Alfonso: Ma Belle, acorde. – Pediu, passando a mão no rosto dela.
Anahí abriu os olhos azuis, pra dar de cara com o rosto dele. Ela olhou em volta. Estava em casa. Que diabo era aquilo?
Alfonso: Já disse que não gosto que adormeça assim. Pode fazer mal. – Disse, se agachando na frente dela.
Anahí percebeu que estava sentada na poltrona dele. E havia uma bola em seu colo. Só que a bola era sua barriga.
Alfonso: Você está bem? – Perguntou, vendo a expressão atordoada no rosto dela. – Sente alguma coisa? – Perguntou, e pousou a mão descuidadamente na bola que era a barriga dela. Ela parou, a mente zonza de tanto rodar. Havia adoração no toque dele em sua barriga, mesmo sendo inconsciente.
Anahí: O que... O que aconteceu? – Perguntou, atordoada.
Alfonso: Está com tanto sono assim, neném? – Perguntou, divertido. – Você me fez dirigir do outro lado da cidade pra comprar um petit gateau fresco. Eu fui. – Ele ergueu uma sacolinha de papel pardo que estava na outra mão – E quando voltei, você estava ai. Já não pedi pra evitar dormir aqui? Depois resulta com as costas doendo.
Anahí olhou em volta. Era o apartamento dela. Alfonso estava agachado a sua frente, vestindo uma camisa branca e uma calça social preta. Os cabelos eram do tamanho normal, e os olhos de um verde intenso. Não haviam gessos, nem aparelhos. Era só ele. Ela olhou pra si mesma. Estava usando um vestidinho solto, amarelo claro. Sua barriga estava enorme. Tocou a barriga, sentindo os contornos. Seu bebê não demoraria a nascer.
Alfonso: Ma Belle, em nome de Deus, está me preocupando. – Disse, tocando o rosto dela. – É algo com os bebês? – Perguntou, nervoso.
Anahí: Bebês? – Perguntou, confirmando o plural.
Alfonso: É, os gêmeos, o que há com você, Ma Belle? – Perguntou, confuso e preocupado. – Está chorando? – Perguntou, agora com um toque de desespero na voz – Eu vou ligar pra obstetra de novo. – Resolveu, se levantando.Anahí: Não! – Disse, segurando a mão dele. Ela se levantou com dificuldade, e viu as mãos dele, atenciosas, segurando seu corpo como se temesse que ela fosse cair. – Eu só tive um sonho ruim. – Disse, as lágrimas contornando o sorriso feliz em seu rosto. – Me abrace. – Pediu.
E Alfonso a envolveu com os braços firmes. Havia a barriga enorme entre os dois, mas ele a envolveu carinhosamente, beijando-lhe os cabelos.
Alfonso: Já passou. Foi só um sonho. – Disse, meio que ninando ela.Anahí: Eu amo você. Eu amo você mais que a minha vida. – Disse, o rosto afundado no peito dele.
Alfonso: Ei. – Disse, erguendo o rosto dela – Eu também te amo. Demais. – Disse, sorrindo – Mas se acalme. Está me deixando nervoso. Eu estou aqui. – Tranqüilizou, e ela assentiu, sorrindo.
Então ele avançou para beijá-la. Anahí fechou os olhos, sentindo o aroma da respiração dele em seu rosto. Os lábios dele encontraram os dela em um beijo que deveria ser um selinho, mas ela o prendeu, os dedos adentrando os cabelos dele, aprofundando o beijo. E ele o retribuiu com sede. O gosto dele tomou todos os sentidos dela, e ela nunca provara de tal felicidade. Só acabou quando algo dentro da barriga de Anahí cutucou Alfonso.
Alfonso: Esses dias tem sido longos, Ma Belle. E ainda há o maldito resguardo, depois. – Se lamentou, a testa colada a dela. Ele não devia querer tocá-la pelos bebês, obvio. Mas ela nem disse nada, só sorriu – E você, - Disse, se abaixando – O que eu já disse sobre chutar o papai? – Perguntou, carinhoso, dando um beijinho na barriga dela.Robert: Cuidado com isso agora. – Disse a voz, e Anahí olhou em volta. Robert não estava lá, e Alfonso parecia não ter ouvido a voz dele.
"Sabe quando você quer muito uma coisa, e você fecha os olhos e faz um pedido? Deus é o cara que te ignora." – Anahí
Robert: Ela não vai demorar a acordar. Quero que fique aqui sob observação sob umas 48 horas. Quando ela acordar, eu devo ser avisado imediatamente. – Ordenou.
Era só um sonho. O oco em sua barriga lhe dizia que seu bebê se fora. Junto com ele as células que trariam Alfonso, que estava vegetando na UTI de volta a vida. A dor da perda chegou a Anahí e as lágrimas caíram pelo canto dos seus olhos, e ela desejou não ter acordado. Seu sonho era melhor que isso. E ela chorou em silêncio por não ter podido ficado lá.
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P.S.: Eu Te Amo (Livro 02)
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