Capítulo 05

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FLASHBACK.

Estamos agora no dia em que Maite fora chamada para reformar o estrago no escritório do apartamento de Anahí e Alfonso. A morena, com essa oportunidade, achou que havia um anjo olhando por ela. Prontamente, estavam lá. Havia um modo bem fácil de se garantir.


Maite: Tome. – Disse, entregando a ele um estojo com pó compacto, e um pequeno adesivo transparente, do tamanho do painel do cofre.


Christian, sem dizer nada, apanhou a almofada do pó compacto e borrifou no painel. Em seguida, colocou o adesivo, logo retirando-o. Em alguns espaços apenas o pó compacto veio, mas haviam digitais também. Digitais deixadas pelos dedos de Alfonso, da ultima vez que abrira o cofre. Christian anotou os números, e se pôs a trabalhar em possíveis combinações. Em menos de uma hora a porta do cofre se abrira para ele, revelando tudo que havia dentro. Christian anotou a senha do cofre e guardou, fechando o mesmo novamente.


Maite: E se ele trocar a senha? – Perguntou, olhando-o.

Christian: Tem um modo simples de saber. – Disse, tranqüilo.


Ele apanhou um pedaço de madeira no chão, do suporte quebrado da tela de Anahí, e investiu com força no cofre. Aquela pancada teria derrubado um humano, mas só causou uma mossa no metal.


Christian: Tudo bem. Agora esperamos que ele volte. Pode chamar os outros. – Disse, satisfeito.


Maite chamara os outros profissionais, que arrumaram a sala. Quando Alfonso chegou, os dois fingiram estar conversando. Disseram a Alfonso que o cofre fora machucado. Quando Alfonso verificou, Christian, sorrindo por dentro, virou o rosto. Ele não queria saber a senha do cofre. Ele já havia memorizado. Alfonso disse que não mexeria no cofre, mediante a mossa. Era a garantia de que precisavam: o outro imbecil não trocaria a senha.


FIM DE FLASHBACK.

E foi assim que Maite e Christian entraram no apartamento, com as chaves bondosamente cedidas por Anahí. Foram ao cofre e Christian, com uma mão calçada em uma luva pra guardar suas digitais, discou a senha. O cofre se abriu gentilmente, e ele sorriu, retirando as pastas de Alfonso, contendo seus documentos, a fortuna esmagadora que ele guardava dentro de casa. Maite sorriu e apanhou o porta-jóias de Anahí. Abriu a caixa de madeira mogno, entalhada cuidadosamente, e várias prateleiras pequenas se revelaram. As safiras que Alfonso dera a ela de presente de natal, assim como diamantes, rubis, pérolas, ouro e prata, tudo em jóias. Os dois saíram dali satisfeitos.

Christopher e a mulher chegaram ao prédio em passadas largas. Não precisaram passar do corredor pra perceber que era tarde; a porta do apartamento estava apenas encostada, largada. Christopher parou, rosnando, mas a mulher dele passou a sua frente, os cabelos dançando as suas costas. Ele a seguiu. A porta do escritório estava como a da casa, mas o cofre estava fechado. Christopher digitou a senha rapidamente, e a porta do cofre se abriu. Estava vazio.

Christopher: Mas que merda! – Rosnou, tomando dimensão daquilo.

Os dois saíram com mais rapidez do que entraram. Dessa vez a mulher dele assumiu o volante, enquanto ele, a voz rápida e nervosa, sustava os talões de cheques de Alfonso, e tentava anular documentos. Se Christian conseguira a combinação do cofre, falsificar a assinatura de Alfonso seria fichinha. A mulher dele só pedira o endereço uma vez, e agora a Mercedes negra trançava pelas ruas de Londres. Se havia uma única chance de impedi-los, era essa. A Mercedes parou com um rompante na frente de um prédio, menos luxuoso e mais simples que o de Alfonso, e nada comparado com o de Christopher. Os dois entraram no prédio, juntos, e foram até o andar do apartamento de Maite. Se esconderam no corredor, quase se batendo com Christian.

Christian: Espero no carro. – Avisou, sobre o ombro. Levava uma mala de rodinhas.

Christopher: Cuide dela. – Disse, e a mulher dele assentiu. Ele saiu, atrás de Christian.

Maite saiu de casa levando sua mala também, e uma valise, com as jóias de Anahí. Pediu o elevador, mas ele parecia quebrado. Não estava quebrado; havia sido parado um andar a baixo. Ela resolveu descer pelas escadas. Quando chegou ao saguão, tropeçou em algo, se desequilibrando com a mala, e caindo de cara no chão; a valise das jóias escorregou pelo chão, parando longe. Maite xingou, passando a mão na testa.

Maite: Mas que diabo...? – Perguntou, se sentando pra olhar em que tropeçara.

P.S.: Eu Te Amo (Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora