Capítulo 13

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- Só quero ver o que a diretora vai falar quando souber que Caroline e Bruno estão gazeando aula para ficar se pegando atrás do colégio.

- O que está fazendo aqui? - perguntei seca.

- Será que vão receber advertência ou uma punição? - disse sarcástica.

- Você não tem provas - respondeu Bruno.

Ela gargalhou cinicamente e mostrou o celular.

- Vai em frente - falou Bruno.

Olhei para ele como: "O que você está fazendo?"

- Tem certeza? - perguntou ela.

Bruno assentiu sem importância alguma e Cristina saiu rebolando.

- Idiota, ela vai mostrar para a diretora, já estou de castigo e com uma advertência vai piorar para o meu lado - dei um soco em seu braço.

- Relaxa, tenho minhas táticas.

Cruzei os braços e o fitei.

- Deixa comigo que aquelas fotos nunca vão chegar até as mãos da diretora - Bruno falou de um jeito que chegou a me assustar.

Dei de ombros.

- E por que você está de castigo? - perguntou mudando de assunto.

- Longa história - suspirei.

- Tenho tempo.

- Temos que voltar para a sala.

- Já tinha até me esquecido - passou a mão no cabelo.

- Vamos, já vai começar a próxima aula - falei pegando no braço dele.

- Espera - me puxou e colou seus lábios no meu, paramos por falta de ar.

Cada um seguiu a caminho de sua sala. Quando entrei a professora me olhou com cara feia.

- Sampaio, semana que vem haverá prova, espero que copie a matéria de hoje e estude, não irei explicar já que não estava em aula - falou ela e saiu da sala.

O olhar de Gustavo estava em mim, quando olhei para ele o mesmo desviou olhando para o celular.

Sentei no meu lugar cutucando ele logo em seguida.

- Gus - sussurrei.

- O que é? - perguntou virando-se para trás.

- Tá tudo bem?

- To ótimo - falou num tom um pouco irônico e se virou para frente.

Ele está chateado comigo. Não posso perdê-lo, ele é meu amigo.

Resolvi não incomodá-lo, ele deve estar querendo ficar na dele, falo com ele depois da aula.

***

Enfim bateu o sinal do último período, hora de resolver esse clima que ficou entre Gustavo e eu. Peguei meu material jogando dentro da mochila e indo com os passos rápidos atrás dele já que quando bateu o sinal o mesmo saiu as pressas da sala.

- Hey, preciso falar com você - gritei.

Ele continuou caminhando como se eu não tivesse chamando-o.

Entrei na frente dele.

- Está me evitando? - perguntei.

- Não, só estou com presa.

- Está estranho.

- Esse é o meu jeito.

- Por que você está assim?

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