Despertei aos poucos. Ao tentar abrir os olhos senti uma dor na cabeça e desisti por uns instantes. Minha respiração estava lenta e minha mente embaralhada. Não sabia o que havia acontecido, nem onde eu estava mais; eu só me lembrava Dele, Rafael. Novamente tentei aos poucos abrir meus olhos para que estes se acostumassem com a claridade do ambiente e consegui, mas a dor na cabeça persistiu. Quando finalmente consegui enxergar tudo direito percebi que eu estava deitado em um sofá, comecei a observar o local, era um cômodo amplo, porcelanato bege claro tão limpo, as paredes brancas apenas com uma textura cor creme na parede que estava fixada a Tv, haviam três quadros abstratos acima da televisão, um vaso delicadamente moldado em porcelana preta com detalhe cor de ouro e uma flor vermelha dentro estava em cima do painel da TV. Entre o sofá que eu estava e o outro havia um carpete enorme e branco, parecia pelo de ovelha, dava até dó de pisar em cima. Atrás do outro sofá havia uma enorme janela com vistas para a rua. Ao olhar para essa janela eu O vi. Seu olhar estava preocupado, Ele estava com os braços apoiado na janela me olhando, e quando percebeu que acordei e viu meu olhar em direção a ele, aquele sorriso maravilhoso iluminou seu rosto e ele veio caminhando até a mim :
- Que susto você me deu meu amor, na próxima vez se puder me avisar antes de bater com a cabeça talvez eu possa te salvar.
- É, na próxima vez vou lembrar de fazer r em câmera lenta. Respondi ironicamente sentando no sofá.
- Você está se sentindo bem?
Olhei bem no fundo daqueles olhos que me hipnotizam, enquanto ele sentava do meu lado me abraçando. Não tinha como não estar bem com um homem daquele do meu lado.
-Melhor impossível amor.
-Nossa, você me fez o cara mais Feliz agora bb.
-Eu? Porque?
-Por ter me chamado de amor.
-Ah, bem, pensei que depois da nossa conversa no carro eu poderia ter essa liberdade né meu benzinho.
-Não só pode como deve, respondeu ele me dando um beijo que se eu não me segurasse no sofá sairia voando com ele. Que beijo inexplicável, pareciam anos sem se beijar. Mas daí me toquei, a conversa no carro, as duas pessoas no portão. Essa não, os pais dele estavam ali, e não demorou muito para eles adentrarem o recinto e surpreender o nosso beijo tão gostoso.
Fiquei muito nervoso quando os dois entraram na sala e sentaram no sofá a nossa frente. Não consegui olhar um minuto sequer para eles. Rafael segurou firme minha mão e colocou seu braço em torno do meu pescoço nos deixando bem juntos
-Mãe, Pai, esse garoto aqui é o Eduardo. Como já falei para vocês ele é o dono da minha vida agora e estamos muito felizes juntos.
Falando isso ele me deu um beijo no rosto.
-Olá Eduardo, disse uma voz grave a mim, sou o Roberto, pai de Rafael, é um prazer enorme conhecê-lo, nosso garoto fala tão bem de você que eu mesmo estava ansioso por te conhecer.
Quando consegui levantar meu olhar para a família a frente, meus olhos se maravilharam como quando eu olhei Rafael a primeira vez. Olhei diretamente para o pai da família, Roberto. Aparentava ter uns 42 anos, cabelos lisos penteados para trás, um pouco grisalhos, olhos azuis claros, boca bem vermelha e bem desenhada que mostrava um sorriso encantador, tinha a pele branca, um corpo extremamente definido, estava com um terno mas sem o blazer, o colarinho um pouco aberto que mostrava o começo de seu peitoral com alguns pelos. A roupa justa ao seu corpo realçava os grandes contornos de seus músculos. Ele era realmente um galã, aqueles executivos super sexys que marcam presença com sua masculinidade.
Fiquei admirando o por uns instantes
- É um prazer enorme conhecê-lo senhor Roberto. Falei um pouco tímido e ruborizado de vergonha.
- A que isso garoto, Roberto falou se levantando em minha direção, me chame de Roberto, e parou na nossa frente estendendo a mão para mim. Ele assim tão perto me deixou até sem ar, era alto, corpo grande, tinha um perfume tão bom, um olhar sedutor. Era irresistível. Apertei a mão dele que apertou a minha com firmeza, dei um sorriso tímido a ele, nosso olhar ficou conectado uns instantes.
- Como o senhor quiser, gaguejei respondendo o.
- Muito bem, eu sou Rebeca, mãe desse garoto lindo, e devo dizer que também é um enorme prazer te conhecer Edu. Nosso filho está realmente bem mais feliz depois que você apareceu na vida dele.
Meu olhar desviou para a voz suave dela. Loira, olhos castanhos, pele bronzeada, estava com um vestido preto acima do joelho, ela tinha um corpo bem bonito também. Confesso que fiquei constrangido de estar no meio de tanta beleza.
- Bem, concerteza é um prazer conhece la senhorita Rebeca.
- Ah, sem formalidades por favor querido, pode me chamar de Rebeca mesmo.
- Tudo bem, sorri ruborizado a ela também.
- Muito bem, disse Roberto ainda na nossa frente, vamos deixar vocês dois a sós, e chamaremos quando o almoço estiver pronto. Vamos Rebeca.
- Claro querido, comportem-se aí viu garotos, ela disse sorrindo pra gente. E saíram da sala.
- E então, o que achou deles? Me perguntou o dono dos olhos mais lindos.
- Bom, parecem ser bem gentis e educados, acho que vou me acostumar com eles.
- Vai sim meu bem. Meus pais são bem bacanas e me apoiam em tudo. Eles mesmos que perceberam que eu era Gay e me ajudam com isso desde então. Sou eternamente grato a eles por tanto apoio que me dão. Somos uma família bem unida sabe.
- É, vocês são o oposto da minha família. Se eu conto tudo isso para meus pais é bem possível que me expulsem de casa.
- Aí você pode vir morar comigo bb, disse Rafa me beijando. Já pensou eu e você dormindo juntinhos, falando isso ele deitou por cima de mim e começou a beijar meu pescoço e passar a mão pelo meu corpo, aquilo era bom demais, Rafael tinha uma pegada tão gostosa que me arrepiava todo. Voltamos a nos beijar intensamente, percebi que ele estava excitado, até senti a potência em mim, eu também estava então fui deixando acontecer ali mesmo no sofá.
- Muito bem, vocês dois, podem se comportar, disse uma voz grave adentrando o ambiente, era Roberto de novo. Droga. Fiquei roxo de vergonha por ele ter visto eu e o Rafa daquele jeito.
-Pai, seria muito legal da sua parte avisar que estava vindo sabia.
- Relaxa filho, também sou homem, sei como é ficar assim, disse Roberto olhando pra mim e sorrindo.
-Escondi meu rosto no peitoral de Rafael, morto de vergonha.
-Tudo bem garotos, só vim dizer que o almoço está quase pronto.
- Não poderia ter falado de onde estava pai?
-Sim, mas não queria que o Edu se incomodasse com gritos e pensasse que nossa família é louca filho.
-Tudo bem Roberto, eu falei ainda com vergonha, eu não me importo com isso.
- Tá bom, vou deixar vocês então, agorinha os chamo. E saiu.
-Desculpa amor, meu pai não fica me rondando assim, não sei o que está acontecendo.
-Tudo bem Rafa, é melhor relaxarmos e deixar isso pra outra hora no seu quarto rsrs.
- Tem razão meu bem, e me deu mais um beijo daqueles de tirar o fôlego. Novamente nossos corpos estavam em chamas e não conseguimos evitar. A mão de Rafael estava percorrendo meu corpo novamente e as minhas passeavam por dentro da roupa dele. Rafa já estava super excitado, parecia que sua roupa ia rasgar a qualquer momento, eu também já não aguentava mais e....
- Com licença garotos, almoço está pronto, venham. A voz de Roberto surgiu por trás do sofá, olhei rapidamente e ele nos observava com um olhar suspeito. Virei o rosto olhando diretamente para o Rafa que me deu um beijo.
- Tudo bem, desisto. Vamos meu bem.
- É, vamos. Fiquei triste mas tivemos que ir.
Mas uma coisa ficou incomodando minha mente. Porque aquela insistência de Roberto com nós dois?
VOCÊ ESTÁ LENDO
AmOr NãO CoNvEnCiOnAl (Romance Gay)
Romance"Olhos castanhos que por uns instantes me hipnotizaram. Gelei de cima em baixo e o coração acelerou. - Olá, sou o Rafael, estudo na sala ao lado." Esta obra se trata de um rascunho que estou fazendo de acordo com as ideias que vão vindo em minha me...