Acordei com uma leve dor de cabeça e tontura como sempre. Não entendi muito o que aconteceu, só reparei que estava no quarto de Rafael novamente. Passei a mão pelo meu rosto e respirei fundo, quando olhei para o lado percebi Rafael deitado junto a mim, tão lindo, tão perfeito, queria ter coragem para beijá - lo mas não me atrevi. Ele abriu lentamente os olhos e logo um sorriso grande iluminou seu rosto.
- Você está bem Edu?
- Acho que sim, respondi meio confuso. Acredito que não sei o que aconteceu ou devo estar sonhando.
- Não, não é um sonho, você desmaiou novamente. Acho que nossas conversas não podem ser tão intensas. Estou ficando preocupado com tantas vezes que te faço desmaiar.
- É, problemas é meu sobrenome, e isso é só porque ainda não saímos daqui. Já anoiteceu?
- Sim, meus pais chegaram a pouco. Parece que tiveram que cancelar a viagem e acabaram resolvendo tudo por aqui.
- Meu corpo gelou imediatamente. Seus pais? E você deitado aqui comigo? O que eles vão pensar de mim, de você? Não quero te causar mais nenhum problema, por favor.
- Calma Edu, ele riu, não se importe com isso tá bom, meus pais querem muito te conhecer, mas eu disse para eles que não seria hoje, não quero que você fique sob pressão novamente e passe mal. Vou te levar em sua casa para você descansar melhor e relaxar. Amanhã vamos a aula e você vem almoçar com a gente.
-Como assim com a gente? Seus pais sabem de você? Perguntei confuso.
- Meus pais me apoiam em todas decisões que eu faço Edu. Quando você conhecer eles vai perceber o quanto eles têm a mente aberta em relação a tudo.-Tudo bem então mas, Tem certeza disso? Perguntei a ele com um medo no olhar.
- Claro, amanhã você terá uma grande surpresa.
Não consegui responder mais nada, apenas sorri para ele, e ele me abraçou forte, começou a delicadamente beijar meu rosto, minha testa, seu olhar se cruzou com o meu, nossos rostos se juntaram, não me afastei e nem ele. Aos poucos fui sentindo os lábios dele tocarem os meus tão lentamente, como se estivesse esperando que eu me afastasse mas não o fiz, me deixei levar por tudo que estava sentindo. O Beijo foi ganhando movimento, senti a mão de Rafael se entrelaçar em meus cabelos gentilmente me pressionando para um beijo mais forte. Comecei a fazer carinho pelo seu corpo e o beijo foi ficando mais intenso. Um beijo tão sincero, um sabor inexplicável. Beijar Rafael era como estar voando em um cavalo alado por entre as nuvens brancas com a mais suave brisa tocando a pele, ele estava sendo tão carinhoso e sincero com esse Beijo que rapidamente as lágrimas em meu rosto começaram a descer enquanto ainda nos beijávamos. Eu não queria que aquele momento acabasse, mas eu sabia que as minhas lágrimas iriam pausar a magia do beijo, mas foi inevitável.
- O que está acontecendo meu amor? Porque está chorando? Rafael me perguntou se afastando um pouco do meu rosto.
Passei a mão nos olhos, segurei as mãos dele que seguraram as minhas com firmeza
- É só que me emocionei. Sabe, esse foi meu primeiro beijo, e foi exatamente como eu sonhava. Com alguém que me quer, suave e delicado mas ao mesmo tempo intenso. Não esperava que fosse acontecer tão rápido. Estou tão feliz.
Rafael sorriu e segurou meu rosto com as duas mãos e começou a me dar selinhos nos lábios:
- Isso é só o começo da nossa felicidade, espero que você se lembre desse nosso primeiro para sempre. Espero que esteja disposto a ficar comigo porque já estou ficando muito ligado a você.
- Olha Rafa, vou ser bem sincero, está tudo acontecendo tão rápido, tenho medo de me entregar a você e acontecer alguma desilusão, eu nunca me relacionei com ninguém então não sei a hora certa de começar a gostar e todas essas coisas, mas você está sendo tão sincero comigo que sim, estou disposto a ficar com você.
-Edu, ele disse ainda segurando as minhas mãos, eu prometo que farei de você uma pessoa muito feliz ao meu lado, eu sei que você merece isso e foi você que eu escolhi. Senti a pressão do beijo dele novamente, mais intenso, mais quente, e respondi com a mesma intensidade.
Após uns minutos paramos e ficamos rosto a rosto escutando a respiração um do outro.
- Bem, agora vamos, vou levar você na sua casa antes que fique mais tarde.
- Tudo bem, vou vestir minha roupa e podemos ir.
Rafael se levantou e saiu do quarto me dando outro selinho e um sorriso. Peguei minhas roupas e me troquei, sentei na cama e fiquei esperando ele retornar. Minutos depois ele chegou na porta do quarto e me estendeu a mão:
- Então, vamos senhor Eduardo?
Sorri para ele e me levantei segurando sua mão.
- E seus pais? Perguntei em um tom inseguro.
- Estão no quarto, não se preocupe.
Ele me guiou até a garagem, abriu a porta do carro para mim, provavelmente era dos pais dele, eu entrei e ele fechou a porta indo em direção ao banco do motorista. Entrou e me beijou novamente. Ligou o carro e o portão abriu automáticamente ao pressionar o controle. Saímos. No caminho não conversamos, ele segurou uma de minhas mãos durante todo o percurso, enquanto eu encostei a cabeça no vidro do carro e ao lembrar de tudo comecei a chorar e senti a mão de Rafael segurar a minha com mais força. Minutos depois estávamos na porta de casa.
- Bom então é isso, nos vemos amanhã na escola, falei com uma voz um pouco triste.
- Na verdade nos vemos na minha casa amor, eu não irei a aula amanhã, mas vou te esperar na saída tudo bem?
- E porque não vai? Perguntei confuso.
- Tenho que preparar algumas coisas, mas quando você sair estarei esperando na porta por você. E senti novamente os lábios de Rafael tocarem os meus em um beijo quente e forte. Ele me abraçou e eu correspondi, abri a porta do carro e desci. Fiquei parado olhando ele sair, e me mandou um beijo com a mão. Quando ele virou a rua de volta eu abri o portão de casa e entrei.
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AmOr NãO CoNvEnCiOnAl (Romance Gay)
Romance"Olhos castanhos que por uns instantes me hipnotizaram. Gelei de cima em baixo e o coração acelerou. - Olá, sou o Rafael, estudo na sala ao lado." Esta obra se trata de um rascunho que estou fazendo de acordo com as ideias que vão vindo em minha me...