Eu não sou uma princesa!!!

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Eu e minha mãe estávamos em casa, eu fazendo pipoca e ela preparando alguns filmes,  as vezes de domingo a noite gostávamos de ficar juntas na sala e assistir alguns filmes de terror, era divertido nós duas borrávamos de medo e riamos ao mesmo tempo.

Algumas horas se passaram até que eu e minha mãe nos sentamos no sofá para assistir ao filme, ao mesmo tempo alguém bateu na porta 

-Ué, desde quando você tem amigos mãe?- ela olha pra mim e faz uma careta infantil

-Eu tenho amigos tá - enquanto falava ia em direção a porta, ao olhar pelo pequeno buraco na porta-que dava a ela total visão de quem havia chegado - ela gelou 

-Filha- disse ela meio pasma 

-O que mãe?

-Pega as suas coisas... co- coloca nu-nu-nu-nu-numa mala e-e-e-e-e

-O que mãe?- eu me levanto e vou na sua direção- o que tá acontecendo?

-Vai logo!!!- ela vai me empurrando em direção ao meu quarto 

-Angeline, abra essa porta!- uma voz desconhecida soou de traz da porta

-Hã quem, como ele sabe seu nome?- isso está ficando cada vez mais estranho

-Não me chame assim! eu não gosto!

-Haha é amigo seu?

-Não ele não é meu amigo, eu nunca fui com a cara dele

Ela foi me empurrando até a janela

-Vamos pule

-O que?

-Vai não temos tempo

-Você ta devendo dinheiro né?

-Bem mais que isso

Ouvimos um barulho grande vindo da sala

-Rápido se esconda - eu obedeci e fui para debaixo da cama 

Ela fechou a porta do meu quarto, não aguentei de curiosidade e me arrastei até a posta dali dava para ouvir a conversa.

-Cade ela?- a voz falou, espiei pelo buraco da porta e vi um homem que parecia ter saído do filme "O guarda costas", ele era alto e usava óculos escuro, terno preto e não estava sozinho, mais quatro caras passaram pela porta, minha mãe ta ferrada.

-Ela quem?

-Olha vamos pular essa parte tá

-Ué que parte?

-A parte que você finge não saber de nada 

-A vamos lá... o que vocês querem? já faz tanto tempo né? vamos comemorar

-Não, só me diga onde ela está, e vamos embora, e dessa vez você vem junto, não pense que vai deixar sua filha sozinha nessa- do que eles estão falando? como assim me levar? 

-Aaaaaaaaaaa- ela resmunga, tão infantil, parece comigo- vamos filha pode sair de traz da porta 

Eu levanto quase num pulo e abro a porta relaxadamente

-Tá agora você pode me dizer o que esses caras estão fazendo aqui? seus amigos são estranhos mãe

Todos na sala, exceto  minha mãe, olham pra mim surpresos

-Tá, eu sei que não sou nenhuma "mulher maravilha" mas também não precisam fazer essa cara

O principal homem desconhecido que parecia ser o alfa de toda aquela equipe , tira os óculos e me encara em seguida diz:

-Valentine Clark Cristandey, filha do príncipe Alexander Clark Cristandey I, princesa do Reino unido, fico feliz em finalmente poder encontrar vossa alteza- ele faz uma reverencia acompanhado com sua tribo de homens de preto 

Eu olho tudo aquilo surpresa e não aguento.

-HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!

Eles olham pra minha cara sem nenhuma expressão, minha mãe olha pra mi também tipo: " eu sabia que você não ia acreditar" mas da um sorrisinho de leve 

-Mãe, seus amigos são estranhos! vamos gente pra que essa formalidade, isso não e um restaurante, hahahaha vocês são engraçados- paro um minuto e olho pra minha mãe, ela está seria,ou  ela está dizendo a verdade   ou está tentando pregar uma peça em mim.

-Filha precisamos conversar 

-Mãe, hã do que se ta falando, se ta tentando brincar comigo né, ta foi um pouco engraçado mas suas piadas são geralmente mais... 

-Filha não é piada, estou falando serio, seu pai tinha um paradeiro real, você tem sangue real 

-Já fizemos todos os exames- interrompeu o homem de terno- e os resultados são verdadeiros, você e filha de Alexander I, não há duvidas 

-Mãe f-fala pra eles pararem, f-fala pra eles pararem de dizer essas coisas estranhas

Ela olhou pro lado, parecia envergonhada

-Desculpe filha mas desta vez não e brincadeira 

-Mãe você está- senti um grande enjoou na barriga e alguma coisa vindo a tona, corro pro lixo a poucos senti metros de mim e começo a vomitar tudo nele

-Uuuuu... nossa- minha mãe chega mais perto de mim e passa as mãos em minhas costas- tudo bem filha, bota tudo pra fora, ta tudo bem

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Alguns minutos depois eu e minha mãe nos encontrávamos caladas na sala cada uma olhando pro chão, ela olha pra mim abre a boca e fecha, ela repete esse ritual mais umas quinze vezes até eu quebrar o silencio:

-Vai fazer isso com a boca mais quantas vezes?

-Aaaaaaa... não sei 

-O que está acontecendo mãe?

-Eu to tentando pensar em alguma desculpa, perai- ela está realmente concentrada... em nada. Como minha mãe pode ser tão criança?

-Filha posso te contar uma historia?

-Que historia? - ela está bem seria mas há um pouco de amor em seus olhos, como se estivesse imaginando alguma coisa

-A historia de como eu conheci seu pai 


Valentine apenas uma princesaOnde histórias criam vida. Descubra agora