Bônus Fernando

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"Ninguém sabe ao certo o impacto que tem na vida dos outros. muitas vezes não tem noção". - Os 13 porquês

Faz uma semana que retornei a Portugal. Tive que vir por causa da minha pesquisa em células tronco aqui em Coimbra, e se não retornasse poderia perder minha bolsa para o mestrado. Modéstia parte tenho 23 anos e já estou fazendo mestrado, sempre fui muito inteligente, afinal passei para medicina na federal de Alagoas com apenas 16 anos, ao contrário do Rafael sempre soube o que queria da vida e o que eu sempre quis era ser rico. Agora que estou bem de vida tenho um novo objetivo na minha vida, ter a Hanna para mim. O Rafael não é digno dela.

Conheço bem ele e suas artimanhas, e justamente por isso não queria ter voltado para Portugal, porque sei que deixei o caminho livre para ele reconquista-la. Mas eu vou cumprir o que falei ao Rafael, eu lutaria por ela.

Hoje ela chega e irei me declarar. Não perderei mais tempo. Não posso mais deixar o caminho livre para o CEO Albuquerque. A Hanna tem sido um anjo na minha vida, ela é totalmente diferente de toda mulher que conheci, ela não é vulgar, é inteligente, segura de si, defende suas convicções, mas respeita e escuta as opiniões contrárias, ela é forte e ao mesmo tempo tão delicada. Ela entrou na minha vida e a sua simples presença me atingiu completamente.

[...]

Consegui com minha influência saber que a Hanna já se encontra em Portugal e provavelmente em alguns minutos chegará a Coimbra. Depois de muita luta e claro um suborno, bem caro para falar a verdade, consegui convencer o faxineiro que possui as chaves extras dos dormitórios me dá a cópia da chave do quarto da Hanna. Quero surpreende-la.

Entro em seu quarto, observo cada canto e percebo seus gostos claramente em cada canto decorado. Me deito na cama enquanto espero... finalmente após 15 minutos perdido em meus pensamentos escuto o som das chaves abrindo a porta. Vejo sua cara de surpresa ao se deparar comigo em seu quarto.

- O que você está fazendo no meu quarto? – Questiona confusa

- Estava te esperando para conversar Hanninha.

- Poderia me ligar ou mandar uma mensagem em vez de invadir meu quarto. A propósito pensei que estava no Brasil ainda. – Ela entra pelo quarto, deixa a mala próximo da porta, e vai em direção aos armários atrás de algo e só quando a vejo voltando com um jarro e flores dentro dele percebo que o Rafael já está de volta ao jogo.

- Achei mais prático te surpreender. Tive que voltar para resolver algumas coisas.

- Humm... – Ela balbucia, a sua frieza e distância começam a me irritar.

- Foi ele né? – A questiono, tentando segurar a raiva que está me dominando.

- Ele o quê? – Ela questiona sem entender do que estou falando.

- Não me faça de idiota Hanna. Eu sei que foi o Rafael que te deu essas flores. – Me levanto da cama e a encaro

- Olha como fala comigo garoto. E quem deu ou deixou de dar algo a mim não é da sua conta. – Ela brada.

- Hanna hanna hanna... doce hanna. Se eu fosse você não falaria assim comigo. – Ela por acaso pensa que eu sou um nada? Para me usar quando bem quer para caronas ou ser seu amiguinho?! Eu quero mais que isso.

- Fernando eu estou cansada, fiz uma longa viagem, por favor se retire do meu quarto. Conversamos em outra hora. – Ela se direciona a porta aberta do quarto e me encara aguardando que eu saia

- Porque você faz isso comigo Hanna? – Me aproximo dela e tento acariciar seu rosto.

- Fernando por favor, você não está normal e eu estou cansada. – Mais uma vez ela aponta para a saída.

Um só caminho - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora