Capítulo 22

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Bruno On

Estava dirigindo em uma velocidade maior do que o permitido, meus pensamentos me pertubavam a todo instante.

Cheguei subindo direto para o meu quarto, tomar um banho seria bom para deixar correr toda a raiva que de mim se apoderava, esquecer dos beijos da Carol, ou melhor, esquecer dela.

É tão complicado se apaixonar, Mason estava certo com o que disse e eu não dei ouvidos. Agora esquecer e continuar a vida, Carol já fez a escolha dela.

Depois de vestido, desci correndo as escadas colidindo meu corpo com de Anne, se eu não a segurasse pela cintura puxando-a, ela teria rolado escada abaixo.

- Foi mal aí prima, estava distraído - sorri amarelo e passei por ela chegando na sala.

- Está desculpado e não me chama de prima - resmungou.

- Ué, pensei que você fosse minha prima - comecei a rir notando Anne bufar.

- E eu sou, só não me acostumei com a ideia de ser prima de quem eu amo, primos não namoram não é? - ela terminou de falar tudo de uma vez e a encarei arqueando uma sombrancelha, Anne arregalou os olhos e quis falar algo, porém disse primeiro.

- Anne, você disse que tinha superado, era mentira?

- Sim... quer dizer, não, não era mentira. Relaxa Bruno, eu só estava brincando contigo, vou subir para o meu quarto - sorriu estranha enquanto a encarava com as mãos na cintura e se virou subindo as escadas às pressas.

Balancei a cabeça não acreditando muito no que ela tinha acabado de dizer.

O som da campainha soou e me dirigi até a porta abrindo-a.

- Esqueci a chave - me surpreendi vendo meu pai ali, bem na minha frente - não vai abraçar teu pai? - perguntou sorrindo.

Minha expressão era de pura seriedade, mantinha postura rígida.

- O que você está fazendo aqui?

- Como assim o que eu estou fazendo aqui, eu moro aqui Bruno - passou por mim colocando a mala ao lado do sofá e sentando-se.

- Você pode morar em tudo que é lugar, menos aqui - fixei meus olhos nele, não consegui me controlar vendo esse cara que diz ser meu pai, chegar assim do nada.

- Que falta de respeito é essa? Eu sou o seu pai, ordeno respeito.

- Ah, lembrou que tem um filho - sorri cínico.

Ele levantou franzindo a testa e cruzando os braços.

- Você sabe que meu trabalho exige viagens.

- Entendi, como sempre o trabalho em primeiro lugar, mais importante que a tua família - retruquei.

- Chega Bruno, não vou aturar esse desrespeito, pelo jeito a tua mãe deixou tu fazer o que quisesse enquanto estive fora.

- Não coloca minha mãe no meio, enquanto ela estava aqui sempre presente, você estava por aí, se divertindo, dando a mínima se tinha uma mulher que te ama e que te espera voltar dessas viagens, se voltar ne? - disse sarcástico.

- Sobe para o teu quarto, está de castigo ate segundas ordens - falou sem paciência.

Balancei a cabeça soltando um sorriso afrontoso e virei as costas saindo de casa, ele acha que pode chegar assim de repente como se nada tivesse acontecido?

Passei minhas mãos no cabelo suspirando.

- Bruno, espera - olhei para trás vendo Anne vindo até mim - desculpa, eu ouvi a conversa tua e do seu pai.

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