What a feeling || L.T.

4. I Wish

Uma semana depois

Danielle prometera a Louis que ficaria com ele na Inglaterra até ao final do mês mas a verdade é que tinha de voltar para os EUA agora. Louis não aceitou de bom grado e começou uma briga que resultou no fim da amizade íntima que eles mantinham. Louis sabia que ela não estava a voltar por problemas familiares mas sim porque o ex-namorado queria conversar com ela. Ele sabia também que não poderia reclamar muito, porque eles eram apenas amigos, e não eram mais do que isso por escolha dele. Mas de qualquer das formas o que ele não gostava era de ser trocado e abandonado. 

Assim que Danielle saiu da casa dele a choramingar, Louis tomou um banho relaxante. Vestiu uma calça jeans escura, uma camiseta branca e um casaco quente preto. Estava pronto para aproveitar a noite sozinho ou quem sabe arranjava uma companhia. Não pensou muitas vezes quando decidiu para onde iria. O Jhon's Bar. Entrou no bar enquanto acendia um cigarro. No balcão pediu a Fred a bebida mais forte, sabendo que era a única com aquela quantidade de álcool que tomaria na noite, não poderia ser irresponsável e beber até cair. Passou os olhos pelo estabelecimento e quando voltou a olhar para a frente viu Valentina agachada à procura de algo.

- Sarah ajuda-me a encontrar as garrafas de vodka de mor... - parou de falar assim que o seu olhar cruzou com o de Louis, ele sorriu fraco e levantou o copo como se brindasse. - ... de morango, por favor.

- Elas não estão aí Val, estão no armazém dos fundos, pede ajuda à Hanna.

- Eu vou sozinha. – antes de virar costas deu uma última olhada em Louis.

Seguiu para os armazéns e assim que acendeu a luz piscou várias vezes tentando habituar-se à luz intensa. Procurou a grade das garrafas de vodka e encontrou-as na última prateleira. Arrependeu-se de ir sozinha e procurou uma escada por ali para conseguir alcançar a bebida. Encontrou um banco, seria um desafio e tanto subi-lo de salto alto, mas tentaria rezando para não cair. A reza não lhe adiantou de muito pois assim que colocou os dois pés na base de madeira desequilibrou-se. Mas sentiu mãos fortes segurarem-na pela cintura apertando-a contra si. Afinal a reza não foi fraca de todo.

- Podes chamar-te Valentina mas não tens super-poderes mocinha. – ouviu aquela voz em seu ouvido e engoliu em seco sabendo a quem ela pertencia.

- Louis, o que estás aqui a fazer?

- Pelos vistos a salvar donzelas em apuros. – ironizou e ajudou-a a descer do banco. – Se eu não te segurasse irias cair feio no chão.

- Ainda bem que Deus ouviu as minhas preces. – riu desviando o olhar daquele mar azul. – Obrigada.

- O que querias pegar? – perguntou encarando os seus lábios, a proximidade era enorme.

- As garrafas de vodka de morango. – respondeu em tom baixo.

- Eu ajudo-te. – Louis subiu no banco e Valentina respirou fundo. Louis pegou numa grade dando a Valentina que a colocou no chão recebendo outra de Louis. No final tinham descarregado quatro grades.

Louis desceu e arrumou o banco para um canto qualquer voltando para perto de Valentina. Olhou-a e reparou em como ela estava linda. Não usava aquele top do outro dia, agora vestia uma blusa de manga curta branca, curta, mas não tão apelativa quanto a outra. Reparou no batom de brilho que ela passou ao invés do escuro que usara da outra vez, reparou nos seus cabelos soltos e ondulados que pareciam bem mais brilhantes.

- Conhecias esta parte Louis? – Valentina perguntou fazendo o rapaz disfarçar que a olhava detalhadamente.