Teacher, Please|Ziam Mayne

Capítulo 7

Até que enfim voltei... Rsrs

Boa leitura...

-x-
P.o.v Zayn

Senti um vento frio em todo o meu torço e estremeci com isso. Parecia que estava no Polo Norte de tão frio. Também estava com muito sono e até tentei continuar dormindo, mas um barulho de algo batendo me fez abrir os olhos.

De novo não!

E mais uma vez, eu estava acordando em um lugar desconhecido. Isso só pode ser um dom.

Bom, vamos tentar manter a calma e analisar o local quem sabe eu consiga identificar logo, igual da outra vez. As paredes são brancas, os mó...

-Desculpe, a cortina de vidro estava aberta.- uma voz interrompeu minha análise.

Não qualquer voz, AQUELA voz!

Um pânico começou a crescer dentro de mim e o olhei assustado em sua direção. O que ele quer de mim? Ele nunca vai parar com isso? Quer me torturar ainda mais?

-O-o que voce quer de mim?-disse reunindo o máximo de força possível. Me sinto tão cansado.

-Calma,só estou ajudando.-ha ha ha, piada do ano!

-Por quê estou aqui?-falei começando a ficar muito desesperado.

Ele caminhou até um office que tinha no quarto, arrastou uma cadeira, colocou de frente a cama onde eu estava e se sentou. Respirou fundo e sem olhar pra mim, começou a falar.

-Este é o meu quarto. Eu te trouxe aqui depois de te encontrar caído no chão do banheiro do bar do Michael, com cortes no abdômen.

NÃO PODE SER POSSIVEL ELE ME VIU

Ele me viu no meu pior estado. Ninguém nunca me viu assim, nem a minha mãe. Ela sabia que eu me cortava porque ela viu no meu banheiro uma lâmina com sangue, depois me pressionou para contar o que estava aconteceu e eu não consegui esconder. Eu nunca consigo esconder nada dela. Mas ela nunca viu e ELE viu.

Isso não pode ficar pior!

Engano, sempre pode pode e ficou!

logo que olhei para baixo e vi que estava sem camisa, meu torço estava todo descoberto e com curativos nos cortes que eu havia feito.

Isso é o inferno com certeza. Eu já morri e estou no inferno. Se antes ele tinha dúvidas de que eu era um lixo, agora ele tem certeza.

Eu mesmo me sinto um lixo, podre, fraco, que não consegue nem lidar com seus problemas. Antes que eu possa impedir, lágrimas já estão caindo dos meus olhos. Mas é um choro silencioso, não tenho mais forças nem pra chorar.

-Por que você queria se matar? A culpa é minha? Por que fez isso? -ele fala suavemente, como se estivesse com medo da resposta. Nunca ouvi sua voz assim.

-Eu não queria me matar, não sou suicida. E você é só uma gota no meio da tempestade. A dor dos cortes de alguma forma, me aliviam...

-...da dor real...-ele completou ainda sem me encarar

-Sim, como você sabe? E por que me trouxe aqui e não para um hospital? Queria me matar em um lugar tranquilo? -Agora faz todo o sentido!

-Não seja estúpido! Eu te trouxe aqui porque eu sei que você odiaria que as pessoas vissem os cortes, que soubessem o que você faz quando fica triste- Ele respondeu e agora estava me encarando. Parecia revoltado, mas ao mesmo tempo abalado, como se estivesse recordando alguma lembrança dolorosa.

Talvez me ver naquele estado tenha despertado algo nele, algo que ele gostaria de esquecer. Eu deveria ter escolhido Psicologia ao invés de Engenharia Civil!

-Como sabe de tudo isso? Como sabia que eu não iria morrer?-o encarei de volta e ele desviou o olhar resolvendo encarar as próprias mãos que estavam sobre suas pernas O que está acontecendo?

-Minha irmã Ela também fazia isso e era eu quem cuidava dela.- disse ele em um tom tão baixo que se nós não estivéssemos próximos, não daria para Ouvir.

-E ela está bem agora? falei no mesmo tom que ele usou

-Não é da sua conta, seu intrometido de merda- dessa vez ele gritou comigo como nunca antes. Nunca tinha o visto tão bravo, nem quando me xingava.

-Ok, certo, desculpa, não vou mais falar sobre isso. Já estou indo.-disse já passando as mãos no meu rosto para tirar as lágrimas que tinha ficado e tentei me levantar, mas senti uma dor forte na minha barriga e cai de volta na cama.

-Não seja idiota, você ainda está muito ferido. Apesar dos cortes serem superficiais, você perdeu sangue e está fraco. Precisa se alimentar. Fique aqui-falou e saiu do quarto. E então eu fiquei ali deitado na sua cama.

ESPERA...

Eu estou na cama dele! Já tinha até fantasiado isso no primeiro dia de aula, mas nunca pensei que seria nesse estado deplorável.

O cheiro dele está aqui e é tão forte que eu posso até sentir sua presença em cada espaço da cama. com tanta vontade, quero de alguma forma guardar ele pra mim. Eu sou tão idiota por pensar isso, mas não consigo me controlar, é quase uma obrigação.

os lençóis são tão macios, de seda. Eu nunca imaginei isso, o senhor Liam payne usa lençóis de seda. Paro de divagar sobre a cama e começo a observar o quarto, esperando encontrar um quarto obscuro com cabeças de animais empalhadas e quem sabe até de gente. Mas me surpreendo ao ver que todas as paredes são brancas, assim como os poucos móveis. É um lugar bastante espaçoso, uma cama bem grande, dois criados mudos e um office com um notbook e alguns livros espalhados pela mesa.

Tem uma porta a minha frente, que foi por onde ele saiu e tem uma porta do meu lado direito, deve ser do closet e do banheiro, já que não havia outra porta ali.

Estava me inclinando pra ver a janela que parece ficar na parede onde a cama é encostada, mas sou interrompido pelo barulho da porta abrindo E ele de novo. Mas desta vez, vem carregando uma bandeja com comida.

Isso não é real Preciso de uma câmera pra filmar isso!

Ele se aproxima sem me encarar. Parece muito desconfortável fazendo isso, mas eu devo admitir estou adorando. O senhor Payne coloca a bandeja do meu lado e diz:

-Coma!Logo -obedeço, me segurando para não rir. Isto é no mínimo cômico.

- Você ainda não me disse quais os motivos que te levaram a fazer isso- ele fala logo despois de sentar em sua cadeira.

Engulo a torrada que estava mastigando e respondo

-Senhor Payne eu-

-Você está no meu quarto, me chame de Liam!-
-
Eu sou um vaso guebrado,Liam. -Respondi ainda impressionando por ele querer que eu o chame pelo primeiro nome

-Eu posso consertar.

-Nem se você fosse um excelente engenheiro conseguira consertar isso.-Repondi rindo um pouco.

Como ele pode ir de um ogro homofóbico para um salvador de jovens problemáticos? Já estava bastante surpreso com o Liam a minha frente e só fiquei ainda mais quando ele disse:

-Eu sou o melhor engenheiro vivo, me deixa te consertar.

Não era um pedido.

-x-

Continua.....