A procura de Rosimarie

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Eloisa Narrando
Já faz um dia que estou em Vegas. Um dia procurando alguém que parece que não quer ser encontrado pelo visto.
Dormi noite passada em um hotel não muito caro, mas ainda assim aconchegante.
  Não está fácil achar essa Rosemarie, mas pelo que descobri ela tem um cassino.
Nesse momento estou indo para um cassino que pelo que me falaram tem um toque especial. Ou seja tem magia lá, e minha intuição diz que hoje que a encontrarei.
Olho meu relógio vendo que já são 14h da tarde.
Respiro fundo tentando controlar minha ansiedade e confiro o endereço no papel um pouco amassado que tem o endereço do cassino que a moça da recepção do hotel em que fiquei anotou. Talvez eu tenha usado uns de meus dons de suprema para convencê-la.

•••

-Oi, você poderia me ajudar. -Pergunto para o segurança do cassino que está na entrada. Ele me olha com seus olhos castanhos e não consigo distinguir se ele é humano. Que estranho.
-Diga. -Fala ele de forma rude fazendo os pelos de meu corpo se arrepiarem de medo. Provavelmente ele deve estar pensando que sou mais uma turista perdida.
Tomo coragem.
-Estou procurando Rosemarie, acho que ela é a dona deste cassino. -Explico.
Vejo seus olhos antes frios se mudaram para algo curioso.
-O que deseja lobinha? -Pergunta ele me assustando mais ainda.
Como ele sabe que sou loba?
-Eu apenas queria falar com ela. -Digo tentando parecer soar seria e segura.
-Lobinha sou apenas o segurança, se quer encontra a Rosemarie deveria entrar no cassino e procurá-la. -Fala irritado.
Idiota. Se ele soubesse o tamanha da fome da minha loba ele não falaria assim comigo.
Calma Eloisa, calma.
-Ok, obrigada. -Digo e ele me dá um sorriso amarelo e logo volta a sua pose de armário.
Melhor eu entrar logo, que mau há.
Preciso encontrar essas respostas logo.
Tenho que voltar o quanto antes.
Algo me alerta sobre Benjamin, sinto uma grande angústia em estar longe dele.
Só espero que ele entenda que o que eu fiz foi o certo e que logo voltarei para ele.
Espero que ele entenda minha explicação e que a Lua me instruiu a partir sozinha.

 Assim que entro no cassino fico de boca aberta surpresa pelo tamanho do cassino

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Assim que entro no cassino fico de boca aberta surpresa pelo tamanho do cassino.
Por fora eu poderia jurar que era algo mais pequeno, mas agora sei que me enganei.
  Por ainda estar de dia apenas algumas pessoas encontram jogando e outras que provavelmente estão de férias bebendo e se divertindo com amigos perto de um bar.
A quantidade de luzes e cores fortes fazem eu ter que me concentrar para não me distrair facilmente.
Ando entre as máquinas de jogos onde as pessoas perdem dinheiro e quase nunca ganham, ou seja os famosos jogos de azar. Em alguns casos a pessoa pode ganhar uma quantia no início e se empolga, mas a vontade de continuar é tão grande que em questão de minutos já perde tudo que ganhará. Pelo menos foi que o descobri daqui por uma pequena pesquisa que fiz.
Enquanto estou distraída olhando as máquinas uma mulher em um vestido vermelho até os joelhos de alcinha me chama atenção.
A olho e não sei dizer, mas ela me lembra a feiticeira que me atacou.
Um embrulho em meu estômago se forma e o nervosismo toma conta de mim.
Afinal de contas a feiticeira citou "irmãs" que a acordaram e a "irmã" que fez Benjamin ser meu companheiro.
Um pouco com receio ando até a mulher.
Assim que me aproximo ela para de conversar com um homem e me fita com seus olhos castanhos como se estivesse visto um fantasma.
Rapidamente ela se despedi do homem ao seu lado e vem em minha direção. Paro de andar e a aguardo.
-Posso saber o que uma loba faz em meu cassino? -Pergunta ela ríspida assim que para a minha frente de maneira elegante. Seus cabelos  castanhos cacheados me lembram a feiticeira que Benjamin matou. Engulo em seco.
-Você é Rosemarie? -Pergunto ansiosa pela resposta.
-Se é sobre romper a ligação de companheiros só lamento lobinha. -Fala ela já virando as costas. Será que ela acha que quero cortar alguma ligação de companheiro só por eu ser loba?
Então quer dizer que ela é uma feiticeira.
Uma pontada de alegria se instala em mim por estar tão perto de achar algumas respostas para tantas perguntas.
-Então você é mesmo Rosimeire? -Pergunto. Ela para de andar e se vira novamente e me analisa. Ela faz um gesto com sua mão para eu continuar a falar. Eu a encontrei. -Preciso de sua ajuda. -Digo. Vejo ela arquear sua sobrancelha. -Por favor. -Peço.
-Porque não pede ajuda ao supremo alfa? -Pergunta ela com cara de tédio. A maioria do lobos sempre que precisam de ajuda buscam ao meu pai, o supremo alfa, mas a ajuda que preciso creio eu que ele não possa dar. Respiro fundo tentando não me irritar.
-Porque meu pai não pode me ajudar. -Falo mais alto do que havia planejado. Vejo que ela me olha novamente assustada como se estivesse visto um fantasma. Rapidamente ela se recompõe, mas sem antes me olhar de cima a baixo. Acho que agora ela notou o porque de meus cabelos serem brancos e meus olhos acizentados e eu ser loba. Que lerda.
Bom agora ela sabe de quem sou filha, meu plano de ser discreta não funcionou.
-Me acompanhe. -Pede ela e começa andar pra um lado do cassino onde não tem ninguém.
A que ótimo. Ela pode me matar agora.
Bom se ela quisesse me matar já o teria feito.
Com um pouco de dúvida acabo a seguindo rapidamente.
Seus saltos altos fazem um barulho irritante ao se chocar com o carpete vermelho.
Ela para numa porta e sem que eu perceba ela abre a porta sem relar nela.
Aff metida. Penso.
Vejo ela entrar na sala e ela faz um gesto para eu segui-la.
Entro ainda em duvido se fico ou se fujo.
Analiso a sala em que estou. Na verdade é um escritório enorme, as paredes são de um vermelho intenso, tem uma mesa de madeira escura no centro, um sofá vermelho, algumas prateleiras com livros estranhos e o carpete é preto. Atrás da mesa de madeira tem uma cadeira giratória de couro marrom.
Ela segue até atrás da mesa e se senta em sua cadeira, ela faz um gesto para me sentar na cadeira a sua frente.
Sigo até a cadeira e me sento.
-Me diz no que posso ajudar. -Fala ela com um olhar indecifrável batendo as longas unhas vermelhas na mesa. Pela Lua! Pra que tanto vermelho.
Mantenho o foco em seu olhar, e a ansiedade aumenta.
Enfim terei as respostas que tanto espero.

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