Capítulo 7 - Revelações

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Quando aparacer o vídeo deem o play e leiam o capítulo com a música ao fundo. ( é para dar mais emoção)

Rafael

só faltava a sala do pastor.

Quando estava prestes a abrir a porta da sala sinto uma mão em meu ombro. Ao contrário do que queria eu sabia que não era ela.

- Ela já foi! - Ouvir a voz dele me causou uma repulsa, eu sei que temos que perdoar, mas ainda não consigo, ainda mais com ele sendo o novo "amiguinho" de Hanna. Giro sobre meus calcanhares e o encaro.

- E para onde ela foi? -  Faço meu tom de casualidade

- Ela não me disse, apenas falou que precisava falar com alguém importante e pegou um táxi. - Passo por ele e sigo em direção a saída e o escuto me chamar - espere! -  paro com o pingo de boa educação e paciência que me sobra.

- Olha Rafael, não sei se você sabe, mas me converti a cerca de um mês. Tenho muito para aprender e caminhar com Deus ainda, e o Espírito Santo vem me incomodando para te pedir perdão. Sei que fui um canalha, nenhum amigo deve fazer com o outro o que fiz com você - ele pausa para respirar - sei que não vai apagar todas as merdas que fiz, porém quero escrever uma nova história daqui para frente. Então? Amigos? - Ele estende a mão e eu a encaro. - Suspiro em rendição

- Bom Fernando... eu te perdoou. Por mais que ainda esteja ferido, mas saiba que não consigo ainda voltar a ser seu amigo.

- Tudo bem! Para mim estar ótimo. - Ele sorri satisfeito e sai. Quando está próximo da porta ele grita - AH! EU LUTAREI POR ELA! - pisca e se vai.

O meu sangue ferve quando me dou conta de que ele está falando de Hanna. Fecho minhas mãos repetidas vezes tentando aliviar a tensão que se formou. "Lembre-se Rafael, você está de volta, tem que deixar a velha criatura" repeti mentalmente diversas vezes. Quando finalmente me acalmo, vou em direção ao pessoal e me despeço.

[...]

Pego o caminho mais longo para casa. Decido ir pela orla admirando a praia, a lua cheia e brisa. Herdei do meu convívio com Hanna essa ligação com a natureza. Ela me ensinou a reparar a grandeza de Deus na sua criação, pois não existe nada que exalte mais a realeza e grandeza de Deus do que a natureza.

- Ah minha pequena... onde será que estás? Preciso tanto te ouvir falar novamente, ver teu sorriso que dissipa toda minha escuridão e faz meu coração florir. - suspiro

Então me vem a cabeça a possibilidade de encontrá-la no hospital. Afinal todos os amigos dela estavam na igreja. Não me vem a cabeça quem seria essa pessoa importante além dela. Dou uma freada brusca. Agradeço a Deus mentalmente por não ter nenhum carro atrás e mudo meu caminho seguindo para o hospital.

[...]

Ao passar pela entrada Lara a recepcionista acena com a cabeça. Percorro os corredores brancos já tão familiares cheio de ansiedade. Ao me aproximar do quarto escuto o doce som da minha garota. Paro perto da porta entreaberta e tento escutar o que ela fala, apesar de saber que é errado ouvir a conversa dos outros não quero atrapalhar o momento. Tá confesso que estou curioso...

- Nossa a senhora não tem noção de como foi louco ver ele indo em direção ao altar. Eu não acreditava que de fato ele estava voltando para Deus. - Escutar ela relatando o acontecimento com tanta empolgação e alegria aqueceu meu coração.

-  Confesso a senhora que passou um turbilhão de sentimentos em mim. - ela suspira - As vezes acho que nunca ficaremos juntos. Não sei se a senhora entende So..Isabel. - Meu coração aperta ao ver que ela recusou a chamá-la de sogra. -  Eu o amei tanto e sai destruída e por mais que eu saiba o que Deus falou para mim a cerca de nós dois eu tenho medo. O medo me impede de confiar, me impede de crer. - Ela suspira mais uma vez, só então percebo que ela adquiriu um novo habito. - Mas independente de qualquer coisa pode contar sempre comigo. Te amo como minha própria mãe. Sinto tanto sua falta e dos seus conselhos sábios. Eu queria tanto você aqui comigo.

Um só caminho - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora