Noiva De Um Vampiro

A Verdade

Estou sentada no banco do passageiro da camioneta do Benjamin. Ele quis dirigir e está dirigindo a 130 km por hora, como ele é rei tem mais três carros dos seguranças com nós. Um a nosso frente e mais dois atrás.
Após o nosso beijo ontem não nos falamos muito, além de coisas formais.
Uma parte de mim se entristece por ele me ignorar dessa forma.
Estou tentando observar a floresta à beira da estrada para não ficar olhando Benjamin e me torturando psicologicamente para encontrar respostas de tantas perguntas.
Passei a noite inteira acordada me perguntando se ele realmente gosta de mim. Idiota isso eu sei, mas ele mudou tanto.
Avisto a cidade (alcateia) de meu pai e fico agitada para reencontra-lo.
Assim que passamos pelos primeiros seguranças fico alegre e ansiosa igual uma garotinha de 5 anos no natal.
Benjamin estaciona em frente à mansão de meus pais. Ele sai e dá a volta ao carro na velocidade de vampiro antes que eu abra a porta, educadamente ele me ajuda a sair. Imagino que seja por causa do vestido longo preto que estou usando, ele provavelmente não quer que a rainha caia de sua camionete para surgir fofocas.
-Você deveria ter colocado outro vestido. -Fala ele grosso, fico sem entender. Estou usando um vestido preto de cetim longo de alcinha que tem um decote comportado e realça bem minhas curvas, meu cabelo está solto e estou sem maquiagem.
Ele me leva até a entrada da casa de meus pais e percebo vários homens de meus pais me olhando e vários outros de sua alcateia. Benjamin me puxa pela cintura e deixa seu braço ao meu redor num gesto possessivo. O olho e percebo que ele esta com ciúmes. Sorrio contente por saber que ele está com ciúmes.
Antes que eu abra a porta ela é aberta e vejo meu pai emocionado a me ver. Corro até ele e o abraço forte. Ó solto e vejo minha mãe, sem pensar duas vezes a abraço forte. Me lembro de Benjamin e solto minha mãe.
-Venha. -O convido e ele entra e fecha a porta. -Você também quer um abraço? -Brinco e vejo um sorriso brotar em sua boca.
-Filha você tá linda. -Fala minha mãe. -Nem parece uma adolescente rebelde mais. -Brinca ela.
-Agora ela já se tornou uma mulher, amor não a deixe constrangida em frente de seu marido. -Fala meu pai brincando.
-Ela pode ser rainha, mas ainda é minha bebe. -Fala minha mãe fazendo cara de brava e me puxa para um abraço.
Enquanto rio percebo o olhar de Benjamin, sinto que não estamos sozinhos e vejo os pais de Benjamin vindo até nos, Roger o pai de Benjamin vinha aqui direito porém nunca falei nada além de um oi ou coisa do tipo. A Rebecca, mãe de Benjamin é loira com olhos igual ao do Benjamin e o cabelo está num coque bem feito, ela está linda usando um vestido que vai até o joelho de manga cinza com detalhes pretos. O pai de Benjamin tem os cabelos castanhos e apesar de ter mais de mil anos aparenta ter uns 35, ele tem olhos verdes que parecem brilhar mais do o normal.
-Mãe, pai. -Fala Benjamin os cumprimentando. A mãe de Benjamin vem até mim e fico sem reação pois nunca falei com ela.
-Oi. -Fala ela e me puxa para um abraço. Fico sem reação breve segundos mais logo respondo ao abraço. -Ficamos tão preocupados com você. -Fala ela e me solta. Ela é linda de um jeito sobrenaturalmente lindo. Ela se vira para Benjamin e vai até ele e o abraça forte. -Filho. -Fala ela enquanto o abraça e ele fica sem graça.
-Amor menos, ele é rei agora, não é mais criança. -Fala o pai de Benjamin brincando e ela o solta e olha para ele brava. -Olá filho, que bom que acordou Eloisa. -Fala o pai de Benjamin sorrindo, respondo com um sorriso me sentindo mais à vontade.
-Vamos nos sentar. -Fala minha mãe no estilo anfitriã de sempre sorrindo, reparo que ela está diferente, talvez com mais corpo, e a mãe de Benjamin também, no casamento elas estavam mais magras. Dormir por 3 três anos, isso deve ser normal.
Me sento num sofá ao lado de Benjamin e meus pais e os pais de Benjamin se sentam no sofá maior a nossa frente.
-Vocês devem estar procurando respostas pelo a carinha de vocês. -Fala Rebecca, a olho me perguntando como ela sabe.
-Por que minha parte loba declarou Benjamin como meu? -Pergunto direta e sem devaneios para eles, eles se entreolham um pouco.
-Filha. -Meu pai começa a falar e eu e Benjamin ficamos atentos. -A anos atrás uma loba e um vampiro nasceram em datas próximas, uma feiticeira que era inimiga em comum de ambos selou uma maldição sobre essas crianças, fazendo assim serem destinados um para o outro. -Meu pai dá uma pausa.
-Essa feiticeira fez uma amizade surgir entre tantas diferenças, ela achou que haveria uma guerra entre vampiros e lobos, mas isso não ocorreu. -Conta o pai de Benjamin.
Continuo quieta ainda escutando a história.
-Você e Benjamin foram prometidos um ao outro mesmo antes de nascer. Vocês são este lobo e este vampiro que foram destinados um pro outro, por isso que você não encontrou seu companheiro lobo, o casamento de vocês já fora planejado desde o ventre assim que soubemos de tudo. -Desabafa meu pai. Vejo sinceridade em seus olhos e fico sem reação.
Meus pais mentirão para mim, mentiram sobre esse casamento. Quero gritar, chorar e fugir, mas respiro fundo mantendo o controle.
-Mas o casamento não era pra oficializar a paz entre os lobos e vampiros? -Pergunta Benjamin confuso. Pelo visto não sou a única confusa nessa história.
-Filho. -Começa Roger. -Sim era, mas também por que vocês eram destinados um ao outro desde sempre devido a esta feiticeira. -Explica ele e Benjamin fica nervoso, não sei como, mas consigo sentir o que ele sente.
Vejo a fúria e a raiva tomando conta de seu corpo. Por instinto ou burrice não sei dizer pego sua mão para acalma-lo.
Vejo ele se controlar e me olha como se agradecesse pelo tal ato. Quase morri, mas senti que ele não iria me ferir.
Raios, como pode ser.
Meu companheiro é um vampiro.
Isso é tão estranho.
Sou interrompida de meus pensamentos com minha mãe levantando às pressas junto com a mãe de Benjamin, elas correm para o banheiro do andar de baixo.
Olho sem entender para meu pai e o pai de Benjamin.
Me levanto rapidamente e sinto que ainda estou segurando a mão de Benjamin.
-Eu vou ver o que elas têm. -Falo e sigo minha mãe e mãe de Benjamin.
Será que?