-Valentine é voce- escuto uma voz
-Ma-Marlon?- levanto a cabeça procurando a doce voz dele
-Va-Valentine onde voce está? Você faz ideia do que está acontecendo aqui? Sua tia está enlouquecendo! - ele grita bravo no walk tok
Sinto as lagrimas de alegria descerem e um sorriso completar meu rosto.
-Marlon! Marlon! Você tem que acreditar em mim, eu- eu ...
-Valentine o que está acontecendo?
-Você conhece o armazém real?
-Estou indo agora ai
-Não, não vai dar tempo
-C-como assim
-Marlon tem muita fumaça eu... eu estou ficando sufocada
-Eu não estou entendo, voce está em apuros!?
-Marlon, Marlon me ouça...
-O-o que está acontecendo Valentine?
De longe eu sinto sua angustia, sua tristeza e eu sinto a mesma coisa, por que será que estar envolvida nos braços dele faz me sentir tão bem.
-Marlon eu quero que voce saiba que... eu... eu te amo...
A voz estava falha e os olhos já iam se fechando.
-Valentine... voce, voce tem que me dizer exatamente onde está!!!
Eu conseguia ouvir seus paços apresados do outro lado da linha, ele ofegava e falava gritando. Não! Eu não posso desistir assim, não posso desistir de Marlon e nem de meu pai, que mesmo envolvido em tudo isso nunca exitou em dizer que me amava. Igual a Marlon.
Me ergo novamente do banco, bato as mãos conta o rosto e me restabeleço me mantendo acordada, confiante giro a chave na ignição mais uma vez e pra minha surpresa... ele pega. O motor da um estralo e começa a pegar, tiro do freio e pego firme na marcha fazendo o veiculo se mover em, dou meia uma volta no armazém ate ficar de frente com as paredes de tijolos a minha frente, com toda a velocidade engato na ultima e ao me jogo para fora da cabine do caminhão.
Ele vai de encontro com a parede e estraçalha a mesma, os tijolos caem e se espalham pelo chão, a fumaça sufocante se dissipa e o caminhão para sozinho e morre. Meus olhos contemplam finalmente a luz do sol, ela entra pelo buraco e atravessa os estilhaços de cimento, ao longe noto alguém correndo, ao redor parecia ser um campo seco de palha amarela, mas bem ao longe alguém se aproximava.
Levanto cambaleando e levando a mão a cabeça dolorida, deviam ter batido com força no chão, tomo cuidado ao passar pelos destroços e nada no mundo poderia ser melhor do que ver Marlon correndo em minha direção ofegante e desesperado.
-Marlon- falo baixinho a mim mesma- Ma- Marlon
-VALENTINE!!! - ele balança uma das mãos me saldando
-MARLON!!! - como não gritar de volta?
Corro em sua direção animada, feliz, extasiada, com medo, assustada e tentando me lembrar de como seu abraço me faz sentir... completa. Atravessamos o campo rapidamente e finalmente nossos corpos se encontram, ele me abraça forte e eu o aperto para ter certeza de que aquilo é real.
-Você está aqui- digo chorosa
-Sim, sim eu estou aqui- ele passa as mãos em meus cabelos emaranhados e desfiados- Nunca mais sai de perto de mim Valentine! Não sai
-Não. não. Eu não vou mais sair , nunca mais, eu quero ficar com voce assim pra sempre
-Eu também
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Nos braços de Marlon fico mais calma, ele anda pela floresta de pinhas voltada para um dos lados do castelo, ele me explicara que aquele armazém já fora abandonado a anos e algumas camponeses pedem autorização para guardarem algumas coisas grandes lá, isso foi o que minha tia havia explicado a Marlon, ele falava e me advertia mas nada do que saia de sua boca eu prestava atenção, só de ouvir aquela doce voz minha alma já se acalmava.
Ele me carregava calmamente nos braços, e eu me lembrava das palavras do homem estranho, ele dissera que minha tia faria um discurso.
-Marlon minha tia ira fazer um discurso certo?
-Sim, me surpreendo em voce saber disso mas não mude de assunto! Por que voce destruiu o armazém com aquele caminhão?!
-Isso é por que- desvio o olhar para outro lado ao mesmo tempo em que o celular de começa a tocar
-Opa
Ele me senta em um tronco de arvore grande e úmido.
-Alo? Cristinna? Assim eu a encontrei... calma, calma ela está bem, não precisa cancelar o discurso... ok, quando voce chegar voce conversa com ela, sim, sim certamente
Ele desliga o celular e me encara preocupado, sentando- se ao meu lado ele pergunta:
-Bem, voce pode me contar o que exatamente estava fazendo lá?
-S-sim- digo meio exitante mirando o armazém eu começo- um dia antes da nossa fuga eu recebi uma ligação desconhecida, ele dizia que sabia quem eu era e mandava flores, ele também chegou mandar uma foto minha dormindo e disse que se eu contasse a alguém sobre ele sabe se lá o que poderia fazer comigo
Ele me encara surpreso e amedrontado.
-Após nossa chegada- continuo- ele me mandou um bilhete e uma flor e avisou que e u não deveria ter trancado as janelas, não demorou muito até que um monte de fumaça paralisante começasse a encher meu quarto, tempo depois eu acordei e estava naquele armazém, ele disse que iria me matar
As lagrimas escorrem novamente e a fala sai chorosa
-V-valentine - ele sussurra incrédulo
-Ele disse que ia me matar assim como matou meu pai- cerro os punhos diante daquela declaração e minha vista se embaça
Marlon leva as mãos no rosto como se checasse se realmente estava acordado, eu não queria preocupar Marlon, não queria envolver lhe com assuntos de minha família, nem eu sei que homem foi meu pai
-Ele ligou aquele caminhão enquanto estava freado e um monte de fumaça começou a sair dele, o cara me trancou lá e eu começou a me sentir sufocada com aquela fumaça, ele também disse que faria toda a família real Cristandey pagar... além de chamar minha tia de vaca
Furiosa começo a ofegar tentando mandar o ódio que sentia para longe, mas quando se esta com raiva e difícil pensar direito
-V-Valentine, eu- eu não sei o que houve no passado e nem sei direito quem foi seu pai mas... nos vamos dar um jeito, n-não podemos ficar parados enquanto ele ameaça a sua família inteira
-Na verdade me tenho raiva de mim mesma por nunca me preocupar com minha família e nem com meu pai, nunca procurei saber quem ele era ou do que gostava, tudo que fui fazer foi xingar ele e amaldiçoar por ter... Ahaaa, eu não sei de mais nada- suspiro furiosa
-Sua tia está discursando agora, será que devemos contar a ela?
-Eu- eu não sei, não faço ideia de como ela vai encarar isso
-Eu também
- A unica coisa que sei- me levanto de vagar- e que aquele homem matou o meu pai
-Va-
Marlon- eu o interrompo
-S-sim?
-É errado querer mata- lo? - digo serrando os dentes
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Valentine apenas uma princesa
عاطفيةEntre um vestido e uma coroa eu prefiro um skate, onde já de viu ? Eu ? uma princesa? me deixe ser um pouco egoísta e dizer que não estou pronta pra isso, mas me fale um pouco mais sobre o meu pai, o rei.