Valentine apenas uma princesa

Bom garoto

-Hehe... p-para Marlon, assim voce me deixa constrangida 

Eu sentia alguma coisa úmida em meu pescoço o que me fazia sentir cocegas e duvidosa em questão do que poderia se aquilo, alguma coisa em minha cabeça dizia que era Marlon.

Nunca pensei que Marlon fosse tão pervertido a ponto de vir a minha cama a noite, mas na verdade eu nem ligo, ele gosta da May mesmo.

Mas isso não seria errado? 

Abro os olhos ansiosa para descobrir Marlon ali, cara doido, ta certo que a gente se perdoou e tal mas também não precisa ir longe de mais na amizade, tipo dormir comigo.

Meus olhos se estreitam por causa da claridade, esperando encontrar os olhos avermelhados e tentadores de Marlon me deparo com uma figura terrivelmente intimidadora em cima de minha cama.

Teimei

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O QUE UM CAVALO FAZ EM CIMA DA MINHA CAMA??? 

Teimei relinchava e bufava loucamente, suas patas socavam o colchão e rasgava os lençóis, eu temia que aquelas patas poderiam a qualquer hora socar o meu rosto, mas ao contrario, Teimei parecia acariciar os meus cabelos bagunçados. É eles realmente chamaram a atenção do animal. Mas eu não quero saber.

-GUARDAS!!!

As portas grandes e pesadas de meu quarto foram abertas violentamente por dois guardas que olharam aterrorizados para a cena, o cavalo com mais raiva ainda pulou da cama e parecia não querer que os guardas chegassem perto de mim, o que até podia ser boa ideia por que eu só estava de calcinha, não que eu ligasse para isso mas...

Os guardas chamaram reforços, oito homens contra um cavalo de seiscentos quilos, quem ganha? Eu acho que o cavalo.

Os soldados não conseguiam controlar Teimei e este não deixava que nenhuma pessoa chegasse perto de mim, quando tentavam ele pulava e quebrava as coisas no quarto ou então socava o chão com seus cascos incrivelmente resistentes.

Algumas pessoas se juntaram no corredor do lado de fora do meu quarto para assistir o show.

-Se acalme Princesa. nós vamos tira- la dai

-A sim eu to calma

Por incrível que pareça eu estava bem mais calma, Teimei não queria me machucar mas eu estava com fome e ele estava atrapalhando. cavalo chato.

-Você esta machucada em algum lugar?- o mesmo guarda disse apontando uma lança para Teimei

-Não, não, eu só to com fome

Os guardas não sabiam o que fazer, não tinham ordens para matar o animal, o que eu era bem contra, eles já alertaram a minha tia só que esta não veio nem dar um alo mas tem uma pessoa que veio, e ela está desesperada.

-Oi Marlon- eu ergo meu braço em direção ao corredor de pessoas, e Marlon me olha assustado não crendo na situação

Eu acho que a vontade dele era chegar ali dar um tiro no cavalo me pegar nos braços e sair voando em direção ao... perai, do que eu tava falando mesmo? 

Outro guarda entra com uma pistola.

Saymon

-Por favor todos saiam a vossa majestade Cristinna mandou que o cavalo fosse sedado

Os guardas foram se afastando devagar, olhando para Saymon outrora olhando para Teimei, este achava que tinha vencido a guerra mas não por muito tempo. Saymon entrava devagar bem calmo no quarto Teimei se vangloriava e relinchava como tirando sarro do soldados tanto que ele não percebera Saymon ali.

Os guardas espantaram as pessoas do corredor inclusive Marlon que não parava de olhar para mim, meu semblante mudou ao ver que Teimei subia na cama de novo, cavalo folgado. Ele bufava calmamente e relava o focinho em meus cabelos vermelhos seus olhos me penetravam, pareciam que falávamos a mesma língua. 

Eu olhei para ele, ele olhou para mim, e eu pude sentir sua dor quando o sedativo o atingiu, portanto ele não reagiu, não gritou nem chutou as coisas, ele apenas olhou para mim e foi agachando enquanto o sedativo fazia efeito, não demorou muito Teimei estava dormindo em meu colo.

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-Me perdoe Princesa, eu deveria ter imaginado que ele iria atrás de voce- Jorge, o velho dos cavalos se desculpava, mas não parecia nem um pouco preocupado

-Tem nada não, eu deveria ter dado um beijinho nele de despedida- falei caçoando 

-Mas agora está tudo resolvido- interrompeu minha tia- sabemos que não foi sua culpa, esse cavalo tem nos dado muitos problemas ao longo dos meses, vamos ter que tomar medidas drásticas, por que... como foi que um cavalo conseguiu enganar a guarda e subir quinze lances de escada?  

-Sem falar como ele me encontrou

-Eu vou tomar as medidas Cristina, não se preocupe

-Muito grata Jorge

-Por nada excelência

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-Foi muito locão, ai ele relinchou e pulou a cama e começou a-a-a-a...

-Valentine, Valentine, uma princesa não come de boca cheia- minha "titia" fala calmamente, ao passo em que Marlon da uma pequena risada

-A não?

-Não 

-Então tá- tudo que agora pouco estava em minha boca eu despejo no copo de aguá para dar continuidade a minha aventura, a massa cremosa misturada com leite, queijo, bolo e outras coisas boia no copo e minha tia fecha a cara

-Valentine! 

-O que é, voce falou que não podia de boca cheia 

-Mas eu não falei pra voce botar tudo pra fora 

Minha mãe, que até alguns meses eu não via, estava a minha frente na mesa e não parava de gargalhar, Marlon dava pequenas risadinhas e seu rosto estava vermelho, eu sorria achando graça.

-Ah pra mim já chega- minha tia se levanta e joga a toalha na mesa saindo em direção a porta

Marlon não aguenta e começa a gargalhar alto, nem ele aguenta.

Mas meso diante daquela situação ilaria Teimei não sai da minha mente, como ele conseguiu chegar em meu quarto? E por que? 

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O sol no expoente iluminava o campo e deixava sua grama dourada, Teimei corria majestosamente como se nada tivesse acontecido naquela manhã. Ele para do nada e olha para mim, eu não reajo, ele começa a andar em minha direção, como se querendo amizade. Teimei está calmo, ele realmente quer que eu seja dona dele? 

Em minha direção ele ergue o pescoço, a cerca em que me apoio tem um metro e sessenta para que Teimei não fuja, e com razão. Ele fecha os olhos subitamente eu levo minha mão a ele e toco em sua testa negra dura, acho que ele leva isso como um jeito de dizer que eu o perdoou.

-Bom garoto