Capítulo 2

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Observando o professor,Liam payne,que assim se apresentou,eu pude notar que ele era diferente dos professores que eu conheço. Ser chato e de mal com a vida, é quase uma obrigação todos os professores serem assim,mas com o senhor Payne,era diferente Ele era diferente. Ele não era somente chato e de mal com a vida, também era extremamente bruto e arrogante. Parecia não ligar para nenhum de seus alunos, falava com um tom de voz tão severo que ninguém ousava interromper, mesmo quando ele perguntava se nós tínhamos alguma dúvida Enquanto todos o olhavam assustados com o jeito daquele professor, eu estava cada vez mais atraído por ele. Porra, aquele jeito dele era extremamente excitante. Tentei de várias maneiras ter um pouco da sua atenção. Derrubando a minha borracha e me agachando pra pegar, mordendo o bocal da caneta enquanto o encarava firmemente, mas nada funcionava e aquilo já estava me frustrando Quando ele nos liberou, depois de passar um trabalho enorme pra entregar na próxima aula(claro que ninguém ousou questionar ele). eu me despedi do Ashton e esperei um pouco para ter uns minutos sozinho com o professor.

Ele estava arrumando sua maleta quando eu me aproximei dele.

-Senhor Payne-o chamei com uma certa aproximação, talvez menos de 70 centímetros, o que deu pra sentir seu perfume com maior intensidade, e que perfume, um toque amadeirado forte, mas nada enjoativo, pelo contrário, era inebriante e me fez arrepiar o corpo inteiro. Ele estava bastante concentrado em colocar todos os papeis na sua maleta e nem parecia notar minha presença. Enquanto isso eu observava cada detalhe do seu rosto. As sobrancelhas franzidas mostrando que estava concentrado no que fazia, sua boca fechada em linha reta e bem rosada... hmmmm bastante tentador, sua pele era clara, mas com aspecto de quem pega sol também tin-

-Sim,Vai perguntar algo ou vai ficar aí me olhando feito idiota?-disse ele levantando a cabeça e metirando do transe em que me encontrava.

- Desculpe senhor Payne, eu queria apenas saber se o senhor estaria a disposição para tirar algumas dúvidas minhas sobre o trabalho.-falei apoiando minhas mãos em sua mesa e me inclinando um pouco. -Estou tendo muita dificuldade em entender sobre o assunto, sabe? -disse pausadamente e em um tom de voz que mais parecia um sussurro.

-Ok,vamos esclarecer algumas coisas:pare de tentar chamar a minha atenção feito uma cachorra no cio, eu não sou gay e não admito esse tipo de comportamento comigo, principalmente dentro do meu ambiente de trabalho. Aja feito gente nas minhas aulas, isso aqui não é o colegial e eu não sou o professor sexy que você vai dar o rabo pra conseguir notas melhores. Além disso, o meu expediente aqui acabou, se vire com o trabalho ou você é tão demente que não consegue nem fazer uma pesquisa sobre o assunto?

Ele saiu batendo a porta e me deixou com o queixo no chão. Quem ele pensa que é pra falar desse jeito comigo? Ok,eu estava dando em cima dele descaradamente,mas não precisava desse fora. Não sou acostumado a levar um "não",e isso me afetou.

Mas sobre os acontecimentos recentes. Ele tem razão,eu realmente parecia uma cachorra no cio, mas eu sempre fui assim... quer dizer, nem sempre Quando eu me descobri gay, aos 14 anos, eu tinha somente beijado um rapaz e aquilo mudou completamente a minha vida. A partir dali, pouco tempo depois eu transei com esse mesmo cara e nos estavamos namorando de verdade. Meus pais nao sabiam da minha orientação sexual e quando eu os contei, foi o pior dia da minha vida A minha mae recebeu bem a noticia, de forma pacifica, ja o meu pai me bateu tanto e que moraria na mesma casa que um viado, e disse pra minha mãe escolher entre ele ou eu. E eu so sabia chorar enquanto abraçava minhas pernas, deitado no chão da sala. Ela escolheu a mim, entao ele foi embora dizendo que ela ia se arrepender de viver com um lixo humano dentro de casa. As ultimas palavras dele pra mim antes de sair foram: esqueça que um dia você teve um pai, Eu deveria ter ficado feliz pela minha mãe ter me escolhido e me aceitado, e eu fiquei,mas nunca me perdoaria por ter sido responsavel pela saida do meu pai, sabendo que ele saiu não só de casa, mas das nossas vidas.

Um ano depois, a minha mãe estava namorando outro homem, Richard, um cara muito legal e que sempre me tratou bem, sem me julgar ou muito menos, me menosprezar. Passaram-se alguns meses e eles resolveram se casar e no dia do casamento, ele disse que a partir daquele dia eu sempre chamaria ele de pai. E é o que eu faço até hoje, ele é o meu verdadeiro pai, apesar de chegar depois, eu sinto que ele sim sabe me tratar como filho, coisa que o outro la, não soube fazer durante 14 anos.

Acho que esses acontecimentos fizeram com que eu guardasse algum tipo de sentimento que me levasse a querer sair com varios caras e nao me apegar a ninguém. De alguma forma, isso preenche um vazio dentro de mim e me deixa um pouco mais leve, é quase uma necessidade. Minha mãe nunca me julgou por isso, creio que ela entenda o meu lado, ela sempre sabe mais de mim do que eu mesmo Enquanto pensava sobre isso, algumas lagrimas caiam com as lembranças do passado e com as coisas que o professor disse, tudo ao mesmo tempo.

Sabe quando tudo parece cair na sua cabeça de uma vez só? Era assim que eu estava me sentindo. Mas logo afastei essas lagrimas, respirei fundo e entrei no quarto.

-Z, até que enfim voce chegou-Niall, disse assim que entrei.

Z? Ja ganhei um apelido?

-O que houve? Voce estava chorando? -Ele disse quando eu levantei o rosto.

Merda, devia ter ficado mais tempo la fora

-Não Niall, eu tenho alergia a poeira e estão reformando uma sala no bloco onde eu tive aula hoje.

sempre fui bom com mentiras.

-Ok, acho que eu trouxe algum remédio pra alergia... Deixa pra la, depois eu tomo... enfim, o que voce queria comigo? -a melhor forma de se livrar de um assunto, é criando outro.

-Ah, é que vai ter uma festa pros novatos na fraternidade de um amigo meu e vai ser muito foda e eu quero ir. Vaaaaamos por favorrrrr.-ele disse fazendo uma carinha de gato do Shrek irresistivel pra qualquer ser humano.

-Quem vai tomar conta de mim quando eu estiver totalmente bebado? -Ele disse fazendo drama e me fazendo rir.

So ele mesmo pra me fazer rir agora.

Ele nem me deixou falar e já estava me abraçando e dizendo"obrigado" varias Vezes.

(...)

Ja eram 20:04 quando chegamos a fraternidade que estava tendo a festa. Estava lotada, com pessoas de todos os tipos bebendo e se pegando. Homem com homem, mulher com mulher, homem com mulher, tudo misturado ali estava uma loucura. Notei alguns olhares sacanas pra mim, mas nao dei muita importancia. Hoje eu estava apenas na terrivel missão de baba do loiro.

Antes mesmo de observar o ambiente com mais precisão, um moreno alto, com barba, cabelo feito um topete incrivelmente alto, tatuagens pelo corpo, uma jaqueta preta de couro com as mangas levantadas até os cotovelos, calças escuras rasgadas e uma camisa com um desenho de caveira coberta de sangue, se aproximou Eu juro que tentei desviar o olhar e voltar a atenção para o ambiente, mas não conseguia.

Meus olhos estavam enfeitiçados com aquela paisagem e eu só conseguia focar nele e nada mais. Segui cada movimento que ele fez, cada gesto. Observei atentamente cada detalhe do seu corpo, que por sinal era incrível. O que se passou em segundos, pareciam horas e talvez, só talvez, eu tenha que cancelar a missão de hoje. Desculpa loiro.

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Hey loves. Espero que gostem!

Teacher, Please|Ziam Mayne Onde histórias criam vida. Descubra agora