A mídia representa apenas como BamBam estaria devido a descoloração.
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Jackson PDV's
No todos nós acabamos por dormir, Yume e Bam ficaram juntos na cama, BamBam estirado na cama enquanto Yume estava sentada com a cabeça encostada na parede. Eu fiquei no chão junto ao gato, que me acordou com seus miados e com a pata em meu rosto; fui o primeiro a acordar, no frio do chão e no desconforto que estava sentindo no braço e nas costas. Levantei e fui a cozinha fazer café, amargo e forte, era bom e quente. Após tomar uma xícara do líquido escuro, amargo e quente, fui ao chuveiro tomar um banho, frio pois o aquecimento da água estava quebrado e eu não tinha ainda dinheiro para o concerto; tive que ser rápido para não morrer congelado ou pegar um resfriado — o mesmo que eu ache que já tenha pego — sair no frio foi difícil, coloquei a cueca e a toalha no ombro, saindo do banheiro e indo ao quarto onde as duas crianças adormecidas estavam.
Fui colocando primeiro minha blusa, apenas ela sem a camisa, estava com preguiça de ter que levantar os braços mais de uma vez. E naquela hora um dos dois acordou, me vendo com a cueca e a blusa, fiquei um pouco paralisado após ouvir um grunhido e não ouvir nem mesmo uma respiração depois.
– Coloque uma calça logo. – Yume que tinha acordado. Dei uma virada rápida e ela tinha tapado seu rosto. – Pronto?
– Só mais um segundo – Coloquei a calça moletom preta – Pronto.
– Ah obrigada. Não fique demorando pra colocar uma calça... – esperava algum xingamento ou algo pior – Você vai pegar um resfriado desse jeito.Ela se levantou, com todo o cuidado para não acordar "a bela adormecida" em minha cama, cambaleando até a cozinha, ela coçava os olhos inchados e pegou uma caneca de café, a bebendo por inteiro.
– Seu café é bom. Amargo e forte fica muito bom.
– Eu sei.Ela foi ao quarto novamente, se ajoelhou do lado da cama e deu alguns tapinhas no ombro do menino, tentando acordá-lo; tudo em vão.
– Eu posso tomar banho?
– Sim. Aqui uma toalha – peguei uma limpa para ela. – o aquecimento do chuveiro não funciona, tome banho rápido.
– Okay, muito obrigada. – ela amarrou o cabelo em um coque alto e foi ao banheiro.Estávamos a sós agora... Entrei na cama com cuidado para não acordá-lo, deitei ao seu lado e o cobri, fiquei observando ele dormir, sua nuca estava a minha frente. Seu cabelo loiro estava um pouco manchado de preto nas raízes, mas ele continuava sendo ele.
Narrador PDV's
Jackson se aproximou um pouco mais de BamBam, sentindo o cheiro suave do suor e o cheiro do descolorante se misturando, o garoto estava em sono profundo com uma respiração pesada. Wang colocou o nariz no pescoço do menino, fechou os olhos por apenas alguns instantes, parecia flutuar com a sensação de estar tão perto dele, seu maior desejo naquele momento era lhe abraçar por trás, envolvendo o garoto em seus braços fortes e sentindo o calor do corpo dele, ele amava o calor do corpo de BamBam. Yume estava ainda no banho, sentindo a água fria acordar seu rosto ainda adormecido, Jackson curtia cada segundo com o menino, agora loiro.
Quando menos se esperava, Jackson estava colado em BamBam, seus corpos estavam encostados, ele sentia em seu abdômen o bumbum do garoto, sentia as coxas dele em sua virilha, queria aquilo para sempre. Seus batimentos estavam aumentando á medida que os corpos ficavam juntos, sentia o seu rosto queimar e seu corpo inteiro pulsar, abriu os olhos lentamente, aguardando ver os cabelos do menino na sua frente. Foi isso que ele viu, e estava feliz, sorria de leve e seu braço involuntariamente passou pelo corpo esguio de BamBam. Finalmente estavam de conchinha.
– Jackkie? – ele disse, ainda de olhos fechados. – O que foi? O que é isso na minha coxa? – ele ficou em silêncio, se transformou em um pimentão.
– Kunpi! Saia daí! – Yume apareceu com suas roupas em seu corpo, correu em direção à cama – Quem diabos você pensa que é? – ela o pegou da cama e o trouxe ao chão.
– D-d-desculpa – Jackson colocou o cobertor em seu rosto, com vergonha.
– Kunpi, você está bem?
– Sim... Por que?
– Nada, apenas vá tomar um banho para acordar.
– Okay... – ele levantou e foi ao banheiro, com a mesma toalha de Jackson.
– Você disse que não abusaria dele... – Ela franziu as sobrancelhas.
– Já disse desculpa! Eu não resisti a fofura dele!
– Tá, mas não ouse colocar isso aí – ela apontou para o meio das pernas dele – Nele!Jackson estava vermelho, havia imaginado como seria fazer amor com o mais novo, parecia meio errado em seu ponto de vista, porém tentador. Em sua mente, os gemidos de BamBam possuíam seus pensamentos, a sensação imaginária do menino estimulando-o, fazia com que fosse irresistível e quase impossível não se excitar. E a menina havia notado isso, ficando vermelha e surpresa.
– Que porra você está pensando?!!!!! – ela colocou a mão no rosto, tampando a visão.
– N-nada! – ele tampou suas pernas, tentando se acalmar.
– Kami-sama... Acho que não posso confiar em você.
– De novo isso de confiança? – Já havia se acalmado.
– Eu levo isso muito a sério. – Ela encostou as costas na cama, se virando pra outro lado. Soltou um suspiro.
– Por que leva tão a sério?
– Apenas alguns traumas de infância...
– Entendi...
– É.Os dois ficaram um tempo sem falar nada, Jackson observava o cabelo bagunçado dela, era longo e escuro, um pouco ondulado, quase como um pêlo de cachorro. Ela apenas ficou observando o apartamento em si, sujo, abandonado e frio, era assustador como Jackson Wang podia se sentir abandonado num lugar daquele tipo...
– Jackson, por que mora num lugar tão horrível como aqui?
– Bem, eu não tenho muita escolha...
– Ta, mas... É muito sozinho e muito frio aqui.
– Mesmo assim, ou era isso, ou era a China.Um silêncio tomou posse do lugar, ela sabia o sentimento de ter que escolher sobre sua família e um lugar que você não ama, ou o lugar que você ama estar, porém sem sua família... Era difícil e doloroso, muito mesmo.
– Jackson-san – os olhos de Jackson brilharam, e ele se sentiu surpreso – Você tem seus pais com você ainda?
– Tenho... Eles moram na China ainda, e você?
– Eu não conheço meu pai, apenas minha mãe. Mas fui criada pelos meus avós, eles moram no Japão e minha avó fazia onigiris* para mim todos os dias porque eu amava... – ela deu um suspiro e encarou o chão – infelizmente, ela não está mais conosco...Jackson engoliu em seco, sentindo a leve tensão em suas mãos fechadas, se sentia um pouco arrependido de fazê-la lembrar de algo tão ruim e triste.
– Meus pêsames... Não foi a minha intenção...
– Tudo bem, o passado tem que ser lembrado pra seguirmos em frente... E a dor que tinha de ser sentida, já foi, e muito.Ele encarou a nuca dela, enquanto ela olhava para o chão lembrando de sua avó e de seu avô sozinho com sua mãe, uma mulher meio louca e impossível de se lidar. Seus olhos encheram de lágrimas, mas Yume se forçou a não chorar de jeito nenhum, secou as lágrimas e respirou fundo, se acalmando.
*onigiris são bolinhos de arroz com um pouco de sal.
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Can'7 Hate You
FanfictionO amor vem de maneiras curiosas. Jackson não esperava mesmo que sua vida fosse mudar tanto por um simples encontro, assim como BamBam nunca pensara que poderia se apaixonar assim, tão de repente que já parecia um sentimento natural para eles.