Capítulo 1 - Ela se foi

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Rafael

Aqui estou mais uma vez trancado no meu quarto pensando na maior burrada que fiz na minha vida. Eu afastei o amor da minha vida e talvez para sempre. Duas semanas e sua ausência vai me matando. Me sinto definhar aos poucos. Descobri que corações sangram... Lembro claramente como se fosse hoje o dia que minha vida desabou de vez.

Flashback on*

O telefone dela só da desligado. Claro seu idiota, depois da burrada que você fez, acha mesmo que ela deixaria ligado? Agora não subconsciente por favor. Eu preciso acha-lá e me explicar. Apesar de nem saber como farei isso de fato sou um idiota. Já faz horas que estou rodando pela cidade em busca dela e essa chuva não ajuda. Sei que em casa ela não está, pois não vi seu carro. Já fui na casa das discípulas, do Arthur e da Natália e nada de encontrá-la. Onde essa mulher foi se meter? Não posso perdê-la. Ah claro como não pensei nisso? Os pastores.

Saio em disparada para a casa deles apesar da chuva chego lá rapidamente. Vejo o Up branco parado na frente. Estaciono o carro e desço. Sendo ensopado pela tempestade que cai. À medida que me aproximo da casa meu coração acelera e vem o pavor. Dela não me perdoar... Chego a porta e a encaro por um longo tempo. Quando a coragem vem bato na porta e o pastor Júlio abre.

HAANNAAAA - eu gritei a encarando como se ao gritar seu nome ela fosse entender que vê o que a causei estava me destruindo. A vê tão mal por minha causa me revoltou.

Por favor não - eu vi seus lábios pronunciarem. Não ouvi mas li o que ela queria me dizer.

Rafael agora não vá embora. Agora não é o momento. - Falou a pastora Raquel enquanto a abraçava.

Olha aqui rapaz, eu te amo e amo sua família. Mas eu te avisei! Eu tenho a Hanna como filha e você brincou com ela. Você a machucou e ela não quer te ver agora por favor saia. Ou não responderei por mim, eu não ligo se sou seu pastor. Só Deus sabe como estou me segurando para não dar um murro em você. Vá embora! - Pastor Júlio me encarava enquanto dizia essas palavras e o pude ver cerrando os punhos.

Pastor eu preciso me explicar. Preciso falar com ela. Eu preciso dela. - Eu o suplicava, tentando pedir passagem para entrar.

Mas ela não quer te ver. A respeite pelo menos dessa vez! Já que você não respeitou sentimentos a traindo. - eu suspiro e a encaro da porta.

Amor! Por favor me escute - Eu a suplico e vejo que ao chamá-la assim a estou machucando. Pois lágrimas começam a sair do seu rosto. Nessa hora o pastor me empurra e fecha a porta na minha cara.

Encaro a porta novamente e começo a esmurra-lá por ódio da situação, por ódio de mim, por ódio de a ter machucado - HANNA!! Me deixa entrar meu amor! Por favor! - continuava batendo na porta transtornado com medo de perdê-la só não tinha me dado conta que já a tinha perdido - deixa eu me explicar - disse mais cansado, pois a ficha já tinha caído que já era não tinha mais volta - EU TE AMO ME DEIXA ENTRAR! - Gritei como se fosse minha última tentativa. O fio que sobrava da minha esperança.

Nada. Continuava a bater na porta para amenizar a minha dor e fui desacelerando os murros e só então percebi q lágrimas saiam dos meus olhos, comecei a chora e a soluçar. Depois de um bom tempo chorando em frente à porta dos pastores sai e fui para minha casa.

Flashback off*

Aquela semana não tive animo para nada. Eu não comia, não me cuidava, não dormia direito. Chorava todas as noites pensando em como eu destruí a melhor coisa que Deus poderia me dar que era constituir família. Eu tenho convicção que se não fosse com Hanna eu não me casaria com mais ninguém. Me fiz essa promessa nesse período.

Um só caminho - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora