1ªs risadas

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" O que será que o Jackkie está fazendo?? Ele não ta nem me mandando mensagem..." Suspirou profundamente, BamBam sentia falta do amigo.

*brrrr brrrrr* seu celular vibrava e tocava Adore U

Abriu um grande sorriso quando viu quem o estava ligando.

– Hey! Jackkie. Tudo bom?? – fez uma voz de criancinha bem enjoativa e fofa.
– Aiiish. Pare com tanto aegyo. Isso faz minha barriga doer de tão fofo e doce.
– Haha. Desculpa, mas como você está? Faz já um tempo né?
– Eu ando trabalhando muito, mas estou bem. E você melhorou da rinite? – tinha um tom preocupado em sua voz grossa e um pouco rouca.
– Siim. Graças a você, a casa está tão limpa e sem pó q eu posso andar só de meia branca que não sujaria.
– Aaah... – ele tossiu um pouco e engoliu seco.
– O que foi?? Disse algo errado?
– Não, foi apenas eu mesmo. – sua voz falhava um pouco.
– Ah, entendi. Se quiser vir pra cá, você pode ok? – Estava animadinho por querer vê-lo de novo.
– Você vai estar só de meia também? – estava segurando um riso.
– Pare com isso Jackkie!! Você sabe que não... – parecia uma criancinha manhosa.
– Haha... Que pena – BamBam tinha dado uma leve corada. – Passarei ai mais tarde, vou voltar ao trabalho agora. Tchau.
– T-tchau.

"O que diabos aquele cara pensa de mim? Aaah que vergonha" o pequenino se encolhia no chão com vergonha. "Vou esperar ele vendo TV... E comendo pipoca ❤️" foi deslizando em cima das meias até a cozinha, procurando alguma comida em meio aos armários e até na geladeira — que nunca tem nada pra comer — e não achou nada para comer... E estava morrendo de preguiça de ir comprar algo, então foi ao seu quarto e deitou na sua cama macia e confortável, ligando sua TV, grande e colada na parede. Ficou assistindo alguns filmes que passavam, entre eles: Marley e eu, a culpa é das estrelas e cidades de papel. Até se cansar de chorar tanto, e adormecer com o rosto molhado e nariz escorrendo.

Jackson estava no trabalho, sorridente como sempre, animado como todos os dias. Porém estava mais ainda após ligar para BamBam, e estava ansioso também, queria vê-lo o mais rápido possível, pra abraçar aquele menino pequeno e magricela que ele estava amando tanto, como se ele fosse seu irmãozinho mais novo. Ele mal esperava para encontrá-lo, chegava a contar as horas para poder ver aquele sorrisinho que ele amava.

As horas passaram rápido, como se apenas num piscar de olhos eles já pudessem se ver num outro espaço de tempo ou em um universo que estivessem rindo e sorrindo juntos um com o outro. "Uau, finalmente são 18h... Demorou um pouco mas até que foi bem rápido. Será que ele está com fome? Ele é tão largado que não me surpreenderia com isso". Jackson então pegou o celular da mochila surrada de pano q carregava com orgulho, digitou os números do pequenino, e esperou...

*Tuuuuu tuuuuu* – Sua chamada não pode ser completada.

"Aiish como pode? Aquele menino deve ter dormido, ou deve estar distraído com algo...". Mas mesmo um pouco bravo, ainda se preocupava quanto a fome do garoto — que comia muito — e no caminho gélido até o apartamento dele, passou em uma loja de conveniência e comprou 5 pacotes grandes de salgados, com 2 cocas de 2L, fora alguns macarrões instantâneos que ele pegou pra si mesmo. Colocou tudo na mochila preta surrada e desgastada, que aguentava fortemente todo aquele peso.

Enquanto ele caminhava na calçada cheia de folhas secas que voavam com o vento, ele pensava e imaginava diversas situações perto de BamBam ou com apenas ele, sem nenhum amigo de ambos junto. Ele o via como uma criancinha, carente e manhosa, que queria atenção, carinho e que se sentia sozinho, como um irmãozinho caçula que ama seu hyung, mesmo que faça uma idiotice muito grande.

Ele entrou no prédio grande e belo, de luxo, o saguão de entrada era frio, mas tinha um chão tão limpo que podia-se ver o reflexo brilhar.

– Hey! Você aí!! – uma voz feminina se referia a Jackson – Limpe esses sapatos imundos antes de entrar e pisar nesse chão! Você está sujando tudo. Ainda mais, quem é você? – Os óculos fundo de garrafa ficavam atrás do balcão, onde Jackson foi.
– Desculpa, senhora, eu não sabia que meu sapato estava tão sujo assim...
– Tudo bem, só não faça mais isso se for voltar, você sabe onde é o elevador certo?
– Sim sei, vou visitar o BamBam.
– Ah sim, o tailandês, pode ir.

"Jeitinho estranho aquele..." Ele sussurrou pra si enquanto andava rápido para as escadas, preferia andar mais rápido do que o elevador poderia parecer, queria chegar logo para checar se ele estava bem. Mas quando chegou ao 7º andar, estava morrendo, ofegando e suando um pouquinho dentro de sua camiseta, agora encharcada com suor. Ele entrou no apartamento que estava aberto, tirou seus tênis e andou de meias sobre o piso de madeira semi-limpo, indo em direção à cozinha pra ver se ele tinha alguma comida ou se havia comido. "Como o esperado..." Se direcionou então ao quarto dele, que ainda estava arrumado, mesmo que perto da cama tinham alguns papéis.

BamBam estava adormecido na ponta da cama, sua boca semi aberta encostada na mão dele e os olhos com algumas lágrimas, um nariz levemente avermelhado. Era lindo até quando dormia, dizia os pensamentos de Jackson, que andava de fininho até a cama. Ele se ajoelhou em frente ao garoto, e fez carinho no cabelo macio e fofo do pequeno, que estava abrindo os olhos lentamente.

– Jackkie, é você? – sua voz de sono era fofa demais. Jackson apenas sorriu de volta para ele. – Jackkie é você mesmo!

BamBam pulou no colo dele e o abraçou com intensidade, como se não pudesse mais soltá-lo. Os dois ficaram daquele jeito por um tempo, até que Jackson o afastou para mostrar a ele o que a mochila dele trazia.

– Uaaau! Você trouxe comida pra mim... Muito obrigada – seus olhinhos brilhavam.
– Haha, eu apenas pensei que você poderia estar morrendo de fome...
– E estou mesmo, olha esse barulho – apontou para a barriga, que roncou de um jeito engraçado que os fez rir juntos.
– Vamos comer logo. O que você vai querer?
– Aaah eu quero um Lamen. Estou morrendo de vontade de comer...
– Okay, vamos comer juntos então.

Eles comeram juntos enquanto assistiam alguns filmes de comédia que os faziam rir e sorrir juntos. Se sentiam felizes um com o outro, se divertiam estando juntos.

– Jackkie por que você não dorme aqui hoje? Tem um quarto de hóspedes perto do meu...
– Huuum... – ele encarou aquele rostinho fofo que fazia um biquinho – Okay, mas apenas por hoje. Sua sorte que não terei trabalho amanhã.
– Yaay!

Can'7 Hate YouOnde histórias criam vida. Descubra agora