Capítulo 19

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Continuação Capítulo 16 [...]

Carol On

- Como assim viajar? E a escola? E meus amigos?

- Podemos te colocar na melhor escola da Inglaterra - disse meu pai.

- E amigos você faz novos - continuou minha mãe.

- Não vai ser a mesma coisa, agora a minha vida está aqui, eu não quero ir - Cruzei os braços.

- Filha, não podemos te deixar sozinha aqui, é uma viagem temporária até resolvermos os papeis e a contratação de funcionários.

- Deixa eu ficar, tem os empregados - disse implorando.

- Por causa da viagem, dei férias para todos eles filha - falou minha mãe.

- Que dia viajamos?

- Amanhã mesmo - pronunciou mamãe.

- Amanhã? Eu não quero ir - choraminguei - deixa eu ficar, prometo não aprontar nada.

Meus pais suspiraram pensando em algo.

- Já sei o que fazer - disse meu pai levantando.

- O que? - minha mãe e eu perguntamos juntas.

- Tenho uma proposta - disse meu pai e esperei ele falar - você fica, mas sob a supervisão de uma babá.

- Uma babá? Não preciso de uma, tenho responsabilidade o suficiente para me cuidar sozinha.

- A babá ou a viagem - mamãe se pronunciou ficando ao lado do meu pai.

- Vocês não confiam em mim - afirmei decepcionada e subi correndo para o quarto.

Drama? Talvez, mas meus pais deviam confiar pelo menos um pouco em mim.

[...]

O silêncio que se formava enquanto jantávamos estava me deixando agoniada, meus pais olhavam para mim e depois se encaravam, isso me dava nos nervos. Eles tinham algo para falar, porém, não diziam nada, apenas ficavam calados repetindo aquele ato a cada cinco minutos.

- Filha... - começou minha mãe, interrompi sabendo no assunto que ela iria tocar.

- Não precisa dizer nada, vocês deram duas opções, tenho que escolher uma delas, não é? - disse um tanto irônica, estava brava com meus pais.

- Nós confiamos em você, muito por sinal, só não queremos deixá-la sozinha, sem estar junto de um adulto sendo menor de idade - continuou meu pai.

- Eu não sou mais criança, quando vão perceber que eu cresci? - suspirei.

- Sabemos que você cresceu, se tornou uma mulher linda, mas para nós você vai continuar sendo a nossa criança - falou mamãe.

- Amo vocês - sorri chegando perto dos mesmos e abraçando-os, esquecendo que eu estava brava com eles.

- Também te amamos filha - disse papai - então, já fez a sua escolha?

Pensei por uns segundos decidida.

- Eu aceito ficar sob a supervisão de uma babá - revirei os olhos rindo.

Depois da janta ajudei a minha mãe a lavar a louça, depositei um beijo de boa noite nos meus pais e corri para o quarto pegando o meu pijama um pouco transparente e curtinho, já que a noite estava fresquinha, amarrei os meus cabelos em um coque firme e me direcionei ao banheiro me despindo e deixando a água correr pelo meu corpo.

Já vestida sentei na cadeira do computador e peguei meu celular visualizando uma mensagem não lida.

Mensagem de Bruno

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