Narrator's POV
"Truth, I just want you to tell me the truth"
- Aonde estamos indo? - Após mais de 10 minutos tentando fazer com que a morena dissesse algo, ou pelo menos soltasse seu pulso, já que estava o arrastando pela cidade inteira, ela finalmente parou. Virou-se para ele, sua expressão tinha uma mistura de raiva, frustração e, se Namjoon não conhecesse Yamir, diria que haviam sinais de que ela estava prestes a chorar, mas na verdade era apenas porque ela talvez não soubesse expressar a raiva que estava sentindo em palavras, então tentava passar isso pela expressão facial. O que claramente não estava funcionando.
- Não faça perguntas, apenas me siga. - ela começou a andar em linha reta novamente, esperando que ele a acompanhasse, e foi o que fez.
Depois de mais 15 minutos andando - um total de quase meia hora caminhando, aparentemente sem rumo, pelas ruas de Londres, que por sinal, ficavam cada vez mais desertas a medida que eles iam afastando-se do apartamento de Jung Min. Eles chegaram a algum lugar.
- Chegamos. - A garota parou de forma brusca, ainda sem olhar para o platinado.
Namjoon assustou-se ao olhar para frente; estavam de frente para um portão bem alto e totalmente enferrujado. O lugar era deserto, o que fez calafrios percorrerem pela espinha do mais velho, ele não gostava da aura que aquele lugar transmitia. A menor abriu o portão, o que fez com que o mesmo soltasse um ruido, no mínimo, assustador.
O lugar era verdadeiramente um cenário perfeito para um filme de terror, se não soubesse onde estavam, até poderia arriscar dizer que encontravam-se no próprio cenário de Chernobyl.
Um parque de diversões abandonado.
- Yamir, por que me trouxe aqui? - perguntou, esfregando os braços e com a voz trêmula em parte por conta do frio e em parte por conta dos arrepios na espinha causados pelo desconforto de estar ali.
A garota foi andando por entre os brinquedos sem falar uma palavra, até chegar em um escorrega-bunda vermelho totalmente coberto por neve - assim como tudo naquele lugar. Foi até a escada que levava ao topo do brinquedo, removeu a neve dos degraus de um por um para que não caísse e fez o mesmo quando chegou ao topo do escorrega, limpando a neve para que pudesse sentar-se. O garoto não sabia muito bem o que fazer, até que ela lhe lançou um olhar como se perguntasse "você não vem?" e então ele subiu, sentando-se ao lado dela.
O escorrega era largo o bastante para que dois adultos sentassem-se lado a lado sem ficarem apertados, mas era pequeno o bastante para que coubessem apenas três crianças uma ao lado da outra de forma bem espremida. A garota sorriu para o nada, lembrando-se de como Jung Min e ela haviam conhecido-se naquele parque há 2 anos atrás, logo quando ela chegou em Londres, estava tão perdida que acabou vindo parar naque lugar, naquela época o parque estava a beira da falência, mas alguns brinquedos ainda funcionavam. Elas encontraram-se porque Yamir viu a outra extremamente irritada por estar totalmente perdida, e ao oferecer ajuda foi respondida com um gentil "Eu não preciso de ajuda, e mesmo que eu quisesse, não pediria a você" , mas no final acabou aceitando a ajuda e conseguiu chegar ao seu apartamento novamente, e pensou como foi incrível que em questão de semanas elas já haviam ficado muito amigas.
Suspirou fundo, sentindo o "cheiro do inverno". Yamir tinha essa mania, essa coisa de "sentir o cheiro das estações", ela dizia que o inverno tinha um cheiro de terra molhada com ferrugem e perfumes caros, a primavera cheirava a flores, solas de sapato e shampoos baratos, o verão cheirava a amaciante, gel de cabelo ruim e meias limpas recém tiradas da secadora de roupa, e como o outono tinha seu cheiro preferido; o de grama recém cortada com chocolate e folhas secas. Riu sozinha quando lembrou-se do que Jung Min sempre falava ao ver a morena fazendo aquilo; "Pare de ser estranha, estações são para serem observadas, não cheiradas" e fazia uma espécie de biquinho involuntário que a morena julgava muito fofo e sempre a fazia rir. Olhou para o lado, vendo o platinado ao seu lado com um olhar totalmente perdido, riu novamente. Olhou para frente, observando a paisagem coberta de neve a sua frente e suspirando pesadamente, o suspiro de quem estava prestes a começar a contar uma longa, demorada e dramática história do passado. - 3 anos atrás, foi onde tudo começou. - soprou em suas luvas, tentando, inutilmente, aquecer suas mãos. - Seo Jung Min, uma garota comum, que vivia em Gwacheon, Coréia, com sua mãe e suas duas irmãs, uma mais velha em 3 anos e outra mais nova em 2 anos. Uma amante nata de história e arte, um dia resolveu ir ao teatro, onde conheceu um garoto interessante, Park Chanyeol. - Disse o nome do garoto como se as palavras rasgassem sua garganta. - Ela começou a gostar dele, ele começou a gostar dela, e depois de semanas enrolando... Boom! Começaram a namorar. - suspirou mais uma vez, como se odiasse aquilo mais do que tudo. - Chanyeol era, de acordo com ela, o garoto mais doce, gentil, amável e engraçado que já havia conhecido. Ou seja: ele era um príncipe. - revirou os olhos, murmurando algo em um tom inaudível e voltando a contar a história. - Depois de lindos e prósperos 3 meses de namoro, tudo estava indo às mil maravilhas, até que... Bem... Eles brigaram, e brigaram feio. Ela não entendia o porque de eles terem brigado daquela forma. Passou semanas lamentando-se, até que ele veio até ela pedir desculpas e dizer que estava tudo bem e blá blá blá. - revirou os olhos novamente. - Enfim, mas aquilo não havia acabado, Chanyeol estava diferente, ele não era mais o príncipe perfeito de antes, estava mais agressivo, e aos poucos estava virando alguém explosivo, irritadiço e facilmente provocado por brincadeiras simples. E isso foi crescendo, de pouco em pouco, dia após dia, ele ia ficando pior, até que chegou o dia. - ela fez uma pausa dramática.
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What am I to you? { BTS }
RomanceEu sempre estive sozinha. Nunca acreditei, sequer uma vez, quando diziam-me que "dias melhores viriam", eu sabia que eles não viriam. Até o dia em que eu o conheci. Meus dias melhores tinham nome: Kim Namjoon [PLÁGIO É CRIME QUALQUER GRACINHA EU VEJ...