir.

Além de lindo tem uma risada gostosa.

Meu subconsciente me atormentava, balencei a cabeça afastando esses pensamentos.

- Agora estamos kits - disse e piscou pra mim.

- Imbecil - falei e saí da cozinha bufando.

Entrei no meu quarto e fui tomar banho novamente, tudo por causa desse babaca do Bruno. Depois de longos minutos, saí do banho e vesti um vestido azul escuro simples que ia na metade da minha coxa, calcei uma rasteirinha preta e sequei o meu cabelo logo amarrando-o em um rabo-de-cavalo alto.

Peguei o meu celular e visualizei a hora, já eram 17:30, que ódio, queria ficar aqui deitada escutando música, mas ao invés disso tenho que fazer companhia para aquele idiota do Bruno.

Ouvi um barulho vindo da sala e desci. Não havia ninguém lá, fui para a cozinha e também não tinha ninguém, ouvi mais um barulho, não conseguia saber de onde vinha, será que foi o Bruno?

- Bruno? - o chamei, mas o mesmo não me respondeu - Bruno, é você? - perguntei mas obtive silêncio novamente.

Ah que saber? Eu que não vou ficar atrás desse imbecil, ele que se vire não sou babá para cuidar de ninguém. Saí da cozinha indo para a sala, sentei no sofá e liguei a TV. Estava quase caindo no sono quando algum ser gritou bem alto perto do meu ouvido, dei um pulo e me virei para ver quem era o panaca que fez isso, Bruno.

Esse garoto já está me irritando.

- Você me assustou, seu gay - fitei-o séria.

- Era essa a intenção, te assustar - falou sorrindo, esse garoto não sabe fazer outra coisa além de sorrir? - E só pra você ficar sabendo eu não sou gay, antes de vir para Los Angeles fiquei com uma gatinha, nossa ela era muito gos... - interrompi ele antes de terminar a frase.

- Não me interessa com quem você ficou, você tem cara de ser boiola - Bruno ficou me encarando de uma forma engraçada e comecei a gargalhar sem parar.

- Você vai ver o boiola - Bruno venho na minha direção e me puxou pelo braço, fazendo com que eu ficasse de pé.

- Me solta - disse parando de rir e fitando-o.

- Não antes de te mostrar o boiola aqui, vou te provar que não sou isso que você diz - Bruno começou a beijar meu pescoço, me debati tentando me soltar dele, mas sem sucesso, ele é mais forte. Me apertou contra seu corpo, segurando firme pela minha cintura.

- Para Bruno, é sério - disse tentando tirar suas mãos de mim.

- Só paro se você retirar o que disse e dizer que eu sou lindo - disse abafado beijando o meu pescoço, um arrepio percorreu pelo meu corpo.

- Você só pode estar maluco, agora para com isso, eu não estou brincando - falei mas Bruno não parou, me apertou mais contra si e beijou o canto da minha boca logo em seguida chegou perto do meu ouvido e falou em um sussurro.

- Faz o que eu disse que eu paro - falou.

- Eu não vou fazer nada, pra mim você tem cara de ser gay - falei e empurrei ele pelo peito afastando-o de mim - agora me deixa em paz e sai daqui.

- Ui, ficou bravinha por que? - perguntou sorrindo.

- Não estou brava, só quero que você saia daqui e me deixa em paz, eu já disse. Hoje era para ser um dia perfeito, é o último dia de férias, você estragou tudo, por favor vai embora - disse passando por ele e abrindo a porta.

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