Capítulo Trinta e Cinco.

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Maju narrando:

Um mês depois...

─ Amor, é só isso mesmo pra comprar? ─ Luan pergunta com sua voz extremamente rouca, ele estava gripado.

─ Sim, mas se quiser trazer sorvete e chocolate eu também quero!

─ Vou levar os meninos comigo, de lá vou passar na boca e volto. Tem certeza que quer ficar sozinha em casa? Não quer que eu te deixe na casa de Priscila ou não quer ir com a gente?

─ Não, amor ─digo suspirando, não estava me sentindo muito bem mas não queria contar isso pra Luan. ─ Eu tô bem, vai lá e não demora.

─ Julieta já está vindo, fica aí sentadinha, vou deixar o celular do seu lado e caso esse não preste tem meus dois em cima da mesa e mais o rádio, deixei uma pistola de baixo do sofá, quer que eu deixe mais uma contigo?

─Não, Luan ─ reviro os olhos. ─ Vai logo lá que nossos bebês estão desejando.

─ Marca dez aí que já tô vindo, bora lá gurizada ─ ele diz gritando os meninos e vindo até mim, Luan beija minha testa e desce pra minha barriga beijando a mesma com amor, passo minhas mãos nos cabelos dele e lhe dou um sorriso confortável.

Lua desce correndo com Kayke e os dois me abraçam e me beijam e claro que os gêmeos também recebem beijos dos irmãos deles, esses gêmeos já eram mimados desde a barriga, era Gabriel, Julieta, RL, as crianças, Carol, Henrique e várias outras pessoas que faziam questão de beijar e dar todo carinho possível pros mesmos que estavam crescendo cada dia que se passava.

Kayke se acomodou tão bem aqui que até estranhei e outro dia peguei ele me chamando de mãe, claro que não o repreendi, eu sei que Lívia fazia falta pra ele mas ele não demonstrava pra ninguém isso.

Os gêmeos estavam bem segundo o doutor Robson, cada dia que passava eles cresciam mais e claro que já havia uma saliência em minha barriga já que eram dois bebezinhos e estava duas vezes maior que o normal.

Sei que doutor Robson vivia me dizendo que estava tudo bem e tal mas às vezes eu sentia umas dores na barriga mas não dizia nada pra Luan, pra mim isso era normal como às vezes eu sentia dores quando estava grávida de Lua. Eu amava tanto aqueles dois bebês, às vezes deitada junto de Luan ficávamos tentando advinha o que era: dois meninos, duas meninas ou um casal. Luan ficava pegando em minha barriga e dando palpites do que achava que era, pra mim seria um casal mas Luan queria duas meninas.

Hoje era um dia que sentia dores na barriga mas tentava ficar quietinha pra ver se passava e nesse quietinha acabei pegando no sono no sofá mesmo.

Acordo com o suor tomando conta do meu corpo, tudo em mim se arrepia. Ouço tiros, mas não com intervalos, era um tiro atrás do outro. Me levanto assustada, olho ao redor e ainda me encontro sozinha em casa. Logo minha preocupação vai até Luan e as crianças que ainda não voltaram, pego meu celular e vejo que já é cinco horas da tarde sendo que eles haviam saído quatro e vinte e três.

Disco logo para Luan enquanto me levanto ligeira e vou até a porta, olho pela janela e não vejo nenhum segurança em frente de casa, tudo estava deserto e a única coisa ouvida era os tiros.

Me desespero completamente. E se tivesse acontecido algo com meus filhos ou Luan? E se houvesse acontecido algo com as pessoas que amava? Com minha família?

Pego o rádio em cima da mesa e ligo pro rádio do Luan, não obtenho respostas nenhuma e nessa hora que começo a chorar copiosamente. Algo me diz que está acontecendo alguma coisa, eu consigo sentir quando tem algo de errado.

Apenas um Traficante IIOnde histórias criam vida. Descubra agora