Capítulo 15.1 - Visão da Guerra e a Primeira Reunião em um Conselho

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Olá, Olá

Não recomendo a ninguém trabalhar, estudar e tentar escrever, tudo na mesma vida. Dá trabalho, e infelizmente os dias só tem 24 hrs.

Cortei este capítulo, pois ficaria muito grande sendo postado de uma vez. Se o tempo permitir e se o estresse semanal for menor, farei o possível para postar outra vez durante a semana.

Sem mais delongas, aqui vamos nós.

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  Minha mente havia criado uma noite escura quando esta supostamente chegou. Acordei entre stataccos de tiros e bombas distantes, explodindo e revirando a terra. Gritos se misturaram a eventuais clarões, que tinham o poder de cessá-los de imediato. Morte. Algum dos lados naquela batalha estava perdendo feio.

Desviei o olhar das parcas e distantes estrelas e me esforcei para sentar. Tinha uma fogueira alta ali perto. Restos de uma barricada e pelo menos dois corpos serviam de lenha.

Um grito que eu conhecia muito bem fez com que eu girasse a cabeça no lado oposto. Stéphanie havia acordado, estava alguns metros de mim e olhava para a fogueira horrorizada, ao saber que aquele cheio de carne queimada não era de origem animal.

É carne humana. Não tive dúvidas em momento algum. Como sei identificar isso?

Fui até ela e a abracei, escondendo seu rosto do horror de ver um rosto derreter em fogo.

Os rapazes estavam próximos dela, todos ainda inconscientes. Agora usávamos macacões militares, com nossos nomes bordados do lado direito. Como se fôssemos recrutas.

Acordem, por favor, pensei. Eles corresponderam de imediato, abrindo os olhos e se sentando, desorientados. Joshua e Adan não estavam mais feridos, e os olhos dos irmãos Malckin haviam voltado a brilhar, poços brancos e profundos, encovados nos rostos.

- Lá - disse Joshua, apontando para a direção que eu evitava a todo custo - a guerra ainda persiste.

Me forcei a olhar, mesmo com os olhos baixos, franzindo o cenho.

Um inferno de soldados, granadas e muito sangue se desdobrava no vale abaixo. Se eu visse qualquer momento por mais de três segundos meus olhos se focavam até ficarem próximos a cena, tão perto que era possível sentir o calor das balas varando um peito, o ardor de ferimentos, o cheiro de fumaça.

Eu não era a única a sentir os efeitos, todos também buscavam desviar o olhar. Um dos lados chegou com caminhões cheios de soldados da carroceria, desciam pessoas exageradamente, como se cada caminhão pudesse comportar dois mil soldados. Atrás de nós, uma esquadria de caças formando um triângulo perfeito cortou o céu - literalmente, era possível ver galáxias no espaço através dos cortes retos. Eles despejaram bombas que tinham tanta luz que nos cegou por um momento. A maioria dos soldados recém-chegados foi morta.

- Josua, Adan - disse - onde devemos procurar?

- Benjamin foi levado para a prisão da mente, fica dentro da Fortaleza Vermelha - Joshua apontou para um castelo medieval que parecia ser feito de rubi. Um lago de fogo o circundava, e pelas duas pontes de acesso soldados defendiam a construção - a Fortaleza representa o cerne de nossas imperfeições causadas pelos tratamentos. Tudo que nos prejudica está lá, concentrado nove vezes, e cada um de nós é responsável por uma camada de força.

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