12. Something Great

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Valentina acordou com os raios de sol a baterem-lhe nos olhos, estranhou mas não pode deixar de sorrir por o dia estar lindo, embora frio. Mas naquela cama, abraçada ao Louis que ainda dormia, ela estava quente e confortável. Poderia passar o dia todo ali, com os braços de Louis a rodearem-lhe a cintura juntando-a ainda mais a ele. Observou-o tão sereno, reparou em cada detalhe do seu rosto. A barba de dois dias por fazer levou Valentina a levar a sua mão à cara dele, acariciando-a levemente. Passou o polegar pelos lábios dele e guardou cada traço de Louis na sua memória. Sentiu-o a remexer-se e em segundos estava acordado a encará-la.


- Bom dia. – Louis sorriu esfregando os olhos sonolento, um gesto fofo que fez Valentina sorrir.

- Bom dia. – respondeu e tentou afastar-se dele mas o braço de Louis impediu-a.

- O dia está maravilhoso, mas eu preferia mil vezes ficar aqui. – confessou como se adivinhasse os pensamentos que Valentina teve antes dele acordar.

- Infelizmente não dará, eu tenho trabalho.

- Infelizmente? – Louis questionou sorrindo – Então foi mais uma noite certa?

- Tu és impossível. – resmungou na brincadeira e Louis riu.

- Como estão as coisas no jornal? Vais tentar outro emprego?

- Talvez não seja preciso, o Richard, meu chefe de redação, disse que iria conversar com o dono do jornal para eu ficar a tempo inteiro.

- Isso é ótimo, assim fazes apenas o que gostas. – mostrou-se contente.

- É, ficarei a tempo inteiro e responsável pela secção desportiva. – Louis riu e Valentina encarou-o não percebendo o motivo de tanta risada. – Que foi?

- Tu tanto queres fugir de mim que o destino só te traz de volta, está sempre a cruzar o nosso caminho. – Valentina ficou séria, por mais irónico que fosse, Louis tinha razão, por mais que ela quisesse afastar-se, algo a fazia aproximar-se.

- A minha vida é um drama. – ironizou.

- Espero que eu seja uma das personagens principais.

- És tão convencido Louis. – revirou os olhos e riram.

- A vida é irónica mesmo, olha para mim e os rapazes. Todos de lugares diferentes que se conheceram num acampamento da universidade.

- A sério? Foi assim que se conheceram?

- Aham, a universidade organizou um acampamento antes das aulas começarem, e colocaram-nos aos cinco, contando o Zayn, no mesmo dormitório, como eles não tinham amigos cá, e os meus entraram em outras universidades, apegamo-nos uns aos outros, até hoje.

- As coisas acontecem sempre por uma razão.

- Exatamente. – falou firme e Valentina soube ao que ele se referia. – Estarmos aqui aconteceu por uma razão. – ela continuou em silêncio – Mas adiante, eu e o Harry já moramos juntos também, assim como os outros rapazes.

- Mas tu és daqui, porque foste morar fora de casa? – questionou curiosa.

- Queria independência, não dava jeito levar raparigas pra casa quase todas as noites. – riu e Valentina não achou piada, imaginar Louis com outras mulheres incomodou-a.

- Eram assim tantas?

- Algumas, mas sim, foram bastantes. O Harry também não ficava atrás, mas ele preferia ficar mais tempo com cada uma.

- E como te tornaste jogador?

- Eu sempre joguei, desde as escolinhas do Doncaster até à equipa principal. Quando entrei na faculdade fiquei indeciso entre ser um professor de educação física ou um jogador, a segunda opção seria mais difícil e por um golpe de sorte, o Doncaster subiu de divisão no ano em que me formei, então não tive dúvidas, ser jogador era o que eu queria. Comecei a focar-me mais e logo perceberam que me destacava, o clube começou a receber mais dinheiro com a subida de divisão e eu acabei por tornar-me sócio do Doncaster Rovers.

What a feeling || L.T.Onde histórias criam vida. Descubra agora